sábado, 28 de novembro de 2009
ANTIGAS CIVILIZAÇÕES DA GRÉCIA CICLÁTICA E MINOICA
A civilização minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha do mar Egeu, entre 2700 a.C. e 1450 a.C., o período anterior ao da Civilização micênica. Teve como principal centro a cidade de Cnossos.
Os minóicos foram uma civilização pré-helênica da idade do bronze, em Creta, no mar Egeu. Baseando-se em descrições da arte minóica, essa cultura é frequentemente descrita como uma sociedade matriarcal voltada para o culto à deusa.
O termo Minóico foi criado pelo arqueólogo inglês Sir Arthur Evans do rei mítico Minos, associado ao labirinto, que Evans identificou como sendo o sítio de Cnossos. É possível, embora incerto, que Minos fosse um termo usado para identificar um governante minóico específico. Pode também ter sido usado para descrever o governante minóico da época. Como os minóicos chamavam a si mesmos ninguém sabe, mas a palavra egípcia Keftiu e a semítica Kaftor ou Caphtor e Kaptara nos arquivos de Evans, se referem evidentemente à Creta minóica.
A civilização minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha do mar Egeu, entre 2700 a.C. e 1450 a.C., o período anterior ao da Civilização micênica. Teve como principal centro a cidade de Cnossos.
Os minóicos foram uma civilização pré-helênica da idade do bronze, em Creta, no mar Egeu. Baseando-se em descrições da arte minóica, essa cultura é frequentemente descrita como uma sociedade matriarcal voltada para o culto à deusa.
O termo Minóico foi criado pelo arqueólogo inglês Sir Arthur Evans do rei mítico Minos, associado ao labirinto, que Evans identificou como sendo o sítio de Cnossos. É possível, embora incerto, que Minos fosse um termo usado para identificar um governante minóico específico. Pode também ter sido usado para descrever o governante minóico da época. Como os minóicos chamavam a si mesmos ninguém sabe, mas a palavra egípcia Keftiu e a semítica Kaftor ou Caphtor e Kaptara nos arquivos de Evans, se referem evidentemente à Creta minóica.
História
Pré-História
Mapa da Civilização MinóicaA origem é incerta. A ilha foi ocupada a partir de 6000 a.C. por povos neolíticos, como evidenciado por figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a.C.. A arquitetura é semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barro, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como costuma-se pensar.
O povo cultivava trigo, lentilhas, criava bois e cabras. O terreno montanhoso e acidentado dava lugar a profundos vales férteis, onde era praticada a agricultura. A pesca também era um importante elemento na obtenção de recursos.
Por volta de 3800 a.C, o cobre substituiu as pedras em utensílios como machados, e a ilha toda passou a ser ocupada por esta cultura.
[editar] Idade do Bronze
Por volta de 3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para a fundição. Neste período, a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas costeiras e ancoradouros. Surgiu um sistema de escrita (linear A, linear B, ainda sem tradução). Após 2100 a.C. grandes palácios começaram a ser construídos, denotando um certo grau de unidade política. Com registros escritos, unidade política e possivelmente um exército (e uma armada), caracteriza o início da civilização minóica.
Cronologia
O primeiro calendário minóico, criado por Evans e modificado depois por outros arqueólogos , é baseado nos estilos de cerâmica. Ele divide o calendário minóico em três eras: Minóico Recente, Minóico Médio e Minóico Tardio. Essas eras foram depois subdivididas.
Outro sistema, proposto pelo arqueólogo grego Nicolas Platon, é baseado no desenvolvimento de estruturas arquitetônicas complexas conhecidas como “palácios” de Cnossos, Festos, Malia, e Kato Zakros, e divide o calendário minóico em Pré-Palaciano, Protopalaciano, Neo-Palaciano e Pós-Palaciano.
A Erupção de Santorini ocorreu durante uma fase avançada do Minóico Tardio (ou Neo-Palaciano). A data da erupção é extremamente controversa, bem como a sua relação com o declínio minóico.
[editar] Apogeu
Aferesco do ToureadorOs mais antigos sinais de habitantes em Creta são peças de cerâmica neolítica, de aproximadamente 7000 a.C.
