segunda-feira, 30 de novembro de 2009

LILOSOFOS PRÉ SOCRATES = ALCMEÃO DE CROTONA +ANAXÁGORAS = anaximenes de mileto


Anaximandro de Mileto
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Filosofia Ocidental
Pré-socráticos


Anaxímenes de Mileto
Anaximandro de Mileto (610 - 547 a.C.) foi um filósofo pré-Socrático. Discípulo de Tales. Geógrafo, matemático, astrônomo e político. Os relatos doxográficos nos dão conta de que escreveu um livro intitulado "Sobre a Natureza"; contudo, infelizmente, esse livro se perdeu.
Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do Gnômon (relógio solar) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
Anaximandro acreditava que o princípio de tudo é uma coisa chamada ápeiron, que é algo infinito, tanto no sentido quantitativo (externa e espacialmente), quanto no sentido qualitativo (internamente). Esse a-peiron é algo insurgido (não surgiu nunca, embora exista) e imortal.
Além de definir o princípio, Anaximandro se preocupa com os "comos e porquês" das coisas todas que saem do princípio. Ele diz que o mundo é constituído de contrários, que se auto-excluem o tempo todo. O tempo é o "juiz" que permite que ora exista um, ora outro.

Por isso, o mundo surge de duas grandes injustiças: primeiro, da cisão dos opostos que "fere" a unidade do princípio; segundo, da luta entre os princípios onde sempre um deles quer tomar o lugar do outro para poder existir.




O Universo de Anaximandro

mappa
Anaximandro considerava que a Terra tinha o formato de um cilindro e que era circundada por várias rodas cósmicas, imensas e cheias de fogo.
O Sol era um furo, numa dessas rodas cósmicas, que deixava o fogo escapar. À medida que essa roda girava, o Sol também girava, explicando-se assim o movimento do Sol em torno da Terra. Eclipses se deviam ao bloqueio total ou parcial desse furo.
A mesma explicação era dada para as fases da Lua, que também era um furo em outra roda cósmica. E finalmente, as estrelas eram pequenos furos em uma terceira roda cósmica, que se situava mais perto da Terra, do que as rodas do Sol e da Lua.

"Anaximandro,..., representa a passagem da simples designação de uma substância como princípio da natureza para uma idéia desta, mais aguda e profunda, que já aponta para os traços que irão caracterizá-la em toda a filosofia pré-socrática." (Julian Marías, 'História da Filosofia', Martins Fontes, 1ª edição, 2004, pg.17).

[editar] O Evolucionismo de Anaximandro
Já em seu tempo, Anaximandro ensinava a evolução das coisas e das espécies. Para ele, os animais nasceram do lodo marinho, e o homem teria se formado, no princípio, dentro de peixes, onde se desenvolveu e donde foi expulso logo que se tornou de tamanho suficiente para bastar-se a si próprio.

[editar] A Cosmologia de Anaximandro
Em seu livro - Física, o pensador Simplício nos relata: "Dentre os que afirmam que há um só princípio, móvel e ilimitado, Anaximandro, filho de Praxíades, de Mileto, sucessor e discípulo de Tales, disse que o a-peiron (ilimitado) era o princípio e o elemento das coisas existentes. Foi o primeiro a introduzir o termo princípio. Diz que este não é a água nem algum dos chamados elementos, mas alguma natureza diferente, ilimitada, e dela nascem os céus e os mundos neles contidos (...) É manifesto que, observando a transformação recíproca dos quatro elementos, não achou apropriado fixar um destes como substrato, mas algo diferente, fora estes. Não atribui então a geração ao elemento em mudança, mas à separação dos contrários por causa do eterno movimento."
Para Anaximandro, o Universo era eterno e infinito. Um número infinito de mundos existiram antes do nosso. Após sua existência, eles se dissolveram na matéria primordial (o a-peiron) e posteriormente outros mundos tornaram a nascer.
Essa imagem dinâmica do Universo, onde a matéria aparece e desaparece continuamente, lembra-nos o mito da criação do hinduismo, onde o deus Shiva através de sua dança sustenta todos os processos de criação e destruição.
Anaximandro, contudo, não acreditava em nenhum deus, para ele todos os ciclos de criação, evolução e destruição eram fenômenos naturais, que ocorriam a partir do ponto em que a matéria abandonava e se separava do a-peiron. O a-peiron era a realidade primordial e final de todas as coisas e, consequentemente, continha toda a natureza do divino em si próprio.
Tudo o que existe, somente existe em função de uma emancipação do ser eterno e portanto ao se separar deste, é digno de castigo.
"De onde as coisas têm seu nascimento, ali também devem ir ao fundo. Segundo a necessidade, pois têm de pagar penitência e de ser julgadas por suas injustiças, conforme a ordem do Tempo."
Tudo o que nasce, um dia vai morrer. Tudo o que é quente, um dia vai esfriar. Tudo o que é grande, pode ser quebrado em pedaços menores. Fogo pode ser combatido com água, e como resultado, fogo e água deixam de existir.
E por toda a parte onde podem ser percebidas propriedades determinadas, podemos profetizar que elas um dia irão sucumbir.
Assim, Anaximandro conclui que a essência de todas as coisas não pode possuir essas propriedades determinadas que sucumbem ao longo do Tempo. Daí, seu conceito de a-peiron, ser algo ilimitado, infinito, indefinido e eterno.

