quinta-feira, 26 de novembro de 2009

MUSAS





Musas

Ninfas
Alseídes
Auloníades
Crinéias
Dríades
Hamadríades
Hespérides
Limnátides
Melíades
Náiades
Napéias
Nereidas
Oceânides
Oréades
Pegéias

As musas são entidades mitólogicas a que são atribuidas capacidade de inspirar a criação artística ou científica; na Grécia, eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Musa, no singular, é a figura feminina real ou imaginária que inspira a criação. O correspondente masculino seria o fauno, todavia este ser não tem exatamente a mesma capicidade inspiradora na mitologia. O templo das musas era o Museion, termo que deu origem à palavra museu, nas diversas línguas indo-européias, como local de cultivo e preservação das artes e ciências.


Origem mitológica
Mnemósine, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um maravilhoso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.

[editar] As nove musas
As nove musas Musa Significado do nome Arte ou Ciência Representação (Atributo)
Calíope A de bela voz Poesia Épica Tabuleta ou pergaminho e uma pena para escrita
Clio
Kleio A Proclamadora História Pergaminho parcialmente aberto
Erato Amável Poesia Lírica Pequena Lira
Euterpe A doadora de prazeres Música Flauta
Melpômene A poetisa Tragédia Uma máscara trágica, uma grinalda e uma clava
Polímnia
Polyhymnia A de muitos hinos Música Cerimonial (sacra) Figura velada
Tália
Thaleia A que faz brotar flores Comédia Máscara cômica e coroa de hera ou um bastão
Terpsícore A rodopiante Dança Lira e plectro
Urânia A celestial Astronomia Globo celestial e compasso

Musas dançam com Apolo (Baldassare Peruzzi)Clio (a que confere fama) era a musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucídide". Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.
Euterpe (a que dá júbilo) era a musa da poesia lírica e tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem, que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.
Tália (a festiva) era a musa da comédia que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.
Melpômene (a cantora) era a musa da tragédia; usava máscara trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos.
Terpsícore (a que adora dançar) era a musa da dança. Também regia o canto coral e portava a cítara ou lira. Apresenta-se coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. Alguns autores fazem-na mãe das Sereias.
Érato (a que desperta desejo) era a musa do verso erótico. É uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita segura uma lira e com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Amor que beija-lhe os pés.

Eustache Le SueurPolímnia (a de muitos hinos) era a musa dos hinos sagrados e da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.
Urânia (celeste) era a musa da astronomia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso. Representam-na com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade a que os astrônomos/astrólogos pediam inspiração.
Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da eloqüência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.
Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon, na Beocia (musas beocias) e no monte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música. O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais. Também freqüentavam o Monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam gracioso movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.



Safo


Safo

Ilustração representando Safo
Nascimento entre 630 e 612 a.C.
Lesbos, Grécia
Ocupação Poetisa
Safo (em grego: Σαπφώ, transl. Sapphō) foi uma poetisa grega que viveu na cidade lésbia de Mitilene, ativo centro cultural no século VII a.C.. Nascida algures entre 630 e 612 a.C., foi muito respeitada e apreciada durante a Antigüidade, sendo considerada "a décima musa".[carece de fontes?] No entanto, sua poesia, devido ao conteúdo erótico, sofreu censura na Idade Média por parte dos monges copistas, e o que restou de sua obra foram escassos fragmentos.



Registros históricos e biográficos
A biografia de Safo (Psappha, como a própria assinava no dialeto eólico), é um tanto controversa. e muito do que se diz a seu respeito está envolto em lendas (inclusive suas relações com mulheres). Nasceu em Eresos, uma cidade da fértil ilha grega de Lesbos entre 630 e 612 a.C., tendo mudado-se para Mitilene, sua capital e principal cidade, ainda menina.

Já em 593 a.C. figurava dentre os aristocratas deportados para a cidade de Pirra (também na ilha de Lesbos) por conspiração. Safo já tomava parte da vida pública (na política e na poesia) aos 19 anos. O ditador Pitaco, temendo-lhe a escrita, condenou-a a um exílio mais distante, fora da ilha de Lesbos.