O começo da Idade do Bronze, por volta de 2600 a.C., foi um período de grande atividade em Creta, e também marca o início de Creta como um importante centro de civilização. Por volta de 1700 a.C. houve um grande distúrbio em Creta, provavelmente um terremoto, ou possivelmente uma invasão vinda da Anatólia. Os Palácios de Cnossos, Festos, Malia e Kato Zakros foram destruídos. Mas com o início do Período Neo-Palaciano, a população aumentou novamente, os palácios foram reconstruídos em maior escala e novos assentamentos surgiram por toda a ilha. Esse período (os séculos XVI e XVII / Neopalaciano) representa o ápice da Civilização Minóica.
A Grécia continental mostrou independência da Creta Minóica. No fim do Neo-Palaciano, a cultura palaciana ruiu catastroficamente. Todos os palácios foram destruídos, e só Cnossos foi imediatamente reconstruída – embora outros palácios tenham resistido um pouco mais (como Chania).
Objetos do fim do Período Neo-Palaciano foram achados no Egito nos reinados de Hatshepsut e Tuthmosis III. Ou a catástrofe ocorreu depois dessa época, ou isso foi tão ruim para os egípcios que eles tiveram, ao invés disso, que importar objetos dessa época . Pouco tempo depois da catástrofe,por volta de 1420 a.C., a ilha foi conquistada pelos micênicos , que adaptaram a escrita Linear A, dos minóicos, criando a Linear B para a língua micênica, uma forma de Grego. O primeiro arquivo do período Pós-Palacial .
O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a.C. a 1400 a.C.. Por volta de 1700, um grande terremoto destruiu a ilha, e os palácios foram reconstruidos em ainda maior escala, com o desenvolvimento de túmulos maiores, sistemas de esgoto e esculturas elaboradas. A prosperidade da ilha se deveu basicamente à habilidade na construção de naus rápidas e resistentes, capazes de transpor o Mar Mediterrâneo. Desta forma, os minóicos estabeleceram relações comerciais com as civilizações circundantes, exportando peças de metal, jóias, cerâmica, azeite e lã.
A expansão comercial coincidiu com a expansão territorial e política. Colônias foram fundadas em diversas ilhas do Mar Egeu e na Sicília.
Os aqueus, áticos e jônios ocuparam inicialmente a área da atual Grécia durante o terceiro milênio antes de Cristo, e foi provavelmente através do contato com comerciantes minóicos que descobriram a metalurgia, a navegação, a construção de barcos e o cultivo das oliveiras, que se tornariam o eixo da sociedade grega primitiva. A mescla destes povos e a herança cultural dos minóicos originou a civilização micênica.
[editar] Declínio
A explosão de um vulcão ao Norte localizado na ilha de Santorini fez com que terríveis tsunamis arrasassem seus principais portos costeiros, assim como seus principais mercados, facilitando assim a chegada de outra tribo indo-européia, os dórios, oriundos da Grécia continental que conquistaram os decadentes minóicos. Foram vistos esqueletos de crianças, provavelmente dessa época, encontrados na ilha como um sacrifício/oferenda aos deuses da natureza para que a prosperidade de antes retornasse. Esta erupção aconteceu em 1470 a.C. e causou um imenso maremoto que destruiu os portos minóicos e provavelmente toda a sua armada, comércio e auto-confiança psicológica, evitando assim o reerguimento. Incapazes de estabelecer comércio com outras culturas e defender-se de invasões estrangeiras, a sociedade aparentemente entrou em guerra civil, dividindo-se e fragmentando-se em vários grupos inimigos entre si e que antes eram apenas aliados estratégicos.
Ainda no século XV a.C., os Dórios vindos do Peloponeso invadiram Creta, estabeleceram-se nas cidades abandonadas e construíram sobre cidades destruídas. Os minóicos migraram para o leste da ilha, mas foram finalmente assimilados por volta de 1380 a.C..
Isto desfaz totalmente a lenda dos Dórios cruéis e sanguinários que fizeram os outros decaírem, pois mesmo que quisessem, os Dórios eram muito poucos numericamente para conquistar os então fortes e poderosos Minóicos (porém, a superioridade Minóica acabou, o que foi um prato cheio aos gregos da Hélade, do mesmo modo que os Macedônios se aproveitaram da decadência grega para só então invadí-la, repetindo mais uma vez os ciclos históricos).
