sexta-feira, 27 de novembro de 2009
CENTAUROS
Na mitologia grega, os centauros (em grego Κένταυρος Kentauros, «matador de touros», «sem fortes», plural Κένταυρι Kentauri; em latim Centaurus/Centauri) são uma raça de seres com o torso e cabeça de humano e o corpo de cavalo.
Viviam nas montanhas de Tessália e repartiam-se em duas famílias. Uma, os filhos de Ixiom e Nefele, a nuvem de chuva, que simbolizavam a força bruta, insensata e cega. Alternativamente, consideravam-se filhos de Kentauros (o filho de Ixiom e Nefele) e algumas éguas magnésias, ou de Apolo e Hebe. Conta-se que Ixiom planejava manter relaçôes sexuais com Hera, mas Zeus, o seu marido, evitou-o moldeando uma nuvem com a forma de Hera. Posto que Ixiom é normalmente considerado o ancestral dos centauros, pode se fazer referência a eles poeticamente como Ixiónidas. Outra, os filhos de Filira e Cronos, dentre os quais o mais célebre era Quirão, amigo de Héracles, representavam, ao contrário, a força aliada à bondade, a serviço dos bons combates.
Os centauros são muito conhecidos pela luta que mantiveram com os lapitas, provocada pelo seu intento de raptar Hipodamia no dia da sua boda com Piritoo, rei dos lapitas e também filho de Ixiom. A discussão entre estes primos é uma metáfora do conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado na humanidade. Teseu, um herói e fundador de cidades que estava presente, inclinou a balança do lado da ordem correcta das coisas, e ajudou Piritoo. Os centauros fugiram. (Plutarco, Teseo, 30; Ovidio, As metamorfoses xii. 210; Diodoro Siculo iv. 69, 70.) Cenas da batalha entre os lapitas e os centauros foram esculpidas em baixorrelevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.
O centauro aparece na iconografia cristã como uma besta infernal, tentadora de donzelas. Às vezes aparece baixo a forma de onocentauro, mistura de homem e burro com exagerados atributos sexuais.
A inteligência e a violência são usualmente associadas à imagem dos centauros.
Os centauros formam uma classe de monstros da mitologia grega que possuem o corpo metade humano, metade cavalo. Segundo a concepção do pensamento mítico grego, o cavalo possuía uma série de virtudes admiráveis e, por isso, a sua mistura com os homens não ira vista como algo negativo. Diversas narrativas mitológicas contam sobre o relacionamento entre os homens e os centauros, o que conferia a esse monstro a capacidade de socialização.
A origem dos centauros tem a ver com uma contenda ocorrida entre os deuses olímpicos Íxion, Hera e Zeus. Certa vez, Íxion se apaixonou pela deusa Hera, esposa de Zeus, e por isso tentou estuprá-la. Incomodada com o ocorrido, ela contou a Zeus sobre o comportamento de Íxion esperando que alguma providência fosse tomada. Procurando averiguar o relato da esposa, Zeus esculpiu com nuvens uma estátua de Hera e a colocou perto de Íxion para observar qual seria a sua reação.
Ao pensar que a estátua realmente fosse a deusa Hera, Íxion começou a se vangloriar por ter ultrajado uma divindade olímpica. Imediatamente, Zeus prendeu o perverso Íxion em uma roda de fogo que girava infinitamente e depois o lançou no Hades, que representava o inferno na mitologia grega. A nuvem que fora violentada por Íxion deu origem a Kentauros, que deu origem aos primeiros centauros após se enlaçar com algumas éguas magnesianas.
Outros relatos mitológicos contam que alguns centauros eram frutos do relacionamento das divindades. O centauro Quíron, por exemplo, era filho do deus Cronos e de Filira, filha do Oceano. Contrariando sua própria espécie, geralmente bastante impulsiva e violenta, Quíron teria, ao longo de sua vida, aprendido diversas habilidades ao ser educado pelos deuses Apolo e Diana. Entre outras habilidades este centauro teria profundo conhecimento sobre caça, medicina, botânica, música e futurologia.
