domingo, 29 de novembro de 2009

FILOSOFIAS CETICISMO = ESTOICISMO = EPICURISMO = PERIODO HELENISMO

Helenismo

Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia compreendido entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedónia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares têm seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.

Durante o Helenismo foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egipto ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.






História

O império de Alexandre, o GrandeEm 336 a.C., Alexandre, o Grande, filho de Filipe II tornou-se rei da Macedônia e dois anos depois senhor de toda a Grécia. Durante o seu curto reinado de treze anos (entre 336 e 323 a.C.), Alexandre realizou a conquista de territórios mais rápida e espectacular da Antiguidade.

Procurando realizar o sonho do seu pai, Alexandre lança-se na conquista do Império Persa aqueménida de Dario III, que na época governava praticamente todo o Médio Oriente. Bastariam quatro anos e três batalhas (Granico, Issus e Gaugamela) para derrotar o soberano. Os três anos que se seguiram, até 327 a.C., foram dedicados à conquista das satrapias da Ásia Central; por volta de 325 a.C. Alexandre já se achava no Vale do Indo. Segundo o que se pensa, o macedônio pretendia ir até o Ganges, mas seus soldados recusaram-se a avançar mais, sendo Alexandre forçado a ordenar o regresso.

Alexandre associou as antigas classes indigentes do Império Aquemênida à estrutura de governo do seu império. Pretendia assim criar um grande estado multiétnico, onde a herança grega e macedônia coexistiria com a herança persa e asiática. A morte prematura do rei, aos trinta e três anos, deu por terminado este original projeto, na época criticado por macedônios e gregos.





O período dos diádocos

Diádocos

██ Reino de Ptolemeu

██ Reino de Cassandro

██ Reino de Lisímaco

██ Reino de Seleuco

██ Épiro

Outros

██ Cartago

██ Roma

██ Colónias gregas

A morte de Alexandre, o Grande não deixou clara a questão da sua sucessão. Entre os generais de Alexandre - os diádocos - esboçaram-se duas tendências: uma que desejava manter a unidade do império (em memória de Alexandre e da sua família) e outra que pretendia dividi-lo. Nas quatro décadas seguintes, entre 323 a.C. e 280 a.C., os generais de Alexandre enfrentaram-se em lutas que visavam afirmar diferentes objetivos.

Filipe Arrideu, um meio-irmão de Alexandre que sofria de problemas mentais, e Alexandre IV, filho de Alexandre e de Roxana nascido já depois da morte do pai, em Agosto de 323 a.C., foram proclamados reis, mas não passaram de figuras efêmeras que acabaram assassinadas. Perdicas foi nomeado regente do império, mas foi assassinado em 321 a.C.. O exército elegeu então Antípatro, que tinha sido nomeado por Alexandre como administrador da Macedônia e da Grécia, como novo regente. Antípatro faleceu em 319 a.C. tendo nomeado como sucessor não o seu filho Cassandro, mas Poliperconte, que acabaria derrubado por Cassandro.

Cassandro, Ptolemeu e Lisímaco decidiram formar uma aliança para derrotar Antígono, lutando contra este durante quatro anos, entre 315 a.C. e 311 a.C., mas sem resultados práticos. Em 311 a.C. estes líderes decidiram dividir o império: Cassandro tornou-se estratego da Europa, Lísimaco governador da Trácia e Antígono tornou-se senhor de toda a Ásia; no acordo não participou Selêuco, que já governava uma parte da Ásia.

Antígono e o seu filho Demétrio Poliorceta conseguiram consolidar o seu poder. Eliminados os familiares de Alexandre, os diádocos começam a declarar-se reis. O primeiro será Antígono junto com o seu filho em 306 a.C.

Com o objetivo de derrotarem Antígono, Cassandro formou uma coligação com Lisímaco, Selêuco e Ptolomeu, cujo ponto de confronto foi a Batalha de Ipso em 301 a.C., na qual Antígono morreu. O seu filho Demétrio conseguiu escapar, mantendo o domínio sobre Tiro e Sídon. Ocorreu então uma nova divisão dos territórios: Lisímaco tomou partes consideráveis da Ásia Menor, Selêuco da Síria e da Mesopotâmia e Cassandro, da Macedônia e da Grécia.

