domingo, 29 de novembro de 2009
PERIODO GREGO ROMANO = LUGARES DE MAR EGEU = MACEDONIA ANTIGA = ESPARTA
Esparta
Centro da Esparta atual.
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País Grécia
Periferia Peloponeso
Prefeitura Lacônia
População 18.184
Área 84,5[1] km²
Densidade populacional 215 hab./km²
Código Postal 231 00
Código de área 27310
Matrícula de Automóveis AK
Território de Esparta.Esparta (em grego Σπάρτη, transl. em grego moderno Spárti, em grego antigo, Spártē) é um município da Grécia, situada nas margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso. Foi uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga; conquistou a vizinha Messénia cerca do ano 700 a.C. e, duzentos anos mais tarde, coligou-se a seus outros vizinhos, formando a Liga do Peloponeso. Na Guerra do Peloponeso, no século V a.C., Esparta derrotou Atenas e passou virtualmente a governar toda a Grécia, mas em 371 a.C. os outros estados revoltaram-se e Esparta foi derrubada, apesar de manter-se poderosa ainda durante mais duzentos anos.
Esparta encontra-se numa região de terras apropriadas para o cultivo da vinha e da oliveira. Na Antiguidade era uma cidade de caráter militarista e oligárquico, nunca tendo desenvolvido uma área urbana importante. O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Em Esparta os homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e disciplina intensivos e nunca vistos até então.
Relativamente ao poder, Atenas era a principal rival de Esparta e foi ela que liderou as cidades-estado gregas na luta contra os invasores persas, em 480 a.C.. A Constituição de Esparta, segundo a tradição, foi escrita por um legislador chamado Licurgo, que teria vivido no século IX a.C..
História
Esparta surgiu em meados do século IX a.C.. Durante a época micénica existiram a sul do local onde nasceria Esparta dois centros urbanos, Amiclas e Terapne. Nesta última cidade encontraram-se santuários dedicados ao rei Menelau e à sua esposa Helena, personagens da Ilíada de Homero.
À semelhança de outras partes da Grécia, a Lacónia conheceu um decréscimo populacional com o fim da era micénica. No século X a.C. os Dórios penetraram na região. No século seguinte, quatro aldeias da Lacónia uniram-se para fundar Esparta; no século seguinte a cidade de Amiclas foi incluída em Esparta.
Perante o problema gerado pelo aumento populacional e pela escassez de terra, Esparta optou pela via militar para solucionar a questão, ao contrário de outras pólis gregas que recorreram à fundação de colónias (Esparta fundou apenas uma colónia, Tarento, actual Taranto, no sul da Itália). Assim, Esparta decidiu conquistar os territórios vizinhos, tendo conquistado toda planície da Lacónia no final do século VIII a.C. Na luta pelo domínio no Peloponeso, Esparta teve como rival Argos, cidade do nordeste do Peloponeso.
Em 570 a.C., uma tentativa de conquista da Arcádia revelou-se um fracasso, tendo Esparta optado por alterar a sua política no sentido da diplomacia. Assim, Esparta ofereceu a outras localidades do Peloponeso a possibilidade de integrar uma liga por si liderada, a chamada Liga do Peloponeso. A maioria dos estados do Peloponeso integraria esta liga, com excepção de Argos.
Durante as Guerras Persas, Esparta liderou as forças que defenderam a Grécia em terra, enquanto que Atenas defendia pelo mar. Com o final da guerra, as relações com Atenas deterioraram-se, culminando na Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), que os Espartanos venceram.
Em 1834, o governo do então reino da Grécia fundou a moderna cidade de Esparta, que ocupa parte da antiga Esparta e que é capital do departamento da Lacónia.
A educação em Esparta
A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, apresentava as particularidades de estar concentrada nas mãos do Estado e de ser uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons soldados e incutir um sentimento patriótico. Nesse treinamento educacional eram muito importantes os treinamentos físicos, como salto, corrida, natação, lançamento de disco e dardo.