Quando o herói Hércules se envolveu em uma batalha contra os centauros, acabou acidentalmente atingindo Quíron, que era grande amigo seu e havia repassado todos seus conhecimentos ao herói grego. Desesperado, Hércules tentou curar o centauro ferido com uma medicação ensinada pelo próprio Qíron. Contudo, infelizmente, não havia como evitar aquela terrível agonia.
Transtornado com as dores que sentia, Quíron pediu a Zeus que fosse sacrificado. Triste com a prece daquele admirável centauro, o deus supremo do Olimpo decidiu retirar a sua imortalidade e repassá-la a Prometeu. Para que Quíron jamais fosse esquecido, Zeus decidiu homenageá-lo nos céus, onde ficou sendo representado pela constelação de Sagitário.
Em uma outra situação Hércules se tornou amigo e matou acidentalmente o centauro Folo, quando o herói grego foi incumbido da missão de capturar vivo um terrível javali que aterrorizava os moradores da região de Erimanto. Em sua passagem naquele lugar, Hércules foi acolhido por Folo que, tomando por imensa alegria, resolveu abrir um odre de vinho em homenagem a seu amigo humano.
No meio tempo em que os amigos desfrutavam da bebida, os outros centauros que viviam na região sentiram o agradável odor do vinho e, por isso, tentaram invadir a residência de Folo e tomar seu estoque de vinho. Atordoado com a invasão, Hércules se armou com seu arco e aniquilou com todos os centauros invasores. Contudo, na pressa de se safar daquelas terríveis criaturas, acabou acertando acidentalmente o seu amigo.
A mais famosa lenda grega sobre os centauros conta sobre a batalha dos Lápitas e Centauros. Conforme o relato, Enomau, o rei de Pisa, era pai de uma bela princesa chamada Hipodamia, a quem havia prometido sua mão em casamento para aquele que conseguisse derrotá-lo em uma corrida de carros. Após vencer e matar vários oponentes, o rei foi trapaceado por Pirítoo, que conseguiu vencer a corrida após o cocheiro Mirtilo ter danificado as rodas do carro real.
Na organização da festa de casamento, vários centauros foram convidados para participar do evento que consagraria a união entre Pirítoo e a belíssima princesa Hipodamia. Contudo, durante a celebração, o centauro Eurítion ficou embriagado e tentou violentar a princesa. Seguidamente, outros centauros também tentaram fazer o mesmo, dando início a um grande conflito contra os humanos. As criaturas que sobreviveram ao conflito saíram em debandada da região da Tessália.
Na interpretação das alegorias mitológicas, o centauro tem a importante capacidade de salientar o conflito entre a razão e a emoção. Sendo a parte superior de seu corpo humana, teria a capacidade de refletir sobre os seus atos. Em oposição a essa característica racional, a parte inferior de seu corpo representaria a violência física e os impulsos sexuais.
Os centauros eram seres fantásticos, meio homens, meio cavalos, que habitavam as regiões próximas às montanhas e às florestas. Eles reuniam em si as características racionais dos seres humanos e as paixões inferiores, mas também alguns valores importantes dos cavalos, do ponto de vista da mitologia grega.
Dizem as lendas que seu ancestral era Ixion, soberano dos lápitas, que viviam nas redondezas dos montes Pélion e Ossa, na Tessália. Eles eram socializados, mas eventualmente revelavam-se indomáveis e muito violentos. Ixion, o primeiro homem a liquidar um familiar, pertencia à linhagem de Peneu, o deus-rio, mas também podia ser integrante de outro ramo genealógico, o de Sísifo, de acordo com outra tradição cultural.
Conta-se que Ixion foi condenado por crimes terríveis e perdoado por Zeus em um momento de extremo bom-humor. Acolhido no reino dos deuses, o criminoso revelou sua mais completa ingratidão ao cortejar Hera, esposa de seu benfeitor. Ainda em seus melhores momentos, o deus dos deuses gera uma nuvem com o formato da deusa, confere-lhe a existência e se distrai vendo seu rival desonrar a falsa Hera. Mas Ixion vai além e se orgulha diante de todos por ter alcançado seus objetivos escusos com a companheira de Zeus. É quando o condescendente deus esgota sua capacidade de tolerância e atira o infeliz no Hades – o qual corresponde ao inferno na visão mitológica -, fixo em uma roda que para sempre arderia em chamas.
