segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Cerâmica grega + ARTE + ESCULTURA + PINTURA
A pintura mural
Placa de madeira pintada, encontrada em Corinto. Século VI a.C. Museu Arqueológico Nacional de Atenas.A história recorda apenas poucos nomes de pintores do período arcaico, como Cleantes de Corinto, Boularcos e Cimon, mas só podemos especular como teria sido a sua produção. Alguns vestígios da pintura daquele período são encontrados em murais de Ístmia, em métopes de Thermon e em algumas placas de madeira e cerâmica encontradas em Corinto e Atenas, e traem a influência da arte egípcia e asiática, mantendo uma similitude com as técnicas de pintura em vasos. A arte mural etrusca desta época deve muito à arte grega, mas mesmo desenvolvendo-se em linhas próprias é uma fonte de informação preciosa para o conhecimento da pintura grega arcaica.
Obras mais significativas só sobrevivem a partir do século V a.C., quando a pintura mural adquire independência da pintura cerâmica e abandona seu caráter eminentemente gráfico passando para um tratamento de fato pictórico das superfícies, com emprego de vivos efeitos de pincel, manchas de cor com gradações de tons e veladuras. Destacam-se os murais realizados em uma tumba de Paestum, na Itália, por um artista desconhecido, e hoje preservados no Museu Arqueológico de Paestum, revelando um bom conhecimento de anatomia e um desenho habilidoso, com olhos em perfil e elementos paisagísticos. Nesta fase outros artistas deixaram seu nome na memória dos pósteros, como Polignoto, o mais importante do período clássico, afamado pela boa caracterização fisionômica e vivacidade de seus retratos. Um vaso preservado no Louvre, ilustrando o massacre dos Nióbidas, talvez espelhe o seu estilo. Também tiveram notoriedade Mícon, irmão de Fídias, e Panaios, estes últimos produzindo em conjunto uma cena da batalha de Maratona. Agatarcos introduziu inovações na perspectiva e Apolodoro aperfeiçoou a realização das luzes e sombras.
O Rapto de Perséfone, de autor anônimo, na Pequena Tumba Real em Vergina, século IV a.C.
Mosaico que talvez seja uma reprodução de uma pintura de Folixeno, século IV a.C.Do século IV a.C. são importantes os murais da Pequena Tumba Real de Vergina, ou a Tumba de Perséfone, o mais antigo exemplo remanescente em bom estado de pintura mural de alto nível e em grande escala, sendo de especial interesse pela sua riqueza emocional e espontaneidade do desenho, já apontando para os desenvolvimentos do Helenismo. Aparece nesta época também a técnica de justaposição de pinceladas em cores diferentes para à distância obter-se um efeito cromático especial, numa técnica que tem afinidade com os princípios modernos do impressionismo e do pontilhismo - embora com efeito final diferente.
Dos artistas foram notáveis Zeuxis, Demétrios e Parrásios, e sobretudo Apeles, talvez o maior dos pintores da Grécia antiga, um artista de transição entre o classicismo e o helenismo, introdutor de inovações técnicas, autor de um tratado sobre pintura infelizmente perdido, e pintor oficial de Alexandre o Grande. Nada de sua produção chegou até nós, mas as descrições que foram feitas por Plínio e Pausânias influenciaram artistas até no Renascimento. Entretanto, parece que um painel encontrado em Pompéia seja uma cópia da Afrodite Anadiômene de Apeles.
Outra obra importante é a da Grande Tumba Real de Vergina, datada de 336-317 a.C., cuja fachada é decorada com uma grande cena de caça ao leão, com sutis gradações de cor e sombreado, num estilo que é diretamente devedor a Apeles. Em estilo semelhante é o grande mosaico mostrando o combate entre Alexandre e Dario, hoje no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, quase com certeza uma cópia muito fiel, ainda que em técnica diversa, de uma pintura de Folixeno de Erétria.
Em Alexandria se encontraram alguns remanescentes em bom estado de pinturas em estelas funerárias, datando dos séculos IV e III a.C., que evidenciam a evolução do estilo em direção a uma sofisticação na perspectiva, com sutil gradação de cores e linhas delicadas e fluentes. Outras pinturas de Pompéia e Herculano também podem ser interpretações bastante próximas do estilo pictórico helenístico, embora não se possa afirmar com certeza se são tão fiéis aos seus modelos gregos como ocorreu com a estatuária.