Desde o nascimento até à morte
De acordo com Plutarco (50-120 d.C.), quando nascia uma criança espartana, pendurava-se na porta da casa um ramo de oliveira (se fosse um menino) ou uma fita de lã (se nascesse uma menina). Havia rituais privados de purificação e reconhecimento da criança pelo pai, além de uma festa de nascimento conhecida como genetlia, na qual o recém-nascido recebia um nome e presentes de parentes e amigos. (Cf. Maria Beatriz B. Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga)
Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao estado. Os recém-nascidos eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos (uma forma de eugenia).
A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores especializados para esse fim. Os jovens viviam em pequenos grupos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e aprendiam a táctica de formação.
A educação espartana, supervisionada por um magistrado especial, o paidónomo, compreendia três ciclos, distribuídos por três anos:
Dos sete aos onze anos;
Dos doze aos quinze anos;
Dos dezesseis aos vinte anos (a efebia).
Vejamos alguns dos métodos da educação espartana, tendo como base o relato dos historiadores gregos Xenofonte (A constituição dos lacedemônios) e Plutarco (A vida de Licurgo).
Em lugar de proteger os pés com calçados, as crianças eram obrigadas a andar descalças, a fim de aumentar a resistência dos pés. Usavam um só tipo de roupa o ano inteiro, para que aprendessem a suportar as oscilações do frio e do calor.
A alimentação era bem controlada. Se algum jovem sentisse fome em demasia, era permitido e até estimulado que furtasse para conseguir alimentos, pois acreditava-se que esta desenvoltura o auxiliaria durante a guerra. Castigavam-se, entretanto, aqueles que fossem apanhados roubando - não por terem roubado, mas por terem sido apanhados.
Uma vez por ano, os meninos eram chicoteados em público, diante do altar de Ártemis (deusa grega vingativa, a quem se ofereciam muitos sacrifícios). Essa cerimônia constituía uma espécie de concurso público de resistência à dor física.
Na adolescência, os jovens eram encarregados dos serviços de segurança na cidade. Qualquer cidadão adulto podia vigiá-los e puni-los. O respeito aos mais velhos era regra básica. Às refeições, por exemplo, os jovens deviam ficar calados, só respondendo de forma breve às perguntas que lhes fossem feitas pelos adultos.
Com 7 anos, o jovem espartano entrava no exército. Mas só aos 30 anos de idade adquiria plenos direitos políticos, podendo, então, participar da Assembléia do Povo ou dos Cidadãos (Apelá).
Depois de concluído o período de formação educativa, os cidadãos de Esparta, entre os vinte e os sessenta anos, estavam obrigados a participar na guerra. Continuavam a viver em grupos e deviam tomar uma refeição diária nos chamados syssitia.
Para o historiador italiano Franco Cambi, a educação desenvolvida em Esparta e Atenas constitui dois modelos educativos diferentes. Em Esparta, a perspectiva militar orientava a formação de cidadãos-guerreiros, defensores do Estado. Já em Atenas, predominava um tipo de formação mais livre e aberta, que, de modo mais amplo, valorizava o indivíduo e suas capacidades. (Cf. Franco Cambi. História da pedagogia.)
[editar] A educação dos homens
Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos 18 anos, voltavam a Esparta, e até os 30 anos de idade eram considerados cidadãos de segunda classe, sem direito a voto, por exemplo. Podiam ser agredidos por qualquer esparciata acima de 30 anos, ficavam nus e recebiam pouca comida (para aprenderem a furtar)[2][3]. Os jovens poderiam atacar a qualquer momento servos (hilotas), a fim de lutar e se preparar para a guerra, mas, se fossem mortos por ele, o servo receberia dois dias de folga (por conseguir matar alguém que não era bom o bastante para o exército espartano). Existia uma temporada de caça aos hilotas, para treinarem os jovens para a guerra.
O homem que conseguisse viver até os 30 anos tornava-se um oficial, voltando ao quartel com todos os direitos de cidadão espartano, além de direito ao voto, direito a ter relações sexuais com mulheres (antes dos 30 só eram autorizadas com homens) e direito a casar. Os homens engravidavam suas mulheres e casavam-se com elas; caso não conseguissem engravidá-las, devolviam-na à sua família e voltavam ao quartel para fazerem parte da tropa de elite do exército. Podiam, assim, "casar" com um homem do exército. Contudo, se conseguissem engravidar suas mulheres, casavam-se com elas e voltavam ao quartel depois de deixá-las grávidas em suas casas. Aos 60 anos, poderiam ir para a casa de suas esposas para viver com elas.