Desta ligação entre Ixion e a suposta Hera foi concebido um ser misto, meio homem e meio cavalo, o qual foi batizado como Centauro ou Kentauros, que depois daria origem a uma descendência assim caracterizada. Destes seres, apenas Quíron e Folo fogem ao estereótipo colérico de seus semelhantes. O primeiro foi fruto da união entre Cronos e Filira, filha do Oceano; o segundo provinha do relacionamento entre Sileno e a ninfa Melos. Portanto, nenhum dos dois era descendente de Ixion, resguardando-se assim de sua truculência.
Quiron foi celebrizado pela sua dedicação à arte de curar. Ele era extremamente devotado à Humanidade, à prática do bem e da justiça. Alguns estudiosos afirmam que sua mãe se desgostou tanto por ter produzido uma criatura aparentemente monstruosa, que teria implorado aos deuses que a mantivessem à distância dessa provação, sendo assim convertida em tília, uma árvore que produz folhas e flores medicinais. Outros insistem que a figura materna teria permanecido ao lado de seu filho em uma caverna, assessorando-o na formação de diversos jovens guerreiros.
Ao crescer, Quiron teria acompanhado a deusa Diana em suas aventuras de caça. Assim ele teria conquistado o domínio de várias disciplinas, entre elas a botânica, astronomia, medicina e cirurgia. Ele se tornaria hábil na Medicina, transferindo depois suas técnicas a vários heróis gregos. Amigo de Hércules, ele foi acidentalmente atingido pelo companheiro, o que gerou um ferimento incurável. Desesperado com a dor, ele implora para se tornar um mortal, presenteando Prometeu com sua imortalidade. Mas é imortalizado de outra maneira, pois Zeus, em sua homenagem, o representa na esfera celestial com a Constelação de Sagitário.
Outro centauro morto sem querer por Hércules foi Folo, seu grande amigo. Ao receber uma visita do herói, ele se alegra tanto que decide abrir uma garrafa de vinho para comemorar. Outros centauros, atraídos pelo aroma da bebida, invadem a casa onde eles se encontram e são alvejados pelo guerreiro que, em sua ânsia de vencê-los, acerta acidentalmente Folo, que não resiste e morre.
Os centauros são conhecidos também por sua famosa participação no confronto com os Lápitas. O monarca de Pisa, Enomau, teria convidado alguns destes seres para o matrimônio de sua filha, a quem o pai destinara ao adversário que o vencesse em uma corrida de carros. Após eliminar vários de seus rivais, ele foi enganado por Piritos, que finalmente derrotou o sogro depois de Mirtilo, o cocheiro, ter arruinado as rodas do carro do rei.
Durante a festa, o centauro Erítion bebe em demasia, tenta violar a noiva, no que é imitado por seus companheiros, dando início a uma terrível luta contra os homens. Os centauros remanescentes fogem então da Tessália. Muitos escritores da Antiguidade narraram este episódio sob a forma de poesia épica; vários artistas o retrataram em obras de arte concebidas para adornar os templos gregos.
Google sobre Centauro
Ó gajo... nunca vixte um dessizantij?!? São patrícios meuxx!
Português sobre Centauro
Isso, definitivamente non ecziste.
Padre Quevedo sobre Centauro
Se eu te provar vale uma caixa de cerva?!?
O Fisiólogo sobre Comentário acima
Um centauro com uma musa, miguxa, claro.Centauro
(do grego Sentaro e do posterior latim Cenouro) é uma besta, mitológica,
que recebeu esse nome porque vivia coçando o cu na pedra, ou melhor dizendo, sentado e vagabundeando o dia inteiro, comendo cenouras na horta do Pedrinho. Além de gordo,
Conta-se que Ixion foi condenado por crimes terríveis e perdoado por Zeus em um momento de extremo bom-humor. Acolhido no reino dos deuses, o criminoso revelou sua mais completa ingratidão ao cortejar Hera, esposa de seu benfeitor. Ainda em seus melhores momentos, o deus dos deuses gera uma nuvem com o formato da deusa, confere-lhe a existência e se distrai vendo seu rival desonrar a falsa Hera. Mas Ixion vai além e se orgulha diante de todos por ter alcançado seus objetivos escusos com a companheira de Zeus. É quando o condescendente deus esgota sua capacidade de tolerância e atira o infeliz no Hades – o qual corresponde ao inferno na visão mitológica -, fixo em uma roda que para sempre arderia em chamas.