A pintura mural
Placa de madeira pintada, encontrada em Corinto. Século VI a.C. Museu Arqueológico Nacional de Atenas.A história recorda apenas poucos nomes de pintores do período arcaico, como Cleantes de Corinto, Boularcos e Cimon, mas só podemos especular como teria sido a sua produção. Alguns vestígios da pintura daquele período são encontrados em murais de Ístmia, em métopes de Thermon e em algumas placas de madeira e cerâmica encontradas em Corinto e Atenas, e traem a influência da arte egípcia e asiática, mantendo uma similitude com as técnicas de pintura em vasos. A arte mural etrusca desta época deve muito à arte grega, mas mesmo desenvolvendo-se em linhas próprias é uma fonte de informação preciosa para o conhecimento da pintura grega arcaica.
Obras mais significativas só sobrevivem a partir do século V a.C., quando a pintura mural adquire independência da pintura cerâmica e abandona seu caráter eminentemente gráfico passando para um tratamento de fato pictórico das superfícies, com emprego de vivos efeitos de pincel, manchas de cor com gradações de tons e veladuras. Destacam-se os murais realizados em uma tumba de Paestum, na Itália, por um artista desconhecido, e hoje preservados no Museu Arqueológico de Paestum, revelando um bom conhecimento de anatomia e um desenho habilidoso, com olhos em perfil e elementos paisagísticos. Nesta fase outros artistas deixaram seu nome na memória dos pósteros, como Polignoto, o mais importante do período clássico, afamado pela boa caracterização fisionômica e vivacidade de seus retratos. Um vaso preservado no Louvre, ilustrando o massacre dos Nióbidas, talvez espelhe o seu estilo. Também tiveram notoriedade Mícon, irmão de Fídias, e Panaios, estes últimos produzindo em conjunto uma cena da batalha de Maratona. Agatarcos introduziu inovações na perspectiva e Apolodoro aperfeiçoou a realização das luzes e sombras.
O Rapto de Perséfone, de autor anônimo, na Pequena Tumba Real em Vergina, século IV a.C.
Mosaico que talvez seja uma reprodução de uma pintura de Folixeno, século IV a.C.Do século IV a.C. são importantes os murais da Pequena Tumba Real de Vergina, ou a Tumba de Perséfone, o mais antigo exemplo remanescente em bom estado de pintura mural de alto nível e em grande escala, sendo de especial interesse pela sua riqueza emocional e espontaneidade do desenho, já apontando para os desenvolvimentos do Helenismo. Aparece nesta época também a técnica de justaposição de pinceladas em cores diferentes para à distância obter-se um efeito cromático especial, numa técnica que tem afinidade com os princípios modernos do impressionismo e do pontilhismo - embora com efeito final diferente.
Dos artistas foram notáveis Zeuxis, Demétrios e Parrásios, e sobretudo Apeles, talvez o maior dos pintores da Grécia antiga, um artista de transição entre o classicismo e o helenismo, introdutor de inovações técnicas, autor de um tratado sobre pintura infelizmente perdido, e pintor oficial de Alexandre o Grande. Nada de sua produção chegou até nós, mas as descrições que foram feitas por Plínio e Pausânias influenciaram artistas até no Renascimento. Entretanto, parece que um painel encontrado em Pompéia seja uma cópia da Afrodite Anadiômene de Apeles.
Outra obra importante é a da Grande Tumba Real de Vergina, datada de 336-317 a.C., cuja fachada é decorada com uma grande cena de caça ao leão, com sutis gradações de cor e sombreado, num estilo que é diretamente devedor a Apeles. Em estilo semelhante é o grande mosaico mostrando o combate entre Alexandre e Dario, hoje no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, quase com certeza uma cópia muito fiel, ainda que em técnica diversa, de uma pintura de Folixeno de Erétria.