A educação das mulheres
As mulheres recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável para gerar filhos sadios e vigorosos. Consistia na prática do exercício físico ao ar livre, com a música e a dança relegadas para um segundo plano (ao contrário do que tinha sucedido na Época Arcaica). Assim como os homens, também iam aos quartéis quando completavam 7 anos de idade para serem educadas e treinadas para a guerra mas dormiam em casa, onde recebiam da mãe aulas de educação sexual, assim que atingiam a chamada menarca (primeira menstruação), começavam a receber aulas práticas de sexo, para gerarem bons cidadãos para o estado, aulas onde se usavam escravos, com coito interrompido para não engravidarem de hilotas (servos) e recebiam também uma educação mais avançada que a dos homens já que seriam elas que trabalhariam e cuidariam da casa enquanto seus maridos estivessem servindo ao exército.
Assim que atingiam a maturidade (entre 19 e 20 anos) elas pediam a autorização ao estado para casarem, passando por um teste para comprovar sua fertilidade (engravidavam de um escravo que era só para a reprodução, sendo muito bem tratado e alimentado e morto aos 30 anos, pois era considerado velho. O filho que ela tinha com esse escravo era morto e a mulher conseguia sua autorização para casar), caso elas não conseguissem engravidar, era mandada aos quartéis para, assim como os homens, servir ao exército espartano.
A mulher espartana podia ter qualquer homem que quisesse, mesmo sendo casada, já que seus maridos ficavam até os 60 anos de idade servindo ao exército nos quartéis, e podia também requisitar o seu marido ao general do quartel, mas o mesmo não poderia ser feito pelos homens.
Muitos filhos era sinal de vitalidade e força em Esparta, assim, quanto mais filhos a mulher tivesse, mais atraente ela seria, podendo engravidar de qualquer esparciata, mas o filho desta seria considerado filho do seu marido.
Sociedade
Ruínas de Esparta.A sociedade espartana era fortemente estratificada, sem qualquer possibilidade de mobilidade entre os três grupos existentes: os Esparciatas, os Periecos e os Hilotas.
Esparciatas
Ver artigo principal: Esparciatas
Pertenciam a este grupo todos os que fossem filhos de pai e mãe espartanos, sendo os únicos que possuíam direitos políticos (governo da cidade), constituindo o corpo dos cidadãos (homoioi, pares). Deviam dedicar sua vida ao estado espartano, permanecendo à disposição do exército ou dos negócios públicos. Além disso, para se pertencer a este grupo era obrigatório ter recebido a educação espartana e estar inscrito num syssition, onde tomavam a refeição em comum.
Segundo Políbio e Plutarco, todos os cidadãos de Esparta receberam uma parte igual das terras públicas. A terra teria sido dividida em parcelas, os klêroi, no mesmo número dos cidadãos existentes. Estas parcelas de terras eram inalienáveis e indivisíveis, passando de pais para filhos. As mulheres podiam herdar o klêros, mas só no caso de não ter existido descendência masculina e com o objectivo de o transmitirem. Os espartanos não podiam exercer o comércio.
Periecos
Ver artigo principal: Periecos
Eram os habitantes das cidades da periferia (que descendiam dos povos conquistados pelos esparciatas) que estavam integrados no estado espartano e ao qual pagavam impostos. Apesar de serem livres, não tinham direitos políticos e dependiam dos Espartanos em matéria de política externa. Estavam obrigados a participarem das guerras, mesmo não tendo recebido a mesma educação dos esparciatas. Eles combatiam ao lado dos Espartanos, embora em contingentes particulares. Ao contrário dos Espartanos, os periecos podiam dedicar-se ao comércio e à indústria artesanal.