Desta ligação entre Ixion e a suposta Hera foi concebido um ser misto, meio homem e meio cavalo, o qual foi batizado como Centauro ou Kentauros, que depois daria origem a uma descendência assim caracterizada. Destes seres, apenas Quíron e Folo fogem ao estereótipo colérico de seus semelhantes. O primeiro foi fruto da união entre Cronos e Filira, filha do Oceano; o segundo provinha do relacionamento entre Sileno e a ninfa Melos. Portanto, nenhum dos dois era descendente de Ixion, resguardando-se assim de sua truculência.
Quiron foi celebrizado pela sua dedicação à arte de curar. Ele era extremamente devotado à Humanidade, à prática do bem e da justiça. Alguns estudiosos afirmam que sua mãe se desgostou tanto por ter produzido uma criatura aparentemente monstruosa, que teria implorado aos deuses que a mantivessem à distância dessa provação, sendo assim convertida em tília, uma árvore que produz folhas e flores medicinais. Outros insistem que a figura materna teria permanecido ao lado de seu filho em uma caverna, assessorando-o na formação de diversos jovens guerreiros.
Ao crescer, Quiron teria acompanhado a deusa Diana em suas aventuras de caça. Assim ele teria conquistado o domínio de várias disciplinas, entre elas a botânica, astronomia, medicina e cirurgia. Ele se tornaria hábil na Medicina, transferindo depois suas técnicas a vários heróis gregos. Amigo de Hércules, ele foi acidentalmente atingido pelo companheiro, o que gerou um ferimento incurável. Desesperado com a dor, ele implora para se tornar um mortal, presenteando Prometeu com sua imortalidade. Mas é imortalizado de outra maneira, pois Zeus, em sua homenagem, o representa na esfera celestial com a Constelação de Sagitário.
Outro centauro morto sem querer por Hércules foi Folo, seu grande amigo. Ao receber uma visita do herói, ele se alegra tanto que decide abrir uma garrafa de vinho para comemorar. Outros centauros, atraídos pelo aroma da bebida, invadem a casa onde eles se encontram e são alvejados pelo guerreiro que, em sua ânsia de vencê-los, acerta acidentalmente Folo, que não resiste e morre.
Os centauros são conhecidos também por sua famosa participação no confronto com os Lápitas. O monarca de Pisa, Enomau, teria convidado alguns destes seres para o matrimônio de sua filha, a quem o pai destinara ao adversário que o vencesse em uma corrida de carros. Após eliminar vários de seus rivais, ele foi enganado por Piritos, que finalmente derrotou o sogro depois de Mirtilo, o cocheiro, ter arruinado as rodas do carro do rei.
Durante a festa, o centauro Erítion bebe em demasia, tenta violar a noiva, no que é imitado por seus companheiros, dando início a uma terrível luta contra os homens. Os centauros remanescentes fogem então da Tessália. Muitos escritores da Antiguidade narraram este episódio sob a forma de poesia épica; vários artistas o retrataram em obras de arte concebidas para adornar os templos gregos.
quadrúpede e inteligente como um cavalo,os centauros, como raça, são tão toscos qunnto os dinossauros (por isso o sufixo auro, que significa éptil) e por isso foram extintos.
O que é isso, afinal de contas?
Não é um signo do zodíaco, nem um dos Cavaleiros do Zodíaco. É uma gambiarra da antiguidade , que resultou em dois animais inúteis:
1.- um centauro, metade homem, metade cavalo
2.- um minocavalo, metade cavalo, metade homem. Este, por ser muito inútil, não deu ibope e sumiu dos contos orais da antiguidade.