Busto com a inscrição Safo de Eressos (Sappho Eresia), uma cópia romana de um original grego datado do século V a.C..Sobre tal exílio: Era Pitaco ditador de Mitilene, a maior das cinco cidades de Lesbos. Os comerciantes e cidadãos menos abastados derrubaram a aristocracia, fazendo de Pitaco o ditador, nos moldes do seu contemporâneo e amigo Sólon. Tentando a retomada do poder, os aristocratas conspiram, e são novamente derrotados, sendo exilados seus líderes, dentre os quais o poeta Alceu e Safo. Alceu teria sido um poeta que mesclara sua arte com a política, num estilo todo próprio que se diz alcaico e teria sido, certamente, mais conhecido não tivesse ao lado a grandeza de Safo... No primeiro exílio, em Pirra, consta que Alceu tenha lhe enviado um convite amoroso: "Oh pura Safo, de violetas coroada e de suave sorriso, queria dizer-te algo, mas a vergonha me impede."
Não se sabe se este affair teve conseqüências, mas que Safo respondera-lhe, então: "Se teus desejos fossem decentes e nobres e tua língua incapaz de proferir baixezas, não permitirias que a vergonha te nublasse os olhos - dirias claramente aquilo que desejasses". Alceu dedicou-lhe muitas odes e serenatas.
Por volta de 591 a.C. parte para a Sicília. Naquela época casou-se com um rico comerciante de Andros que, falecendo em breve, deixou-lhe uma rica herança e uma filha, Cleis, que a mãe assim definia: "dourada flor que eu não trocaria por toda a Lídia, nem pela formosa Lesbos".

Após cinco anos exilada, volta para Lesbos, onde logo se torna a líder da sociedade local, no plano intelectual. Sedutora, não dotada da beleza na concepção grega da época (embora Sócrates a houvesse denominado "A Bela"), Safo era baixa e magra, olhos e cabelos negros, e de refinada elegância, viúva e vivendo numa sociedade não tinha regras morais como hoje se concebem.






A escola de Safo - o amor em Lesbos

Safo, por KlimtConcebeu Safo uma escola para moças, onde lecionaria a poesia, dança e música - considerada a primeira "escola de aperfeiçoamento" da História. Ali as discípulas eram chamadas de hetairai (amigas) e não alunas... E a mestra apaixona-se por suas amigas, todas... dentre elas, aquela que viria a tornar-se sua maior amante, Atis - a favorita, que descrevia sua mestra como vestida em ouro e púrpura, coroada de flores. Mas Atis apaixona-se por um moço e, com ciúmes, Safo dedica-lhe os versos:

"Semelhante aos deuses parece-me que há de ser o feliz
mancebo que, sentado à tua frente, ou ao teu lado,
te contemple e, em silêncio, te ouça a argêntea voz
e o riso abafado do amor. Oh, isso - isso só - é bastante
para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o tremer
dentro do meu peito!
Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
e eu sinta sob a carne impalpável fogo
a incendiar-me as entranhas.
Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor (...)
A aluna foi retirada da Escola por seus pais, e Safo escreve que "seria bem melhor para mim se tivesse morrido".

[editar] A morte controversa

Safo, por Charles-August Mengin (1877)Tantos milênios passaram-se após a vida desta figura feminina excepcional, que a humanidade viveu momentos de glória e desprezo sobre sua arte e personalidade. Em 1073 de nossa era suas obras, junto com as de Alceu, foram queimadas em Constantinopla e em Roma. Mas foram redescobertas poesias dela em 1897.

Safo foi chamada de "cortesã" (prostituta), por Suidas. E contavam que havia se suicidado pulando de um precipício na ilha de Leucas, apaixonada pelo marinheiro Faonte - fato que é descrito também em Menandro, Estrabão e Ovídio. Mas há consenso de que isto seja verdadeiramente mítico. Escritos sobreviventes dão Safo como tendo atingindo a velhice, e o certo é que não se sabe como nem quando ela morreu, sendo considerada por alguns a maior de todas as poetisas.

[editar] Honras a Safo
Sua poesia era considerada das mais sublimes. Dentre os gregos que lhe foram contemporâneos e pósteros, Safo era considerada uma dos chamados "Nove Poetas Líricos" (os outros eram: Álcman, Alceu, Estesicoro, Ibico, Anacreonte, Simonides, Píndaro e Baquilides). Estrabão escrevera que "Safo era maravilhosa pois em todos os tempos que temos conhecimento não sei de outra mulher que a ela se tenha comparado, ainda que de leve, em matéria de talento poético."