Hilotas
Ver artigo principal: Hilotas
Eram os servos, que pertencendo ao estado espartano, trabalhavam nos kleros(lotes de terra), entregando metade das colheitas ao Espartano e eram duramente explorados. Deviam cultivar essa terra a vida inteira e não podiam ser expulsos de seu lugar. Levavam uma vida muito dura, sujeita a humilhações constantes. Foram protagonistas de várias revoltas contra o estado espartano. Para controlar as revoltas e manter os hilotas sob clima de terror, os espartanos organizavam expedições anuais de extermínio (krypteia ou criptias), onde os hilotas eram obrigados a participar. Tratava-se de um massacre anual que consistia na perseguição e morte dos hilotas considerados perigosos, no qual os espartanos competiam para ver quem matava mais hilotas.
Analisando a situação dos espartanos, periecos e hilotas, alguns historiadores afirmam que os periecos, por dominar o comércio e o artesanato, podiam enriquecer, desfrutando de certo conforto material e liberdade. Os esparciatas, por sua vez, cumpriam obrigações tão pesadas em relação ao Estado que se tornaram vítimas de suas próprias instituições. Quanto aos hilotas, sua vida era marcada pela opressão e miséria.
Instituições políticas
A Assembléia
A Assembléia de Esparta era composta por todos os Espartanos, menos periecos e hilotas, e recebia o nome de Apella. Reunia-se uma vez por mês ao ar livre, em local que a arqueologia moderna ainda não conseguiu identificar.
Decidia sobre questões ligadas à política externa, elegia os magistrados e designava os gerontes. Porém, na prática, tinha pouca influência na vida política da pólis. Segundo as informações legadas por Plutarco, não podia discutir as propostas que lhe eram apresentadas, mas apenas aprová-las ou rejeitá-las na totalidade.
Os Reis
Os reis eram dois, oriundos das duas famílias reais que se afirmavam descendentes de Hércules, segundo a tradição, dos gêmeos Eurístenes e Procles, cujos filhos, Ágis e Eurípone, teriam dado nome às dinastias reinantes: àgidas e euripôntidas. Entre suas funções, destacavam-se os serviços de caráter militar e religioso. Em tempo de guerra, um dos reis exercia o comando dos exércitos. Eram membros da Gerúsia e gozavam de certos privilégios, como o direito a uma guarda pessoal, direito a refeição dupla no syssition e a terem uma parte superior aos outros no despojo de guerra.
A Gerúsia
A Gerúsia preparava as propostas que seriam apresentadas à Assembléia, funcionando também como tribunal supremo.
Era constituída por trinta elementos (vinte e oito gerontes eleitos vitaliciamente, de entre os Espartanos com mais de sessenta anos, e os dois reis) eleitos através de um procedimento que Aristóteles classifica de pueril na sua obra Política: os candidatos passavam diante da Assembléia, sendo eleito o que recebesse maior número de aplausos, avaliados por um júri encerrado num compartimento próximo.
Tinha funções administrativa (supervisão), legislativa (elaboração de projetos de lei) e judiciária (tribunal superior).
[editar] A Apela
Assembléia formada por cidadãos espartanos maiores de 30 anos. Elegia os membros da Gerúsia e aprovava ou rejeitava as leis encaminhadas por eles.
] Os Éforos
O Conselho dos Éforos - em número de cinco - formavam um colégio que era eleito anualmente por altura do Outono pela Ápela. Detinham amplos poderes, eram os verdadeiros chefes do governo espartano: presidiam a Assembléia (coordenavam as reuniões da Gerúsia e da Ápela), davam a ordem de mobilização em caso de guerra, controlavam a administração (a vida econômica e social da cidade) e a educação, podendo vetar os projetos de lei e fiscalizar as atividades dos reis.
Possuíam também poderes judiciais, podendo banir os estrangeiros e condenar os periecos à morte, sem necessidade de julgamento.
Não era exigida nenhuma condição de censo ou de nascimento para se ser eleito éforo, pelo que o eforato representava o elemento de igualitarismo nas instituições políticas espartanas. A curta duração do seu mandato impedia eventuais abusos de poder.
Religião em Esparta
A religião ocupou em Esparta um lugar mais importante do que em outras cidades. O grande número de templos e santuários é disso revelador: quarenta e três templos dedicados a divindades, vinte e dois templos de heróis, uma quinzena de estátuas de deuses e quatro altares. A esta lista é necessário juntar os numerosos monumentos funerários, dado que em Esparta os mortos eram enterrados no interior das muralhas, sendo que alguns destes monumentos funcionaram como locais de culto.