[editar] Anaximandro e a Física moderna
Algumas de suas idéias são muito semelhantes a opiniões e teorias da Física atual:

sua idéia de um mundo que sustenta-se por um equilíbrio de forças é muito semelhante à gravidade e à força centrípeta, forças que mantêm a Terra girando em torno do Sol;
sua idéia de que a ação do Sol faz surgirem as criaturas de estrutura simples na água, que depois migram para a terra e adquirem estrutura mais complexa se parece com a teoria da evolução das espécies;
sua idéia dos opostos se parece com a teoria de que o vácuo produz partículas (se supõe que, logo depois do Big-Bang, o vácuo tenha produzido pares de partículas e anti-partículas que se exterminavam ao se encontrarem, pois o espaço ainda era muito pequeno e os pares sempre se encontravam; as únicas diferenças entre as teorias são que, para Anaximandro, os pares eram de coisas com propriedades determinadas como frio e calor, e para a Física, aqueles pares eram algo como energia concentrada;
para Anaximandro, os contrários revezam-se no tempo, e para os cientistas, os pares se auto-exterminavam - pois eram como +1 (matéria) e -1 (anti-matéria) e, ao se encontrarem, precisavam "saldar" sua dívida de energia.
Se pode sempre supor que Anaximandro tenha chegado, em sua época, às mesmas conclusões a que muitos cientistas chegaram hoje, ainda que por meios diferentes (pois Anaximandro dispunha apenas de sua observação e de sua reflexão); assim como se pode supor que tais teorias físicas tenham sido inspiradas na leitura, por parte dos cientistas, de Anaximandro. Em qualquer das hipóteses, pode-se notar que o filósofo era uma pessoa notável.





Anaxágoras


Anaxágoras de Clazômenas (c. 500 a.C. - 428 a.C.); foi um filósofo grego, discípulo de Tales de Mileto


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"Prefiro uma gota de sabedoria a toneladas de riqueza."
- citado em "Dicionário de pensamentos: máximas, aforismos, paradoxos, provérbios, etc ...‎" - Página 438, de Folco Masucci - Ed. Leia, 1968, 6a. ed. - 685 páginas
"De todos aqueles que consideramos felizes, não há um que o seja."
"Mede-se a grandeza de uma idéia pela resistência que ela provoca."
"O visível abre nossos olhos ao invisível".

Anaxágoras de Clazômenas

Portal de Filosofia
Anaxágoras de Clazómenas (português europeu) ou Clazômenas (português brasileiro) (Clazômenas, c. 500 a.C. - Lâmpsaco, 428 a.C.), filósofo grego do período pré-socrático. Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas cidades gregas da Ásia. Era protegido de Péricles que também era seu discípulo. Em 431 a.C. foi acusado de impiedade e partiu para Lâmpsaco, uma colônia de Mileto, também na Jônia, e lá fundou uma nova escola.

Escreveu um tratado aparentemente pequeno intitulado Sobre a natureza, em que tentava conciliar a existência do múltiplo frente à crítica de Parmênides de Eléia e sua escola, conhecida como "Eleatas". Parmênides havia concebido o ser como o princípio absoluto de tudo o que é, identificando o ser com o Uno imutável.

Anaxágoras propôs, assim como os pluralistas, um princípio que atendesse tanto às exigências teóricas do "ser" imutável, princípio de tudo, quanto à contestação da existência das múltiplas manifestações da realidade. Esse novo princípio, Anaxágoras chamou homeomerias. As homeomerias seriam as sementes que dão origem à realidade em sua pluralidade de manifestações. Afirmava que o universo se constitui pela ação do Nous (νοῦς), conceito que geralmente é traduzido por espírito, mente ou inteligência. Segundo o filósofo, o Nous atua sobre uma mistura inicial formada pelas homeomerias, sementes que contém uma porção de cada coisa. Assim, o Nous, que é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais, age sobre estas sementes ordenando-as e constituindo o mundo sensível. Os fragmentos preservados versam sobre: cosmologia, biologia e percepção. Esta noção de causa inteligente, que estabelece uma finalidade na evolução universal, irá repercutir em filósofos posteriores, como Platão e Aristóteles. Influência também exercerá em Leibniz, que aproveitará a idéia de homeomerias.