Geografia
Sítio ArqueológicoCreta é uma ilha montanhosa com portos naturais. Há sinais de antigos terremotos em locais minóicos.
Homero afirmava que havia uma tradição de que Creta tinha noventa cidades. A ilha era provavelmente dividia em quatro unidades políticas; o norte era governado por Cnossos; o sul, por Festos; a região centro-leste, por Malia; a região leste por Kato Zakros. Pequenos palácios foram encontrados em outros locais.
Alguns dos principais sítios arqueológicos minóicos são:
Palácios
Cnossos
Festos
Malia
Kato Zakros
Galatas
Agia Triada
Gournia
Pyrgos
Vasiliki
Fournu Korfi
Pseira
Mount Juktas
Arkalochori
Karfi
Sociedade e Cultura
Afrescos Murais no Palácio de Cnossos[editar] Arquitetura
As estruturas de tijolos, pedra e barro se mantiveram ao longo da evolução desta civilização, mas a complexidade de suas construções aumentou desde o período neolítico. As casas eram retangulares, externamente amplas, com o interior dividido em muitos cômodos pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos ligados por sinuosos corredores. As paredes eram freqüentemente adornadas por representações de animais, festejos ou figuras geométricas, com ênfase em cores vivas.
[editar] Arte
Ver artigo principal: Arte minóica
A cerâmica se destacou por apresentar diversidade de formas e funções, progredindo em termos de variedade, refinamento e acabamento. Eram decorados com pinturas de formas geométricas simples, como triângulos, zigue-zagues e padrões simétricos abstratos. Algumas obras possuíam pequenas imagens do cotidiano, como plantas e animais domésticos.
As pinturas em parede ganham destaque. Suas cores vivas puderam ser vistas nas ruínas dos palácios mesmo milhares de anos após sua destruição. Também retratam com bom grau de precisão e detalhamento animais selvagens e domésticos (sobretudo o touro), figuras humanas em cenas como festas, casamentos, colheitas e cerimônias. A maior parte do conhecimento acerca da sociedade minóica se deve a essas pinturas.
Posteriormente, os trabalhos em metal (sobretudo ouro) e pedras preciosas tornaram-se notáveis em detalhamento e se transformaram em artigos de exportação preciosos, populares do o Egito à Pérsia.
Foram achados nas escavaçoes de Creta muitas imagens de mulheres, de diferentes posicoes sociais: sacerdotisas, dançarinas, esportistas e damas de nobreza.Isso significa que na sociedade minoica as mulheres tinham grande função na cidade.
Política
Palácio de CnossosAcredita-se que a civilização minóica era constituída por cidade-estado, subordinadas em certo nível a uma cidade mais importante e seu rei. Assume-se que Cnossos era esta cidade. O palácio de Cnossos é o maior já encontrado na ilha, embora grandes palácios também ocorram em Festos e Malia. Associados ao palácio, estavam casas, lojas, banhos, oficinas e armazéns. Devido à dificuldade na tradução dos escritos minóicos, não há a identificação dos reis de Creta (o nome Minos foi atribuído pelos gregos, posteriormente, ao rei que teria governado do palácio de Cnossos).
[editar] Economia
O Egito, durante muito tempo, importou de Creta azeite e vinho, geralmente transportados em vasos de cerâmica. Os cretenses também desenvolveram a cultura de oliveiras, videiras e cereais.
A civilização minóica, com o tempo, tornou-se uma talassocracia (supremacia naval), o que foi possível graças à presença de madeira em suas florestas, largamente utilizada na fabricação de barcos, muitos dos quais atingiam 20 metros de comprimento.
A indústria foi igualmente acentuada, principalmente na exportação de jóias e tecidos. As jóias eram fabricadas por meio de metais importados da região que hoje é a Espanha.
Os metais também eram utilizados para a fabricação de armas, forjadas em bronze. Eram grandes fornecedores de armas, o que garantia de certa forma sua própria segurança.