Divindades
As divindades femininas desempenharam em Esparta um papel bastante importante: dos cinquenta templos mencionados por Pausânias, trinta e quatro estão dedicados a deusas. A deusa Atena era a mais adorada de todas. O deus Apolo tinha poucos templos, mas a sua importância era crucial: desempenhava um papel em todas as festas espartanas e o monumento mais importante na Lacónia era o trono de Apolo em Amyclai.
Outro traço distintivo era o culto aos heróis da guerra de Tróia. Segundo Anaxágoras, Aquiles era aqui adorado como um deus e Esparta tinha dois santuários dedicados a ele. Outras personagens de Tróia honradas por Esparta foram Agamemnon, Cassandra, Clitemnestra, Menelau e Helena.
Esparta prestava também culto a Castor e Pólux. A tradição afirmava mesmo que teriam nascido na cidade. A dualidade das personagens faz lembrar a existência de dois reis em Esparta. Vários milagres foram-lhes atribuídos, sobretudo relacionados com a defesa dos exércitos espartanos (representações dos gémeos em ânforas eram levadas para o campo de batalha ao lado dos reis).
Por último, Héracles era, em Esparta, uma espécie de "herói nacional". Segundo a tradição, o herói teria ajudado Tíndaro a reconquistar o seu trono. O tema dos ""Doze Trabalhos" foi largamente explorado pela iconografia espartana.
[editar] Sacrifícios e sinais divinos
Como consequência do exposto, os sacerdotes desempenhavam um papel importante em Esparta. Os dois reis tinham eles próprios um estatuto de sacerdotes: estavam encarregues de realizar os sacrifícios públicos, que eram bastante valorizados, sobretudo em tempos de guerra. Antes da partida de uma expedição militar, efetuava-se um sacrifício a Zeus; no momento em que se passavam as fronteiras realizava-se a Zeus e Atena e antes da batalha a Ares Enyalios. Várias anedotas mostram o respeito dos espartanos pelas festas e sinais divinos, ao ponto de abandonarem o campo de batalha perante augúrios desfavoráveis, como os terremotos.
Soberanos clássicos
Esta é uma lista de soberanos de Esparta na Antigüidade Clássica, incluindo reis, tiranos e demagogos:
Licurgo (?)
Brásidas (?)
Gilipo (?)
Lisandro (?)
Menelau (c. 1200 a.C.)
Leônidas I (491 a.C.-480 a.C.)
Demarate (-520 a.C.)
Cleômenes I (520-490 a.C.)
Ágis III (338-331 a.C.)
Ágis IV (244-241 a.C.)
Cleômenes II (?)
Cleômenes III (235-222 a.C.)
Macedónia Antiga
Μακεδονία
Macedónia
Reino
←
800 a.C. – 146 a.C. ↓
Rei
• 808 - 778 a.C. Carano
• 359 - 336 a.C. Filipe II da Macedónia
• 336 - 323 a.C. Alexandre, o Grande
• 221 - 168 a.C. Filipe V da Macedónia
História
• Carano estabelece a dinastia argéada 800 a.C.
• Amintas III unifica a Macedónia 382 a.C.
A Macedónia (português europeu) ou Macedônia (português brasileiro) Antiga tem sua história vinculada aos povos que habitavam a região Grécia e Anatólia na Antiguidade[1]. Segundo estudos arqueológicos, os antepassados dos macedónios se situam no começo da Idade do Bronze. A partir do ano 700 a.C., o povo denominado macedónio emigrou para o leste, a partir de sua terra natal às margens do rio Haliácmon. Com Amintas I, o reino se estendeu além do rio Áxio até à península de Calcídica. Egas (Aigai) foi a capital do reino até quase 400 a.C., quando o rei Arquelau a transferiu para Péla.
A Macedónia alcançou uma posição hegemônica dentro da Grécia durante o reinado de Filipe II, o Caolho (359-336 a.C.). Alexandre III (O Grande), filho de Filipe e aluno do filósofo Aristóteles, levou os exércitos da Macedónia ao Egipto, derrotou o Império Persa e chegou até a Índia.