Em Alexandria se encontraram alguns remanescentes em bom estado de pinturas em estelas funerárias, datando dos séculos IV e III a.C., que evidenciam a evolução do estilo em direção a uma sofisticação na perspectiva, com sutil gradação de cores e linhas delicadas e fluentes. Outras pinturas de Pompéia e Herculano também podem ser interpretações bastante próximas do estilo pictórico helenístico, embora não se possa afirmar com certeza se são tão fiéis aos seus modelos gregos como ocorreu com a estatuária.
As técnicas
Acredita-se que este mural de Pompéia seja baseado em uma Afrodite pintada por ApelesOs gregos são reputados como os precursores da pintura ocidental em diversos aspectos, tendo desenvolvido a representação com ilusão de tridimensionalidade através do sombreado e de elementos de perspectiva, inovações aparecidas por volta do século V a.C. Até então a representação da figura era basicamente plana e linear, com a cor meramente preenchendo áreas definidas por um contorno. Outro aspecto bastante característico da fase clássica foi a redução da paleta para quatro cores básicas: vermelho, amarelo, branco e preto, com o restante das cores reintroduzidas na transição para o helenismo. Esta limitação parece estar associada a um simbolismo até agora não elucidado satisfatoriamente, e é bem possível que a terminologia usada para descrever os aspectos técnicos da pintura grega antiga tenha tido uma tradução e interpretação que não correspondem à verdade, o que é sugerido por diversas passagens contraditórias e mesmo incompreensíveis de certos textos literários.
É importante notar que na Grécia antiga a visão que se tinha da arte diferia radicalmente da contemporânea, e pelo menos até a fase helenística não existia o conceito de arte pela arte, mas tudo o que se fazia antes tinha um propósito eminentemente funcional - como oferenda aos deuses, comemoração de algum evento histórico ou de algum ato heróico, memento de algum personagem ilustre, e assim por diante. Na verdade sequer existia uma palavra específica para arte, chamada simplesmente de techné, técnica ou artesania; em suma, era um dos diversos ofícios manuais, mas isso não impedia que os artistas fossem orgulhosos de seus trabalhos e muitos assinassem suas obras para eternizar sua própria memória, algo inédito na história da arte ocidental.
Quanto aos suportes, é geralmente aceito que eram usados a madeira, a pedra (incluindo a alvenaria das construções), o gesso e a terracota. Não há evidências sólidas do uso de suportes em tecido como a tela de algodão, salvo para uso em cenários de representações teatrais, só sendo mais largamente empregados a partir do período romano. Nos materiais eram comuns o afresco e a têmpera, com a encáustica sendo introduzida pela escola de Sicônia. O óleo parece ter sido conhecido, mas não largamente empregado. Os motivos, como em toda a arte grega antiga, privilegiavam o corpo humano, com representação de uma variedade de cenas de heróis e deuses, bem como de momentos mais prosaicos e domésticos. A paisagem e os elementos arquiteturais de fundo foram sempre tratados mais simplificadamente, mas a ornamentação geométrica e fitomorfa era generalizada.
Afresco mostrando o Sacrifício de Ifigênia, possível cópia de Timantes. Encontrado na Casa do Poeta Trágico, em Pompéia, área que preserva muitas obras murais herdeiras da tradição pictórica grega
Retrato de Faium, século II[editar] Principais escolas
Escola Ática, cujo expoente maior foi Polignoto, trabalhando principalmente com a figura humana. Outros autores desta escola foram Agatarcos, que devido à sua associação com o teatro desenvolveu a representação de elementos de arquitetura e o uso dos contrastes de luz para criar a ilusão de perspectiva e volume, e Apolodoro, o primeiro, segundo Plínio, a descobrir as gradações de cores e a aplicar as descobertas de Agatarcos à figura humana.
Escola Jônica, florescendo após a Guerra do Peloponeso, mas em atividade desde o século VI a.C. Introduziu avanços em relação à escola Ática no que toca ao efeito de ilusão tridimensional, técnica desenvolvida em especial por Zeuxis, considerado um mestre na ilusão, tanto que correu uma lenda sobre uvas que havia pintado que teriam sido bicadas por pássaros, imaginando que se tratavam de frutas reais. A técnica do chiaroscuro, ou sombreado, também recebeu mais atenção e refinamento. Parrásios parece tê-lo superado no efeito ilusionístico, e enquanto Zeuxis iludiu as aves, Parrásios iludiu o próprio Zeuxis com um cenário. Por fim Parrásios foi derrotado em um concurso por Timantes, cuja obra O sacrifício de Ifigênia pode ter sobrevivido em uma cópia romana de Pompéia.