Em 297 a.C., Cassandro faleceu. Demétrio aproveitou a ocasião para conquistar a Macedônia em 294 a.C., mas foi expulso por Lisímaco, que havia se aliado ao rei Pirro de Épiro. Demétrio adoeceu e entregou-se a Selêuco, vindo a falecer. O fim deste período conturbado aproximou-se com a derrota de Lisímaco para Selêuco, em 281 a.C., em Curopédion; Selêuco seria por sua vez assassinado por um filho de Ptolemeu I, Ptolemeu Cerauno.

Por esta altura verificou-se também a invasão dos Gauleses, que contribuiu para acentuar o caos. Em 277 a.C. estes foram derrotados em Lisimaquia. O perigo que a invasão representava fez com que Antígono Gónatas (neto de Antígono Monoftalmo) e Antíoco (filho de Selêuco) estabelecessem um pacto através do qual cada um se comprometia a não se envolver na área de influência do outro.

[editar] Equilíbrio
Por volta de 270 a.C., a tríplice divisão do império foi aceita de forma definitiva: os Ptolomeus governavam o Egito (dinastia dos Lágidas), Antíoco ficou com a Síria e a Pérsia (dinastia dos Selêucidas) e Antígono Gónatas dominou as regiões européias (dinastia dos Antígonas).

Antígono Gónatas controlou a Grécia, depois de ter derrotado, na guerra de Cremónida, uma coligação entre Esparta, Atenas e o Egito. Foi sucedido pelo seu sobrinho Antígono Dóson.

O reino dos Selêucidas teve como a sua primeira capital a cidade da Babilônia, conquistada em outubro de 312 a.C. por Selêuco. Este rei viria a criar uma nova capital, Selêucia, situada a cerca de 60 quilômetros a norte da Babilônia. Em 300 a.C., o rei Antíoco funda uma cidade nas margens do rio Orontes, na Antioquia.

A partir do reino selêucida nasceu outro, o reino de Pérgamo, cujo governador, Êumenes (263 a.C.- 241 a.C.) derrotou Antíoco I em Sardes no ano de 262 a.C., obrigando-o desta forma a reconhecer a sua independência. O sucessor de Êumenes, Átalo (241 a.C.-197 a.C.), derrotou os Gauleses (ou Gálatas, como eram denominados pelos autores gregos estes descendentes dos Gauleses que se tinham fixado na Ásia Menor). Com esta vitória, atribuiu-se-lhe o título de rei e expandiu o seu território na Ásia Menor à custa dos Selêucidas.

Devido à sua grande extensão territorial, o reino selêucida rapidamente acabou por se desmembrar, ficando em pouco tempo reduzido à região da Síria. A planície do Indo separou-se sob pressão da dinastia dos Máurias e mais tarde foi a vez do Irão Central, onde nasceu a dinastia local dos Partos Arsácidas.
Declínio
Os reinos helenísticos acabaram por ser progressivamente integrados naquilo que tornou-se depois o Império Romano, através da conquista ou por doação. Pérgamo tornou-se, em 200 a.C., o primeiro aliado dos Romanos na Ásia; quando o rei Átalo III morreu em 133 a.C., o reino foi integrado a Roma, segundo a vontade expressa no próprio testamento real. A Ásia Menor mergulhou na confusão, sacudida com a tentativa de Aristonicos (Euménio III) de impedir a anexação romana. Teria Átalo III legado voluntariamente o seu reino ou teria optado por entregá-lo a quem tivesse força suficiente para controlar os crescentes conflitos sociais?

O penúltimo rei da dinastia dos Antígonas, Filipe V, cometeu o erro de aliar-se ao cartaginense Aníbal na contenda contra Roma, sendo derrotado na Batalha de Cinoscéfalos pelos Romanos em 197 a.C.. O seu filho, Perseu, perdeu a Batalha de Pidna (168 a.C.) que visava desforrar a derrota do seu pai, levando ao desaparecimento da dinastia. A Macedônia tornou-se província romana em 146 a.C.