Construído num curto período de onze anos, o Império Macedónico contribuiu com a difusão da cultura grega no Oriente. Alexandre fundou uma grande quantidade de cidades e promoveu a fusão da cultura grega com a dos povos conquistados, dando origem ao que se conhece por helenismo.
Cronologia
Antiguidade
359 a.C. - 336 a.C. - Reinado de Filipe II - Hegemonia na Grécia.
336 a.C. – 323 a.C. - Reinado de Alexandre, o Grande - a máxima extensão do Império.
280 a.C. - invasão de grupos gálatas. Três anos depois Antígono II derrotou os gálatas e retomou a coroa macedónia.
Aproximadamente 200 a.C. - conquista da Ilíria, e das cidades romanas de Rodas e Pérgamo. Em 197 a.C. Roma derrotou Filipe V, reconquistando-lhe os territórios perdidos e anexando a Tessália, que em seguida foi reconquistada pelos Macedónios.
168 a.C.-146 a.C. - conquista romana da Macedónia, transformando-a na província da Macedônia.
Idade Média
Submissão do território macedónio aos diversos impérios que se sucederam na região (romano, bizantino, búlgaro).
1371-1389 - conquista dos Bálcãs pelos turcos-otomanos.
Idade Contemporânea
1864 - divisão da Macedónia pelo Império Otomano em três províncias: Salónica, Monastir e Kosovo.
1893-1897 - desenvolvimento de movimentos nacionalistas macedónios.
1903 - levante macedónio apoiado pela Bulgária foi rechaçado violentamente pelos turcos com a destruição de 105 vilas de macedônios eslavos.
1912-1913 - Guerra dos Balcãs, primeiro contra o Império Otomano pela divisão dos territórios e depois entre si (Bulgária contra Grécia, Sérvia, Romênia e Turquia, que a derrotaram), o que resultou na divisão do território macedónio entre gregos (região costeira-Macedónia (Grécia)) e sérvios (região central e norte da Macedónia - atual República da Macedónia).
1918-1939 - Período entre guerras - a Macedónia passou a fazer parte do Reino dos sérvios, croatas e eslovenos.
1945 - criação da República Socialista Federal da Jugoslávia. A Macedónia integrou o novo estado como uma de suas seis repúblicas constitutivas.
1991 - em 8 de setembro, um plebiscito decidiu pela separação da Macedónia da Jugoslávia.
1993 - em abril, a República da Macedónia foi admitida como membro da Organização das Nações Unidas, com o nome de "Antiga República Jugoslava da Macedónia" [2].
Macedónia Antiga
←
800 a.C. – 146 a.C. ↓
Rei
• 808 - 778 a.C. Carano
• 359 - 336 a.C. Filipe II da Macedónia
• 336 - 323 a.C. Alexandre, o Grande
• 221 - 168 a.C. Filipe V da Macedónia
História
• Carano estabelece a dinastia argéada 800 a.C.
• Amintas III unifica a Macedónia 382 a.C.
• Conquistada pela República Romana na Quarta Guerra Macedónica 146 a.C.
Moeda Dracma grego
A Macedónia (português europeu) ou Macedônia (português brasileiro) Antiga tem sua história vinculada aos povos que habitavam a região Grécia e Anatólia na Antiguidade[1]. Segundo estudos arqueológicos, os antepassados dos macedónios se situam no começo da Idade do Bronze. A partir do ano 700 a.C., o povo denominado macedónio emigrou para o leste, a partir de sua terra natal às margens do rio Haliácmon. Com Amintas I, o reino se estendeu além do rio Áxio até à península de Calcídica. Egas (Aigai) foi a capital do reino até quase 400 a.C., quando o rei Arquelau a transferiu para Péla.
A Macedónia alcançou uma posição hegemônica dentro da Grécia durante o reinado de Filipe II, o Caolho (359-336 a.C.). Alexandre III (O Grande), filho de Filipe e aluno do filósofo Aristóteles, levou os exércitos da Macedónia ao Egipto, derrotou o Império Persa e chegou até a Índia.