O primeiro tinha um objetivo bélico: foi criato no ITA de Ítaca, um laboratório alquímico-filosófico-pagão que era especializado na formação de eruditos homossexuais, como todo grego. Digo, homossexuais, como todo grego. Foi desenhado assim para que se economizasse no transporte as pernas inúteis dos guerreiros (pois não seguravam espadas) e a cabeça inútil do cavalo (que não assustava os inimigos).
A maioria dos centauros eram gordos, e passavam a maior parte do tempo se exibindo em convenções gregas, já que eles costumavam ter o nariz maior que o de qualquer um ali presente, incluindo o das donzelas guerreiras.
Hábitos
Centauros são bem humorados e fanfarrõesO principal hábito que se deve destacar nos centauros é que eles adoram cavalgar. Por isso, eles preferiam morar em lugares planos, semelhantes as planícies paulistas. O que de certa forma acaba demonstrando que os paulistas centauros que viviam de quatro e mordendo grama mundo afora preferiam locais ermos e desolados em companhia de outros centauros por motivos poéticos: é bem conhecido que eles gostavam muito de poesia. Eis aqui uma tradução de uma poesia escrita por um centauro:
Outra prática adorada pelos centauros era a prática de tiro ao álvaro: adoravam brincar de flechadas nas planícies arejadas, onde as flechas iam longe, e acertavam o alvo sem a menor dificuldade já que a brisa era suave e embalava os exercícios praticamente olímpicos. Eles gostavam muito de cavalgar e acertar o alvo, ao mesmo tempo. Por isso muitos e muitos artistas posteriores dedicaram trabalhos em homenagem a esses além-homens brutos, másculos e selvagens, que viviam de quatro, e que cheiravam a bosta de vaca cavalo de forma tão natural, inseridos no ecossistema da antiguidade.
Centauros também tem problema de sonambulismo
Centauros são sensíveis, principalmente se foram índios norte americanos
Uma radiografia platônica do Centauro sapiens
Os centauros (Κένταυροι, Kéntauroi em grego) são seres representados como parcialmente humanos e parcialmente eqüinos. Desde as mais antigas representações gregas, são pintados com um torso humano unido pela cintura à nuca de um cavalo. Às vezes, têm também as orelhas compridas e pontudas e os narizes chatos característicos dos sátiros.
São vistos muitas vezes como seres semi-animalescos, divididos entre uma natureza humana e outra animal. Outras vezes, também são vistos como encarnação da natureza selvagem, como em sua batalha com os lápitas. Entretanto, alguns centauros, como Quíron, fazem o papel de sábios mestres de heróis.
Às vezes, em tempos recentes, os centauros propriamente ditos, com corpo de cavalo, são chamados de hipocentauros para distingui-los de seres com corpo de asno (onocentauros) ou de boi (bucentauros) citados por bestiários medievais e outros seres centauróides inventados em tempos modernos pela literatura de fantasia
Centauros da Tessália
A Batalha dos Centauros e Lápitas no Casamento de Hipodâmia, Karel Dujardin (1667)Segundo seu mito mais conhecido, os centauros eram um povo primitivo que vivia em cavernas nas montanhas, caçava animais selvagens para comer e usava pedras e galhos de árvore como armas. Teriam nascido do estupro da ninfa Néfele (uma das Néfelas) por Íxion, o ímpio rei dos lápitas, povo que os gregos consideravam como inventores da equitação.
Sua prole foi levada ao Monte Pélion, na Tessália, onde as filhas do deus-centauro Quíron os alimentaram e criaram até a idade adulta. Foram então convidados para o casamento com Hipodâmia de seu meio-irmão Pirítoo, filho de Íxion e novo rei dos lápitas, mas se embebedaram e tantaram raptar a noiva e as convidadas.
Na batalha que se seguiu, os centauros foram trucidados, com ajuda do herói Teseu, mas um herói lápita chamado Ceneu, que era invulnerável a armas, foi massacrado por centauros que lhe jogaram rochas e galhos de árvores. Esse embate, conhecido como centauromaquia, foi freqüentemente representado na arte como metáfora para o conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado.