Escola de Sicônia, surgida após as Guerras do Peloponeso com Eupompos, reagiu contra o ilusionismo da escola jônica, tido como fútil, com a introdução de métodos mais austeros de desenho e colorido. Seu discípulo Pânfilo levou a escola à maturidade, e é creditado como o introdutor na encáustica, embora esta técnica deva ter sido conhecida antes. Outro artista é Pausias, que trabalhou mais extensivamente a cena de gênero e a natureza morta, e foi celebrado pelo eficaz uso do escorço na representação de um touro visto de frente.
Escola Ática-Tebana, a última a aparecer, já no século IV a.C., com destaque para Nicômaco e Aristides, que deram mais emoção às figuras. Eufránor e Níkias também pertencem a esta escola, que desenvolveu técnicas de tridimensionalidade mais impactantes, com modelado mais volumoso do corpo humano.
Escola Helenística, não propriamente uma escola unificada, mas designa um período em que a arte grega se expandiu enormemente pelo norte da África, Ásia e Itália, absorvendo elementos de outras culturas bem como dando sua contribuição para estas. Neste período dominou Apeles, de talento nitidamente superior a todos de sua geração, talvez com a exceção de Protógenes. A pintura se desenvolveu para um estilo teatral e mais imitativo da natureza. Depois deles não se registram mais grandes nomes, e os artistas ainda ativos passaram em grande parte à esfera de influência romana, trabalhando na Itália, onde deram a direção para a arte mural naturalista encontrada por exemplo em Pompéia e Herculano, e no Egito, onde também deixaram importante contribuição para desenvolvimento de um estilo local, visível nos famosos retratos de Fayum.
[editar] Pintura de estátuas e arquitetura
Reprodução moderna do sarcófago de Alexandre o Grande, com proposta de reconstituição da policromia originalElemento importante no estilo da arte grega em todos os períodos era a pintura decorativa realizada sobre estatuária e arquitetura. Embora tal prática tenha sido por longo tempo ignorada pelos estudiosos, dada a escassez de relíquias, hoje se sabe que boa parte, senão a totalidade, da escultura grega recebia pigmentação, e diversos detalhes da arquitetura igualmente eram coloridos.
Ainda subsistem estátuas e monumentos com resíduos de pigmento, acreditados como acréscimos espúrios de épocas posteriores ou no máximo casos pontuais que não constituíam regra. Estudos recentes, contudo, desmentiram esta impressão e atestaram o largo uso deste tipo de intervenção decorativa, obrigado a uma revisão radical na apreciação moderna da arte grega antiga.
Uma interessante exposição promovida pela Gliptoteca de Munique, intitulada Bunte Götter, e que itinerou por vários museus da Europa entre 2005 e 2007, mostrou reproduções de peças de vários períodos com tentativas de reconstrução da pigmentação, com resultados deveras surpreendentes
Pintura na cerâmica grega
Dypilon: fragmento de vaso do período tardo geométrico, c. 725–720 a.C. Louvre
Cena de Ulisses e Polifemo, na Ânfora de Eleusis, c. 650 a.C., Museu de Elêusis
Exéquias: Dionísio em seu barco, c. 530 a.C., figura negra, Staatliche Antikensammlungen, Munique
Pintor de Berlim: Dionísio segurando um cântaro, c. 490-480 a.C., exemplo do estilo de figura vermelha. Louvre
Python: Orestes em Delfos, c. 330 a.C., helenista, Museu BritânicoA maior parte dos relictos pictóricos que sobrevivem da Grécia antiga se encontra na vasta produção de vasos para uso decorativo ou utilitário. Mas é importante lembrar que a técnica de pintura sobre cerâmica constitui uma esfera especial, com técnicas e estética diferenciadas, basicamente de caráter gráfico e não propriamente pictórico, muito diversa da pintura mural ou de painéis cênicos. Mesmo assim é uma arte que merece atenção pela riqueza de soluções plásticas, pela sua beleza e grande efeito decorativo, e pela enorme quantidade de peças que sobreviveram até os dias de hoje, possibilitando pelo menos sobre esta modalidade de pintura formarmos um panorama bastante detalhado sobre suas origens, evolução e influência sobre outras culturas.