Construído num curto período de onze anos, o Império Macedónico contribuiu com a difusão da cultura grega no Oriente. Alexandre fundou uma grande quantidade de cidades e promoveu a fusão da cultura grega com a dos povos conquistados, dando origem ao que se conhece por helenismo.
[ Cronologia
[ Antiguidade
359 a.C. - 336 a.C. - Reinado de Filipe II - Hegemonia na Grécia.
336 a.C. – 323 a.C. - Reinado de Alexandre, o Grande - a máxima extensão do Império.
280 a.C. - invasão de grupos gálatas. Três anos depois Antígono II derrotou os gálatas e retomou a coroa macedónia.
Aproximadamente 200 a.C. - conquista da Ilíria, e das cidades romanas de Rodas e Pérgamo. Em 197 a.C. Roma derrotou Filipe V, reconquistando-lhe os territórios perdidos e anexando a Tessália, que em seguida foi reconquistada pelos Macedónios.
168 a.C.-146 a.C. - conquista romana da Macedónia, transformando-a na província da Macedônia.
Idade Média
Submissão do território macedónio aos diversos impérios que se sucederam na região (romano, bizantino, búlgaro).
1371-1389 - conquista dos Bálcãs pelos turcos-otomanos.
[editar] Idade Contemporânea
1864 - divisão da Macedónia pelo Império Otomano em três províncias: Salónica, Monastir e Kosovo.
1893-1897 - desenvolvimento de movimentos nacionalistas macedónios.
1903 - levante macedónio apoiado pela Bulgária foi rechaçado violentamente pelos turcos com a destruição de 105 vilas de macedônios eslavos.
1912-1913 - Guerra dos Balcãs, primeiro contra o Império Otomano pela divisão dos territórios e depois entre si (Bulgária contra Grécia, Sérvia, Romênia e Turquia, que a derrotaram), o que resultou na divisão do território macedónio entre gregos (região costeira-Macedónia (Grécia)) e sérvios (região central e norte da Macedónia - atual República da Macedónia).
1918-1939 - Período entre guerras - a Macedónia passou a fazer parte do Reino dos sérvios, croatas e eslovenos.
1945 - criação da República Socialista Federal da Jugoslávia. A Macedónia integrou o novo estado como uma de suas seis repúblicas constitutivas.
1991 - em 8 de setembro, um plebiscito decidiu pela separação da Macedónia da Jugoslávia.
1993 - em abril, a República da Macedónia foi admitida como membro da Organização das Nações Unidas, com o nome de "Antiga República Jugoslava da Macedónia" [2].
Mar Egeu
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O mar Egeu (em grego: Αιγαίο Πέλαγος, transl. Eiêo Pélaghos; em turco: Ege Denizi) é um mar interior da bacia do mar Mediterrâneo situado entre a Europa e a Ásia. Estende-se da Grécia, a oeste, até a Turquia, a leste. Ao norte, possui uma ligação com o mar de Mármara e o mar Negro através do Dardanelos e do Bósforo. Diversas ilhas estão localizadas no mar Egeu, inclusive Creta e Rodes, que formam o seu limite meridional.
O mar era tradicionalmente conhecido como o Arquipélago (Αρχιπέλαγος, "mar principal" em grego), devido a sua importância para os gregos. Por metonímia, o termo também se aplicava ao conjunto das ilhas do Egeu e, posteriormente, veio a designar qualquer conjunto de ilhas (ver arquipélago).
Etimologia
Já na Idade Antiga havia várias explicações propostas para a origem do nome. Dizia-se que a origem seria devida à cidade grega de Aegae, ou a Egeia, rainha das Amazonas que morreu no mar, ou a Aigaion, um dos nomes de Briareu, um dos arcaicos Centímanos, ou, especialmente entre os atenienses, Egeu, pai de Teseu, que se arrojou ao mar ao concluir, erroneamente, que seu filho estava morto.
Geografia
O mar Egeu, Grécia, algumas de suas ilhas e a Turquia
Imagem NASA.O mar Egeu cobre uma superfície de cerca de 214 000 km² e se estende por cerca de 610 km de norte a sul e 300 km de oeste a leste. Numerosas ilhas são banhadas pelo mar, cujo limite meridional é marcado pelas ilhas de Citera, Anticitera, Creta, Cárpato e Rodes (de oeste para leste).