Assim como Homero era conhecido como "o Poeta", Safo era conhecida como "a Poetisa".

Narram, ainda, os historiadores, que tendo Excetides declamado um canto de louvor a Safo para Sólon, seu tio, este pediu que o moço o ensinasse todo, de tanto que o agradou. Alguém então perguntou-lhe para quê queria tal coisa, ao que o célebre jurista respondeu: "Quero aprendê-lo, e depois morrer!"

Mas nenhum epigrama foi mais próximo ao êxtase que seus versos provocavam do que este:

Há quem afirme serem nove as musas. Que erro!
Pois não vêem que Safo de Lesbos é a décima?


— Platão





Histórias (Heródoto)


Leônidas e as Termófilas - quadro de DavidAs Histórias (em grego antigo: Ἰστορἴαι, transl. Historiai), divididas em nove livros e escrita por Heródoto de Halicarnasso, é a obra básica da História, a primeira a ter este título - e constitui-se na primeira tentativa do homem em sistematizar o conhecimento de suas ações ao longo do tempo. Data de cerca de 440 a.C..


Escrita em dialeto jônico - uma vez que Halicarnasso era uma das cidades gregas situadas na Dória (hoje pertencente à Turquia), bastante próximo daquela outra região (a Jônia).

Heródoto viveu entre 485 a.C. e 430 a.C. e, até aquele momento, nenhuma obra procurara reunir os registros historiográficos da Grécia, quer interna, quer em seu relacionamento, muitas vezes belicoso, com países próximos - chamados de bárbaros, dentre os quais a Pérsia (e particularmente as Guerras Médicas).

O título por ele escolhido Histórias, tinha o significado de pesquisas - mas ganhou em seguida a conotação de registro que até hoje conserva.

Não se pode com certeza afirmar se nada similar foi escrito antes ou ao tempo de Heródoto: o fato é que esta obra é a mais antiga e a única sobre a História grega a sobreviver até a atualidade.

[editar] Os nove livros das Histórias
Cada um dos livros é dedicado a uma das Musas, que eram em número de nove e, segundo a Mitologia, eram as responsáveis pelas artes.

As Histórias constituem um perfeito exemplo de composição literária livre, dentro da prosa grega antiga. Não descreve os fatos de modo linear, a todo tempo a narrativa é interrompida por digressões e comentários sobre o argumento central. Neste particular, assemelha-se à Ilíada, de Homero.

A obra tem início no Proêmio, que é onde o autor expõe sua intenção: evitar que os feitos das gerações que o precederam sejam relegados ao esquecimento, explicando-os.

[editar] Livro I (Clio)
Ao expor as causas do conflito conhecido por Guerras Médicas, Heródoto aborda as primeiras dissenções e enfrentamentos que se produziram entre gregos e bárbaros, na época mítica (os raptos de Europa, Medéia e Helena de Tróia). Entretanto, mantém certa distância em relação a estas tradições e, em seguida, segundo o que ele sabe, indica quem cometeu os primeiros atos de provocação (Creso, rei da Lídia). Expõe, assim, claramente, que a agressão é proporcional à responsabilidade, moral e jurídica.

Sua atenção passa, então, para a figura de Creso, o primeiro agressor. A história da Lídia permite que se conheça o grande eixo de sua história, a Pérsia; ao mesmo tempo, firma as bases de sua concepção teleológica dos acontecimentos humanos (relato da entrevista entre Sólon e Creso; I 28-33). O restante do Livro I desvia sua atenção para a Pérsia, com a subida ao trono por Ciro e as diversas campanhas deste Rei (conquista da Jônia, Cária e Lícia).

[editar] Livro II (Euterpe)
É em sua totalidade dedicado ao Egipto: antigüidade dos frígios; geografia egípcia, história do país, estudos sobre a geografia e o rio Nilo; faz um estudo comparado da religião egípcia, em relação à grega; animais sagrados (gatos, serpentes, etc.), sucessão de reis, etc.