Os gregos em geral faziam vasos com propósitos simplesmente utilitário. As ânforas panatenaicas, usadas como troféus nos jogos eram exceções a essa regra. No helenismo, porém, a cerâmica puramente decorativa foi mais largamente cultivada. A maioria dos ceramistas e pintores são geralmente identificados por seu estilo (Pintor de Berlim, etc..), visto que poucas obras eram assinadas pelos autores.
A história da pintura dos vasos gregos pode ser dividida estilisticamente em:
Estilo Protogeométrico – de aproximadamente 1050 a.C.;
Estilo Geométrico – de aproximadamente 900 a.C.;
Estilo Arcaico – de aproximadamente 750 a.C.;
Pinturas negras – do aproximadamente entre 700 a 600 a.C;
Pinturas vermelhas – de aproximadamente 530 a.C..
Durante os períodos Protogeométrico e Geométrico a cerâmica grega foi decorada com projetos abstratos. Exemplos de obras deste período podem ser encontradas no sítio arqueológico de Lefkandi e no cemitério de Dypilon, em Atenas. Em períodos posteriores, com a mudança estética os temas mudaram, passando a ser figuras humanas. A batalha e cenas de caçada também eram populares. Em períodos posteriores, temas eróticos, tanto homossexual quanto heterossexual, tornaram-se comum.
Como na escultura, no Período Arcaico a pintura grega lembrava a egípcia, com todos os símbolos e detalhes usados de forma a simplificar o desenho, como os pés sempre de lado (são mais difíceis de serem desenhados vistos de frente) e os rostos de perfil com o olho virado para a frente (os olhos também eram complicados de se desenhar de perfil), além da firmeza e do equilíbrio comum a esta.
As pinturas representavam o cotidiano das pessoas e cenas mitológicas, como deuses e semideuses. A pintura grega de vasos basicamente conta histórias. Muitos vasos trazem episódios das aventuras contadas por Homero em sua Ilíada e Odisséia.
[editar] Pinturas negras
Exéquias foi considerado o maior pintor de pinturas negras. Outros também se destacaram, como Cleitias e Sófilos. Neste tipo de cerâmica, os personagens da ânfora são pintados de preto, permanecendo o fundo com a cor natural da argila. Essas são as chamadas figuras negras. Após a pintura o contorno e o interior do desenho eram riscados com uma ferramenta pontiaguda, de forma que a tinta preta fosse retirada.
Pinturas vermelhas
Em 530 a.C. ocorreu uma revolução na pintura de cerâmicas, surgindo as pinturas vermelhas. Um discípulo de Exéquias, o Pintor de Adokides, decidiu inverter o esquema de cores, ficando o fundo preto com as figuras da cor vermelha do barro cozido. Era uma cópia no antigo padrão, com praticamente os mesmos detalhes, mas com as cores invertidas. O Grupo Pioneiro, que usava a pintura vermelha, era composto de alguns dos melhores ceramistas da Grécia, tais como Eufrônio e Eutimidas. Com a evolução da técnica, surgiram várias escolas diferentes, cada uma delas com um estilo distinto: Pintor de Berlim, Pintor de Cleofrades, Douris, Onesimos, Pintor de Aquiles, Pintor de Niobid, Polignoto, Pintor de Cleofon. A última fase deste estilo é representada pelo Pintor de Meidias.
A produção de vasos em Atenas parou em cerca de 330 a.C. possivelmente devido ao controle de Alexandre, o Grande pela cidade. Contudo, a produção continuou em colônias gregas do sul da Itália.
A arte na Grécia Antiga
As manifestações artísticas no mundo grego alcançaram notável desenvolvimento, refletindo as tradições e as principais transformações que ocorreram nessa sociedade ao longo da antigüidade.