Roma não estava disposta a suportar qualquer renascimento macedônio e suprimiu a monarquia antigônida. Todas as desculpas eram válidas para esmagar a Macedônia. Uma simulação de liberdade subsistiu até 148 a.C., com quatro pequenas repúblicas. Finalmente, a Macedônia deixou-se levar pela tentativa vã do aventureiro Andrisco e acabou reduzida à condição de província romana. Ironicamente, a Liga Aqueia, a grande adversária da Macedônia na Grécia, foi aniquilada em 146 a.C. pelos romanos, com a destruição de Corinto.

Os Selêucidas, que já tinham perdido a sua importância política por volta de 160 a.C., foram absorvidos por Roma em 64 a.C.. O golpe fatal deu-se em 129 a.C., quando Antíoco VII, na última tentativa selêucida de restauração, foi derrotado pelos Partos. O reino arrastou-se até 88 a.C., quando, finalmente, Tigranes da Arménia o anexou à Síria. O Estado Selêucida foi temporariamente restaurado pelos romanos, entre 69 a.C. e 64 a.C. Pompeu não hesitou em suprimir este fantasma e Antíoco XIII foi assassinado por um obscuro chefe árabe.

Por último, os Ptolomeus do Egito foram derrotados na Batalha de Ácio em 31 a.C., e no ano seguinte o Egito transformou-se numa província romana. Antes disso, o cenário foi de um declínio atormentado por intrigas e conspirações dinásticas. Antônio perdeu e Augusto, o vencedor, aboliu a monarquia lágida, assassinando o jovem Ptolomeu XV Cesarião.

Paradoxalmente, no período final do mundo helenístico, foi um monarca helenizado de origem iraniana, Mitrídates VI do Ponto, que conduziu a última reação contra a avalanche romana. O seu fracasso heróico não serviu para impedir o inevitável.

Romanos e Partos partilharam o imenso território que foi o antigo império de Alexandre.

[editar] A ciência na era helenística
A ciência alcançou um grande desenvolvimento no período helenístico, não sendo ultrapassada nas suas realizações durante muitos séculos.

Na medicina, destacaram-se Herófilo e Erasístrato, que viveram em Alexandria na primeira metade do século III a.C.. Herófilo, considerado o fundador da anatomia, recusou-se a aceitar os dogmas estabelecidos, atribuindo maior importância à observação direta. Fez estudos importantes no campo da frenologia, tendo feito a distinção entre cérebro e cerebelo. Descreveu também o duodeno, o pâncreas e a próstata e descobriu o ritmo do pulso, apresentando lei matemática para a sístole e a diástole.

Erasístrato, considerado o iniciador da fisiologia, salientou-se pelo estudo dos vasos sanguíneos e da circulação do sangue. Descreveu também os pulmões.

Na matemática, Euclides de Alexandria, autor de Elementos, lançou nesta obra as bases da geometria como ciência. Apolónio de Perga estuda as seções cônicas. Mas o maior matemático foi Arquimedes de Siracusa (c.287 a.C.-212 a.C.) que inventou o cálculo integral e descobriu a lei da impulsão, tendo realizado também algumas invenções (planetário, bomba aspirante).

Na astronomia, Aristarco de Samos (c.310 a.C.-230 a.C.) defendeu que o Sol era o centro do sistema planetário (heliocentrismo), teoria que gerou polêmica na época e foi contestada por Arquimedes e Hiparco de Niceia. Este último foi responsável pela atribuição ao ano solar da duração de 365 dias, 5 horas, 55 minutos e 12 segundos, um cálculo errado apenas por 6 minutos e 26 segundos. Eratóstenes de Cirene (c.[[275 a.C.-194 a.C.) descreveu a Via Láctea e organizou a geografia como ciência.





Laocoonte
A arte helenística encontrava-se ao serviço dos soberanos e das classes sociais mais ricas, apresentando inovações técnicas e temáticas.

Na arquitectura se detectou-se uma influência oriental, presente no aparecimento do arco e da abóbada. Vulgarizou-se o uso do capitel coríntio (templo de Zeus Olímpico em Atenas). Os grandes edifícios da era são de natureza secular (teatros, estádios).