[editar] Livro III (Tália)
Trata das causas que levaram Cambises a atacar o Egito. A campanha militar. Detalhes sobre o caráter soberbo e ímpio de Cambises. Sua morte e entronização de Dario I.

[editar] Livro IV (Melpômene)
Segue a expansão persa: Cítia. Digressões acerca dos citas. Campanha contra os citas. Campanha contra a Líbia. é dedicado a uma musa .

[editar] Livro V (Terpsícore)
O avanço persa contra a Grécia. Operações contra a Macedônia e Trácia. Sublevação jônica. Aristágoras de Mileto pede ajuda a Esparta e Atenas, o que serve de mote para que o autor desenvolva a História das duas cidades.

[editar] Livro VI (Erato)
A Guerra Médica. Incursão persa na Macedônia. História contemporânea de Esparta e Atenas. Desembarque persa na Ática. Batalha de Maratona. Assuntos da política interna em Atenas. Alcmeônidas e Milcíades.

[editar] Livro VII (Polímnia)
Precipitação dos acontecimentos. As digressões possuem uma estreita relação estrutural com o núcleo do relato. Traz a morte de Dario, Xerxes ocupa o controle do império persa e decide invadir a Grécia. Descrição da gigantesca expedição, a passagem do Helesponto e o desenrolar das operações bélicas. Preparativos para a resistência grega. Batalha das Termópilas.

[editar] Livro VIII (Urânia)
Batalha do cabo Artemísio. Ocupação e destruição de Atenas. A população e a frota atenienses se refugiam na ilha de Salamina. Batalha de Salamina. Retirada de Xerxes.

[editar] Livro IX (Calíope)
Batalhas de Plátea e Micala. Trágicos amores de Xerxes. Tomada de Sesto pelos atenienses. Opinião de Ciro sobre os riscos do expansionismo.

[editar] Encerramento
O final das Histórias é problemático. A questão fundamental é se a obra está inacabada ou se Heródoto chegou até o final cronológico que, em sua opinião, poria fim à guerra. Na obra, além disso, há promessas inconclusas (como onde diz que falará dos assírios), que se podem debitar à falta de uma última revisão. O certo parece ser que o autor trabalhou durante muito tempo na obra, com vários planos (umas línguas dispersas, uma História da Pérsia, as Guerras Médicas) e em várias etapas compositivas.

[editar] Metodologia
Um aspecto fundamental na hora de se estudar a metodologia em Heródoto é o tratamento das fontes:

1. Como elemento primário para a obtenção de dados, costuma basear-se em suas observações pessoais (ὄψις) articuladas de acordo com o procedimento dos logógrafos (os primeiros escritores gregos), com introdução de um elemento ternário: a descrição geográfica de um país, descrição dos costumes dos moradores e atenção aos aspectos mais surpreendentes (τὰ θωμάσια). Bom exemplo destas passagens que compõem a ὄψις, são os λόγοι ("relatos"), que facilitam as informações que, em geral, a crítica moderna tende em comprovar. Em qualquer caso, deve destacar-se sua sinceridade, pois nunca pretende ter visto além do que realmente viu.

2. Um segundo meio, conhecido com o nome de ἱστορίη (investigação), se baseia na obtenção de dados a partir de fontes escritas, de importância capital na composição da obra. Podem destacar-se três grandes grupos: os Poetas (Homero, Hesíodo, Arquíloco, Esopo, Solón, Safo, Simónides, Alceo, Píndaro, Esquilo, Anacreonte...), as fontes epigráficas (escritos em pedra, argila, etc. – e em certas ocasiões seu desconhecimento sobre as línguas não-gregas levam-no a interpretações singelas), os logógrafos (Hecateu de Mileto, principalmente).

3. A terceira fonte é a ἀκοή, os testemunhos orais. As Histórias de Heródoto são fundamentalmente baseadas na tradição oral (como ao falar de Tucídides, por exemplo). O comum é que faça alusão a estes testemunhos de modo indeterminado, usando expressões do tipo “segundo os persas...”, “uns dizem que...”, “outros sustentam...”, etc.

4. Finalmente, Heródoto completa sua metodologia com uma série de considerações que se agrupam sob o nome genérico de γνῶναι. São argumentações que servem para estabelecer relações de afinidade ou para aprofundar o exame crítico daquilo que está expondo.