"Deusa-mãe" cretense[editar] Religião
Os afrescos descobertos pela arqueologia e ainda visíveis da civilização minóica revelam a importância conferida à mulher, as quais eram retratadas exercendo funções religiosas, administrativas e políticas. Os minóicos são considerados pacíficos, acreditavam que os deuses governavam tudo e a mulher era vista como fundamental para garantir a pacificação social [1].
Ainda em seu princípio, esculturas de uma deusa-mãe tornaram-se freqüentes. Também se destacou em importância a imagem do touro, reproduzida em pinturas e em obras arquitetônicas (chifres de pedra assinalavam os locais sagrados), que pode ter sido associado à fertilidade, ou aos freqüentes terremotos, como se a terra estivesse presa em seus chifres. Cerimônias religiosas são descritas em pinturas. Santuários foram identificados em cavernas e montanhas, bem como no interior dos próprios palácios, o que pode atribuir aos reis alguma função sacerdotal. O símbolo mais sagrado dos minóicos era o labrys, um machado de dois gumes.
Inicialmente os mortos eram sepultados em cavernas, mas com o gradativo desenvolvimento da vida urbana, grandes túmulos e mausoléus tomaram lugar nos ritos fúnebres.
[editar] Mitologia minóica e mitologia grega
Teseu em batalha com o Minotauro.O contato com os ancestrais dos gregos transformou os minóicos e elementos básicos de sua cultura em lendas que perpetraram-se na mitologia grega.
Baseados nas evidências encontradas em Creta posteriores à invasão dória, surgiu a lenda de um rei mitológico que teria governado em Cnossos. Seu castelo possuía um grande labirinto (na verdade, eram as ruínas dos corredores do palácio), onde, no centro habitava uma criatura meio touro, meio homem, o minotauro (baseados nos vários símbolos em referência ao touro presentes no local). As lendas de Dédalo e Ícaro, e a lenda de Teseu são baseadas neste cenário. Tucídides, historiador grego, menciona Minos como o primeiro rei a construir uma armada, assumindo que ele tenha realmente existido.
Platão escreve sobre Atlântida como uma antiga e avançada civilização localizada em uma ilha que teria sido engolida pelo mar. As descrições da riqueza e da prosperidade, bem como a similaridade dos eventos cataclísmicos, faz crer que a lenda de Atlântida seja um vestígio da impressão dos antigos micênicos, então uma cultura recém-saída da idade da pedra, frente aos primeiros contatos com a civilização minóica, então uma civilização bem desenvolvida. A religião cretense era centrada nas mulheres, isto é, a divindade mais importante era uma grande deusa criadora e mantenedora da ordem do mundo. Essa deusa tinha diversos animais a ela relacionados como serpentes, pássaros, leões e touros, além de objetos, como o machado de dois gumes, o labrys. Uma divindade masculina que parece ter sido importante, embora secundária, foi o minotauro, ser com cabeça de touro e corpo de homem. Nomes de deusas e deuses gregos já aparecem nos escritos cretenses. Os cretenses, ao contrário dos gregos clássicos, costumavam enterrar seus mortos com os objetos pessoais mais importantes. Por isso é considerada uma civilização..
Civilização cicládica
Figura cicládica em mármore.
Três figurasA civilização cicládica foi um cultura do começo da Idade do Bronze nas Ilhas Cíclades no Mar Egeu, que durou aproximadamente de 3000 a.C. a 2000 a.C.. A civilização é mais conhecida pelos ídolos femininos achatados (semelhantes às obras de Hans Arp e Constantin Brâncuşi), elaborados com o puro mármore das ilhas, séculos antes da Civilização minóica em Creta, ao sul. Quando a cultura palaciana de Creta surgiu, as ilhas foram esquecidas, com exceção de Delos, que manteve sua reputação arcaica de santuário durante todo o período da civilização grega clássica (ver Liga de Delos).
História
Figura de mulher grávida (terceiro milênio a.C.).A significativa cultura cicládica da época Neolítica final e Idade do Bronze antigo é mais conhecida pelos ídolos femininos lisos talhados, fora das ilhas, em mármore branco puro, séculos antes da grande ("cultura minóica") da Idade do Bronze Médio surgida em Creta, ao sul. Tais figuras foram desenterradas e saqueadas para satisfazer o crescente mercado de antiguidades cicládicas desde inícios do século XX.
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