Pérgamo foi um dos principais centro de produção escultórica. O patético e o teatral estão patentes em obras como Laocoonte, ao mesmo tempo que se nota um revivalismo do idealismo clássico (Vénus de Milo, Vitória de Samotrácia). Como novidade surge a representação da infância, da velhice, da dor, da ira, das diferenças raciais. Outro aspecto explorado nesta era foi a representação de alegorias, como a Tyche de Eutíquides, personificação da cidade síria de Antioquia.

A pintura perdeu-se quase na totalidade, sendo apenas certo que neste período começa a representar-se as paisagens.

[editar] Filosofia helenística
Para a filosofia, contudo, o helenismo marcou o surgimento de um novo período: a filosofia helenística (cujo início é tradicionalmente associado com a morte de Alexandre, em 323 a.C.).

As principais escolas filosóficas deste período são:

Estoicismo
Epicurismo
Ceticismo
É nesse período do pensamento ocidental que a filosofia se expande da Grécia para outros centros como Roma e Alexandria.

Literatura
Parte considerável da literatura do período helenístico perdeu-se, restando muitos fragmentos de obras.

Na poesia, destacaram-se dois nomes: Calímaco (c.305-c.240 a.C.), autor de hinos, epigramas e de dois poemas épicos (Hécale e Aitia), e Teócrito (c.300-206 a.C.), criador do gênero pastoril (idílios).

No teatro, surgiu a Comédia Nova, que retratava as paixões dos cidadãos comuns, fazendo uma crítica aos costumes. O principal representante desta nova tendência da comédia grega foi Menandro.


Estoicismo

O estoicismo é uma doutrina filosófica que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia").

O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.

O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.

A partir disso surgem duas conseqüências éticas: deve-se «viver conforme a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão.

Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

A última época do estoicismo, ou período romano, caracteriza-se pela sua tendência prática e religiosa, fortemente acentuada como se verifica nos Discursos e no Enchiridion de Epiteto e nos Pensamentos ou Meditações de Marco Aurélio.

Estóico: Diz-se daquele que revela fortaleza de ânimo e austeridade. Impassível; imperturbável; insensível.

A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da clara influência de Sócrates.





Epicurismo


Epicuro

Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas.

Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.

A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.

No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.

A idéia que Epicuro tinha, era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam.




Estoicismo

O estoicismo é uma doutrina filosófica que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia").

O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.

O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.

A partir disso surgem duas conseqüências éticas: deve-se «viver conforme a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão.

Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

A última época do estoicismo, ou período romano, caracteriza-se pela sua tendência prática e religiosa, fortemente acentuada como se verifica nos Discursos e no Enchiridion de Epiteto e nos Pensamentos ou Meditações de Marco Aurélio.

Estóico: Diz-se daquele que revela fortaleza de ânimo e austeridade. Impassível; imperturbável; insensível.

A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da clara influência de Sócrates.

O Período Clássico estende-se entre 480 a.C. e 359 a.C. e é dominado por Esparta e Atenas. Cada um destas póleis desenvolveu o seu modelo político (a oligarquia militarista em Esparta e a democracia aristocrata em Atenas).

Ao nível externo verifica-se a ascensão do Império Persa Aqueménida quando Ciro II conquista o reino dos medos. O Império Aqueménida prossegue uma política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Erétria apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa, mas este apoio revela-se insuficiente já que os jónios são derrotados: Mileto é tomada e arrasada e muitos jónios decidem fugir para as colónias do Ocidente. O comportamento de Atenas iria gerar uma reacção persa e esteve na origem das Guerras Médicas (490-479 a.C.).

Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham passado por Erétria, destruindo esta cidade. O encontro entre atenienses e persas ocorre em Maratona, saldando-se na vitória dos atenienses, apesar de estarem em desvantagem numérica.

Dario prepara a desforra, mas falece em 485, deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C. Perante a invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo rei Leónidas I conseguem temporariamente bloquear os persas na Batalha das Termópilas, mas tal não impede a invasão da Ática. O general Temístocles tinha optado por evacuar a população da Ática para Salamina e sob a direcção desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os Persas em Salamina. Em 479 a.C. os gregos confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de Platéias. A frota persa foge para o mar Egeu, onde em 478 a.C. é vencida em Mícale.

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