Anaxágoras aparece ao lado de Pitágoras no quadro Escola de Atenas de Rafael, segurando a tableta com o número triangular 1+2+3+4, a sagrada tetractys dos Pitagóricos.





Notável médico e cientista pré-socrático grego de Crotona, o principal centro de estudo e divulgação do pensamento pitagórico, hoje na Itália, um dos mais importantes discípulos de Pitágoras (580-497 a. C.). Dedicado à medicina e às investigações das ciências naturais, realizou a primeira dissecação de um cadáver humano e desenvolveu uma teoria acerca da origem e dos processos fisiológicos das sensações, sugerindo que os sentidos estariam ligados ao cérebro. Segundo escritos de sua época foi o primeiro a relacionar o cérebro com as funções psíquicas, a psyqué, ao descobrir, por dissecação. Também observou que certas vías sensoriais terminavam no encéfalo e elaborou a teoria da desarmonia como causa de enfermidades. Pode ter sido o verdadeiro descobridor das trompas de Estáquio, além de um pioneiro da embriologia. Ligado aos círculos pitagóricos primitivos, com cujo ideário partilhava, parece ter-se interessado especialmente pela psicologia e pela cosmologia. Estudioso da imortalidade da alma, que se considera ter sido o primeiro a defendê-la argumentativamente. Por alguns fragmentos seus conhecidos, depreende-se ter sido um investigador profundamente original e inovador, tanto no domínio das ciências naturais, com especial destaque para a fisiologia e a anatomia, como no domínio especulativo. A ele atribui-se a bela frase: Das coisas invisíveis têm clara consciência os deuses, a nós enquanto humanos, nos é permitido apenas conjecturar. Concebeu a saúde como isonomia do equilíbrio ao afirmar que o que conserva a saúde é o equilíbrio das qualidades..., que se simbolizariam em Poseidón. Da sua filosofia, transmitida sob forma de comentário, doxografia, principalmente através da obra de Aristóteles (384-322 a.C.), destacam-se dois pontos importantes:
1) a elaboração de uma tabela de pares de opostos, que funcionariam como princípio, arché, da natureza: limite-ilimitado, ímpar-par, unidade-pluralidade, direito-esquerdo, masculino-feminino, repouso-movimento, reto-torto, luz-sombra, bom-mau, quadrado-oblongo;
2) uma compreensão da imortalidade da alma, por concebê-la em eterno movimento, à semelhança dos astros e dos entes divinos.

Alcmeão de Crotona
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Alcmeão de Crotona (também se registra Alcmeon) (VI a.C.) foi um filósofo pré-socrático e médico grego de Crotona (o principal centro de estudo e divulgação do pensamento pitagórico, hoje na Itália) e um dos mais importantes discípulos de Pitágoras.

Dedicado à medicina e às investigações das ciências naturais, realizou a primeira dissecação de um cadáver humano e desenvolveu uma teoria acerca da origem e dos processos fisiológicos das sensações, sugerindo que os sentidos estariam ligados ao cérebro. Segundo escritos da época foi o primeiro a relacionar o cérebro com as funções psíquicas, a psyqué, ao descobrir, por dissecação, que certas vias sensoriais terminavam no encéfalo e elaborou uma teoria da desarmonia como causa de enfermidades. Pode ter sido o verdadeiro descobridor das trompas de Eustáquio, além de um pioneiro da embriologia. A ele atribui-se a bela frase: Das coisas invisíveis têm clara consciência os deuses, a nós enquanto humanos, nos é permitido apenas conjecturar.

Concebeu a saúde como isonomia do equilíbrio ao afirmar que o que conserva a saúde é o equilíbrio das qualidades, que se simbolizariam em Poseidon.

Da filosofia, transmitida sob forma de comentário, doxografia, principalmente através da obra de Aristóteles, destacam-se dois pontos importantes:

a elaboração de uma tabela de pares de opostos, que funcionariam como princípio, arché, da natureza: limite-ilimitado, ímpar-par, unidade-pluralidade, direito-esquerdo, masculino-feminino, repouso-movimento, reto-torto, luz-sombra, bom-mau, quadrado-oblongo;
uma compreensão da imortalidade da alma, por concebê-la em eterno movimento, à semelhança dos astros e dos entes divinos.

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