Um dos sobreviventes do massacre foi o centauro Nesso, que fugiu para a Etólia, às margens do rio Eveno e se estabeleceu como balseiro. Quando Héracles passou com a noiva Dejanira, Nesso a levou no lombo através do rio, mas o desejo o levou a tentar violentá-la. Ela gritou e Héracles o matou com suas flechas envenenadas. Nesso, ao morrer, persuadiu Dejanira a guardar um pouco do seu sangue envenenado e usá-lo para encantar Héracles se um dia ele a abandonasse. A artimanha acabou por levar à morte do herói.
Centauros do Peloponeso
Hércules Luta contra os Centauros, Hans Sebald Beham (1542)A mitologia fala também de um povo de centauros que vivia no Oeste do Peloponeso. Héracles quando caçava o javali do Erimanto, foi hospedado por um deles, Folo. O herói exigiu vinho, mas o centauro só tinha um odre de vinho sagrado de Dioniso. Ao ser aberto o receptáculo, o aroma da bebida enlouqueceu os demais centauros, que lutaram com o herói para tomar-lhe a bebida. Héracles matou a maioria deles a flechadas.
O grande Quíron, ferido acidentalmente, acabou abrindo mão de sua imortalidade por não suportar as dores e foi transformado na constelação do Sagitário. Também Folo acabou morrendo ao examinar uma das flechas envenenadas e deixá-la cair em seu pé, sendo então transformado na constelação do Centauro.
Um grupo de centauros, sobreviveu, porém, refugiando-se no sul da Lacônia ou em Elêusis, onde foram protegidos por Poseidon.
Esses centauros parecem ter sido originalmente distintos daqueles que lutaram contra os lápitas, embora muitos escritores combinem os dois mitos.
editar Centauros de Chipre A mitologia também menciona uma tribo de centauros com chifres de touro, nativa da ilha de Chipre. Eram, provavelmente, espíritos da fertilidade (daimones) locais, do cortejo de Afrodite, provavelmente relacionados aos Cerastas, sacerdotes da deusa que usavam chifres de boi.
No mito, os centauros cipriotas haviam nascido de Gaia, a Terra, quando ela foi acidentalmente engravidada por Zeus em sua tentativa fracassada de seduzir Afrodite quando ela acabava de emergir do mar.
Centáurides
"Centáurides coroam Afrodite", mosaico romano, Thurburbo Majus (Tunísia)
Ainda que não apareçam nos mitos mais antigos, as centáurides (centauros fêmeas) são também mencionadas na arte e literatura da Antiguidade. Uma delas aparece em um mosaico macedônico do século IV a.C. e Ovídio conta a história de uma centáuride chamada Hilônome que se suicida quando seu amante Cilaro é morto na guerra contra os lápitas
Quíron
"Quíron Ensina a Lira a Aquiles", afresco romano em PompéiaQuíron nasceu da união do deus Cronos e da ninfa Filira, que estavam em plena cópula quando surgiu Réia, a esposa de Cronos. Este tomou a forma de um cavalo para se disfarçar e o filho da ninfa nasceu meio homem, meio cavalo.
Sendo filho de um Titã, Quíron era imortal, um deus em forma de centauro e pode ter sido originalmente um deus tessálio da medicina. Seu papel foi, entre outras coisas, de médico. Seu nome relaciona-se com kheir, "mão". Pode ser interpretado como "hábil com as mãos" e relacionado à palavra grega kheirourgos, "cirurgião". Foi também astrólogo, oráculo e mestre de vários heróis, inclusive Héracles, Jasão, Peleu, Asclépio, Aristeu e Aquiles.
Quíron viveu no monte Pélion, na Tessália e casou-se com a ninfa Cáriclo. Teve com ela três filhas, Hipe (também chamada Melanipe or Evipe), Endeis e Ocíroe e um filho, Caristo.
Na luta com os centauros do Peloponeso, uma flecha de Héracles atingiu Quíron e a ferida incurável o fez sofrer mortalmente, embora não pudesse morrer. Por não poder curar a si mesmo, abriu mão de sua imortalidade em favor de Prometeu e foi transformado na constelação do Sagitário.
editar Veja também
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