As cerca de 1.415 ilhas do Egeu costumam ser divididas em sete grupos: as ilhas de nordeste, a Eubéia, as Espórades Setentrionais, as Cíclades, as Sarônicas, o Dodecaneso (ou Espórades Meridionais) e Creta. Pertencem à Turquia as ilhas de Bozcaada (em grego Τένεδος, Tênedos) e Gökçeada (em grego Ίμβρος, Imvros), e o restante pertence à Grécia.
História
O mar Egeu foi colonizado pelos gregos há mais de quatro milênios. Até 1922 e o tratado de Lausanne, que cedeu à Turquia a costa oriental, todas as ilhas e costas norte, leste e oeste eram habitadas por uma maioria de gregos.
Durante a Idade Antiga, o mar Egeu propiciou o desenvolvimento da navegação marítima pelos gregos. Suas costas montanhosas e irregulares formam abrigos naturais e seu grande número de ilhas permitia navegar sempre à vista de terra.
O Egeu é também o berço das primeiras talassocracias da história da Europa, a dos minóicos de Creta e a de Atenas no século V a.C. (Liga de Delos). Com a conquista romana (cerca de 167 a.C.), as costas passaram a integrar a mesma unidade política, o Império Romano e, em seguida, o Império Bizantino.
Na Idade Média, as costas foram partilhadas entre os diferentes impérios gregos, os turcos e os Estados latinos, até a queda de Rodes, em 1522, e a conquista de Creta, no século XVII (tomada de Cândia em 1669 e de Spinalonga em 1715).
A Grécia logrou obter sua independência contra o Império Otomano em 1830. Limitada ao Peloponeso, à Ática e à Tessália, o país passou a opor-se ao Império Otomano - e depois à Turquia - ao longo de um século.
O Período Greco-romano
Introdução
Do ponto de vista político, o continente grego afastou-se definitivamente do centro dos acontecimentos. Com o estabelecimento do Império Romano em -27, a Macedônia e os territórios da Grécia Continental tornaram-se simples províncias romanas.
As antigas póleis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e cessaram suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os festivais celebrados; muitas instituições políticas tradicionais, apesar do governo romano, conservaram os nomes e a influência local. Atenas manteve o status de cidade universitária, onde os romanos de posses iam completar sua educação em filosofia e retórica.
A cultura grega foi adotada pelos romanos cultos e a cidade de Roma se tornou o mais novo e mais importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da retórica, tão prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos); escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos liam, falavam e escreviam fluentemente em grego. Os próprios imperadores romanos reverenciavam a antiga cultura grega: Nero (54/68), Adriano (76/138) e Marco Aurélio (121/180) foram os mais notáveis dentre eles.
Mas o Império Romano, no fim do século III, começou a se desagregar. O desgoverno era tamanho que em 395 os bárbaros visigodos conseguiram saquear Atenas, Corinto e outras importantes cidades gregas. Nesse mesmo ano, o imperador Teodósio I dividiu formalmente o Império em dois, e a Grécia foi incorporada ao Império do Oriente. A sede era a cidade de Constantinopla, fundada em 330 pelo imperador Constantino ao lado da antiga cidade grega de Bizâncio (daí o nome "Império Bizantino").
No Ocidente, a península italiana e as províncias romanas caíram gradualmente nas mãos dos bárbaros e em 476 foi deposto o último dos imperadores romanos. No Oriente, a cultura grega sobreviveria ainda durante muitos séculos (até 1453, especificamente); sua influência seria explícita a partir de 610/641, quando o grego se tornou a língua oficial do Império Bizantino, a despeito da oposição dos cristãos, agora dominantes, a qualquer forma de paganismo.
A Igreja Cristã absorveu muitas coisas da antiga cultura grega; apesar disso, fez muita pressão para acabar com o paganismo. Em 394, foram disputados os últimos jogos olímpicos, por ordem do Imperador Teodósio; em 529, as escolas de filosofia de Atenas foram fechadas por ordem do Imperador Justiniano — e esse fatídico ano de 529 marcou, sem dúvida, o fim do ímpeto e do vigor criativo da antiga cultura grega.
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