A arte grega è antropocentrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza humana, destacando a perfeição de suas formas, è ainda racionalista, refletindo em suas manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
A arte Pré Helênica
A arte cretense chegou até nós a partir das ruínas do Palácio de Cnossos, e demonstra a influência das civilizações do Oriente Próximo, como a grandiosidade do próprio palácio, assim como as características da pintura, principalmente as figuras humanas, normalmente caracterizadas pela cabeça em perfil e os olhos de frente; o corpo de frente e as pernas de perfil.
A arte micênica caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico (sala central do palácio de Micenas) e pelo desenvolvimento do artesanato em cerâmica, onde encontramos figuras decorativas, retratando cenas do cotidiano. Apesar da forte influência cretense, a arte micênica tendeu a desenvolver elementos peculiares, iniciando uma distanciação das influências orientais.
Homens e deuses na arte grega
Para compreendermos melhor as manifestações artísticas dos gregos é necessário retomar a importância da religião e de sua manifestação na vida humana.
A MITOLOGIA significa o estudo dos mitos, ou seja , o estudo da história dos deuses. Isso quer dizer que, para os gregos, cada deus nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com características próprias. Mais, os gregos deram representavam os deuses com a forma humana e principalmente acreditavam que possuíam virtudes e defeitos.
A religião grega dava grande valor aos deuses ao mesmo tempo em que dava grande valor aos homens. Por isso sua cultura é considerada antropocêntrica, individualista e racional; é ainda hedonista, possibilitando ao homem a realização de obras de que reflitam seus sentimentos internos, produzindo por prazer, sem ser utilitarista, como vimos na cultura antiga oriental, pragmática.
A arquitetura grega
A principal manifestação da arquitetura foram os templos gregos.
O fato de serem politeístas e de acreditarem na semelhança entre deuses e homens, criou uma expressão religiosa singular no Mundo Grego, sendo que os templos dos mais variados deuses se espalharam por todas as cidades gregas.
Os templos eram construídos normalmente sobre uma plataforma de um metro de altura chamada estereóbato.
Os edifícios públicos também têm importância arquitetônica e refletem as transformações [políticas vividas pelas principais cidades gregas, como Atenas.
A utilização de colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura grega, sendo responsável pelo aspecto monumental das construções.
A princípio as colunas obedeceram a dois estilos: o Dórico, mais simples e "mais pesado" , e o Jônico, considerado "mais suave". No século V surgiu o estilo Coríntio, considerado mais ornamentado, refinado. Foi neste século V , também conhecido como século de ouro ou ainda século de Péricles, que a arquitetura conheceu seu maior desenvolvimento, tendo como grande exemplo o Partenon de Atenas, do arquiteto Ictino.
A escultura grega
Entre os séculos XI e IX a.C. a escultura produziu pequenas obras, representando figuras humanas, em argila ou marfim. Durante o período arcaico a pedra tornou-se o material mais utilizado, comum nas simples estátuas de rapazes ( Kouros) e de moças (Korés) e ainda refletiam a influência externa.
O apogeu da escultura ocorreu no período clássico, durante o século V , quando as obras ganharam maior realismo, procurando refletir a perfeição das formas e a beleza humana, e posteriormente ganharam
: Cerâmica grega
A cerâmica grega é uma das mais conhecidas manifestações artísticas dessa civilização.
Exemplo de pintura de figuras vermelhas
Normalmente a cerâmica grega era decorada com pinturas com temas do dia-a-dia, mitológicos ou eróticos.Essas pinturas poderiam ser em figuras negras, figuras vermelhas, toda em preto (com ou sem detalhes brancos), entre outros.