É indubitável que se está nos começos do gênero histórico, o que explica o excesso de pontos pouco detalhados, argumentações inconsistentes e falha no rigor analítico. Por outra parte, o desconhecimento da estratégia e tática militares é evidente.

[editar] O pensamento de Heródoto
Heródoto representa sem dúvida o espírito antigo. Muito se tem insistido sobre seu paralelo (e amizade) com Sófocles, mas a dualidade teológica e humana que se encontra em sua obra possui maior semelhança com o trabalho de Ésquilo. A dupla motivação factual da tragédia neste autor (responsabilidade humana e causalidade divina), não é diferente da posição de Heródoto, para quem (I 32, 1) “a divindade é, em todos as ordens, invejosa e causa de perturbação”. Mas, ao mesmo tempo, aparece uma tendência que busca no homem mesmo a causa do seu destino. Tem-se um plano sobrenatural que põe em relevo a fragilidade do ser humano, que é “todo incerteza”.

O destino, portanto, se converte numa força pré-moral que se impõe de maneira inexorável. Isto implica num pessimismo que é consubstanciado no pensamento grego. O ser humano se sente sujeito às instabilidades e é impotente (ἀμήχανος) ante os desígnios divinos.

Sem dúvida, o aparente dogmatismo da φθόνος θεῶν (inveja dos deuses) não diminui a responsabilidade dos homens. Os castigos que este sofre são provocados diretamente na proporção da soberbia (ὕβρις) humana. Quando um homem se encontra numa posição de relevo que excede às suas possibilidades naturais, tente a incorrer em soberbia, e é culpado de crimes e sortilégios, que atentam contra a estabilidade ético-social. Para se precaver das hostilidades divinas o homem deve praticar a justiça, a piedade e a modéstia sem que, como ocorre em Sófocles, seja absolutamente seguro que isto baste para ter sucesso. É um posicionamento similar ao da tragédia, da lírica e da épica.

Esta atitude de Heródoto, dirigida pela moderação, determina seu pensamento político: obrigado a exilar-se de sua pátria por um regime tirânico, abomina a tirania, cuja essência é a irresponsabilidade ante a lei e aos demais membros da comunidade; se mostra convencido dos benefícios que representa a liberdade, daí sua admiração por Atenas e justificação de seu apogeu. Liberdade face à subordinação – este é o diferencial entre gregos e bárbaros.



Musas


A imagem das musas como inspiradoras das artes mostra a força do legado helênico à cultura ocidental. De seu nome deriva o termo museu, lugar inicialmente destinado ao estudo das ciências, letras e artes, atividades protegidas pelas musas.

Na mitologia grega, as musas eram deusas irmãs veneradas desde tempos remotos no monte Hélicon, da Beócia, onde eram festejadas a cada quatro anos, e na Piéria, Trácia. Inicialmente, eram as inspiradoras dos poetas.

Mais tarde sua influência se estendeu a todas as artes e ciências. Na Odisséia Homero menciona nove musas, que constituíam um grupo indiferenciado de divindades. A diferenciação teve início com Hesíodo, que chamou-as Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Érato, Polímnia, Urânia, e Calíope (ou Caliopéia), esta a líder das musas.

Eram filhas de Mnemósine (Memória). Na relação de Hesíodo - que embora seja a mais conhecida, não é a única - os nomes são significativos. Érato, por exemplo, significa "adorável" e Calíope, "a de bela voz".

Em geral as musas eram tidas como virgens, ou pelo menos não eram casadas, o que não impede que lhes seja atribuída a maternidade de Orfeu, Reso, Eumolpo e outros personagens, de alguma forma ligados à poesia e à música, ou relacionados à Trácia.

Estátuas das musas eram muito usadas em decoração. Os escultores representavam-nas sempre com algum objeto, como a lira ou o pergaminho, e essa prática pode ter contribuído para a distribuição das musas entre as diferentes artes e ciências.