Escultura e a Cerâmica na Grécia
Índice
Capa……………………………………p1
Índice…………………………………...p2
Escultura da Grécia…………………..p3
Policleto………………………………..p4
Míron…………………………………...p5
Fídias…………………………………...p6
Cerâmica da Grécia…………………...p7
Bibliografia……………………………...p8
Os escultores da Grécia antiga podiam retratar perfeitamente o corpo humano em pedra e bronze. Seja esculpindo estátuas de pé para templos Tinham uma função decorativa ou serviam para culto religioso. A escultura tinha como tema principal a figura humana,o ser humano era representado enquanto era jovem. No século V a.C.,a escultura atinge com os trabalhos de escritores como: -Policleto -Míron -Fídias,que se preocupavam que as suas obras constituíssem um exemplo de beleza feminina e masculina. A Escultura Da Grecia
Escultor grego nascido em Sião, um dos mais notáveis escultores gregos e que desenvolveu um trabalho comparável. Esculpiu principalmente figuras de jovens atletas em bronze, das quais nenhuma chegou à actualidade, mas muitas são conhecidas através de cópias romanas. Suas obras-primas foram o Doríforo e o Diadoúmenos, são hoje conhecidas justamente por suas réplicas romanas, em mármore. Essa sua escultura, Doríforo, o atirador de lanças, figura nua e musculosa, foi considerada por muito tempo como o ideal da beleza masculina. Tradicionalmente consagrou o uso de uma ligeira torção na postura de suas estátuas, em torno do eixo vertical, alterando a rígida posição Policleto frontal tradicional e a inovação com as figuras humanas em repouso apoiadas num só pé. Colega de Míron, Fídias .
Escultor helênico nascido em Elêuteras, na Beócia, que, juntamente com Fídias e Policleto, formou a mais alta expressão do modelo helênico na representação da figura humana, o mais velho dos três grandes escultores do século de Péricles, junto com Fídias e Policleto. Vivendo a maior parte da vida na Atenas do século V a. C., cidade onde também morreu, foi considerado o primeiro escultor a alcançar na arte uma representação natural. Dedicado quase com exclusividade ao bronze, ficou conhecido especialmente por seus estudos de atletas em acção. Dizia-se, na Antiguidade, sobre o bezerro que ele esculpiu na Acrópole, que era tão realista que as vacas mugiam ao vê-lo. Infelizmente, nenhuma das suas obras originais chegou até aos nossos dias. Entretanto a sua popularidade permitiu que os seus trabalhos fossem copiados e possibilitar uma ideia da qualidade da sua obra pelas estas várias réplicas, feitas principalmente para Míron serem vendidas a ricos cidadãos romanos, que queriam com elas decorarem as suas casas ou jardins. De toda a sua obra são - lhe atribuídos com certeza dois trabalhos, dos quais se conhecem justamente suas réplicas: o grupo Atena e Mársias, originalmente na acrópole de Atenas, e o seu trabalho mais célebre, o Discóbolo ou atirador de disco.
O mais famoso escultor grego que viveu em Atenas, que, embora a maior parte de suas obras tenha desaparecido, o que ficou é suficiente para classificá-lo como o maior escultor grego do período clássico, com uma obra escultórica trazia além da majestade das figuras, a graça e a elegância das roupagens e a impressão de movimento. Entre suas obras a mais famosa foi a Estátua de Zeus, figura central do Templo de Olímpia, esculpida em marfim Fídias e ébano, com cerca de 18 metros de altura e destruída por um incêndio . Foi escolhido por Péricles para dirigir a decoração do Pártenon, templo construído na Acrópole ateniense , fez mais três esculturas da deusa Atena: a Atena Prômacos, bronze monumental, a Atena Lêmnia, ou pacificadora e a colossal Atena Pártenos. Todas são conhecidas apenas por descrições de autores antigos. Sabe-se que a Atena Pártenos, de ouro e marfim, media cerca de 12m de altura.
. A Cerâmica Da Grécia Inicialmente, os vasos mostravam monstros fabulosos e outros temas de influência asiática; mais tarde, com o advento das técnicas de figuras negras e vermelhas, as imagens ganharam grande expressividade e riqueza. A fulgurante arte da cerâmica grega, no entanto, entrou em franca decadência já no fim do Período Clássico. Os vasos gregos eram ricamente decorados com desenhos e pinturas; o formato dos vasos era extremamente variado, e as imagens pintadas retratavam em geral cenas do dia-a-dia e numerosos temas extraídos da Mitologia Grega. A pintura em cerâmica caracterizou-se no Período Micénico pelos temas de influência minóica, como plantas estilizadas e animais marinhos; durante a Idade das Trevas, despontaram os vasos com desenhos geométricos de vários tipos e que recobriam quase toda a superfície. O apogeu da cerâmica pintada ocorreu durante o Período Arcaico.
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