As associações entre as musas e suas áreas de proteção, no entanto, são tardias e apresentam muitas divergências. De maneira geral, Clio se liga à história; Euterpe, à música; Talia, à comédia; Melpômene, à tragédia; Terpsícore, à dança; Urânia, à astronomia; Érato, à poesia lírica; Polímnia, à retórica; e Calíope, à poesia épica. Mesmo na mitologia greco-romana existem outros grupos de musas, de cunho mais regional, como o das musas Méleta, da meditação; Mnema, da memória; e Aede, protetora do canto e da música.


Musas
Calíope ~ Eloqüência
Significado do nome: "Formoso rosto"
A mais velha e mais distinta das nove Musas. Ela é a Musa da eloqüência e da poesia épica ou heróica.

Calíope ("linda voz") é a mãe de Orfeu e Linus com Apolo. Ela foi árbitro da disputa de Adônis entre Perséfone e Afrodite.

Seus símbolos são um pergaminho, tábua de escrever e estilete.

Clio ~ História Outros nomes Kleio
Significado do nome "Proclamadora" Clio A Musa da História. Com Pierus, rei da Macedônia, ela é a mãe de Jacinto. A ela é atribuída a introdução do alfabeto fenício na Grécia. Seus símbolos usuais são um rolo de pergaminho ou um conjunto de tábuas para a escrita.

Erato ~ Poesia amorosa
Significado do nome: "Adorável"

A Musa da poesia lírica (elegia), particularmente a poesia amorosa ou erótica, e da mímica. Ela é representada usualmente com uma lira.

Euterpe ~ Música
Significado do nome : "Delícia"

Euterpe, pela cultura grega, é uma das nove Musas de Apolo. Seu nome significa "plena alegria" ou "delícia". Nascida de Zeus e de Mnemosyne, a deusa da memória, juntamente com as outras oito irmãs, Euterpe é a Musa da música e da poesia lírica. Ela também é a Musa da alegria e do prazer e do tocar de flauta, e a ela atribui-se a invenção da flauta dupla, que é o seu símbolo.

Originalmente as Musas eram as divindades da primavera, depois foram chamadas de deusas das várias inspirações humanas. As nove Musas cantavam e dançavam, lideradas por Apolo, nas celebrações de deuses e heróis. As Musas induziam a memória dos humanos e inspiravam escritores e artistas.

Melpômene ~ Tragédia
Significado do nome: "Coro"

A Musa da tragédia. Ela é usualmente representada com uma máscara trágica e usando os coturnos (botas tradicionalmente gastas e usadas pelos atores). Algumas vezes ela segura uma faca ou bastão em uma mão, e a máscara na outra.

Polínia ~ Poesia lírica
Significado do nome: "Muitas canções"

Polínia é a Musa grega do hino sagrado, da eloqüência e da dança.
Ela é representada usualmente numa posição pensativa ou meditativa. Ela é uma mulher de olhar sério, vestindo num longo manto e descansando um ombro num pilar. Algumas vezes tem um dedo na boca

Terpsícore ~ Dança
Significado do nome: "Delícia de dançar"

A Musa Terpsícore. Seu símbolo é a lira. De acordo com algumas tradições, ela é a mãe da sereias com o deus ribeirinho Aquelau.

Talia ~ Comédia
Significado do nome: "Festividade"

Talia é uma das Musas gregas, e ela preside a comédia e a poesia leve. Seus símbolos são a máscara cômica e um cajado de pastor. Talia também é o nome de uma das Graças (Cáritas).

Urânia ~ Astronomia
Significado do nome: "Rainha das montanhas"

A Musa grega da astronomia e da astrologia. Ela é representada com um globo na mão esquerda e um prendedor na direita. Urânia veste-se com um manto bordado com estrelas e ela mantém seus olhos fixos no céu.





Musas
CALÍOPE


Calíope, a da Bela Voz, em grego ?a???ope, foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Foi a musa da epopéia, da poesia épica e da eloquência e a mais velha e sábia das musas. É representada sob a figura de uma donzela de ar majestoso, coroada de louros e armada de grinaldas, sentada em atitude de meditação, com a cabeça apoiada numa das mãos e um livro na outra, tendo, junto de si, mais três livros: a Ilíada, a Odisseia e a Eneida.

Mãe de Linos, com Apolo e de Orfeu, das sereias e dos coribantes.





CLIO


Clio, foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da história, aquela que divulgava e celebrava realizações.





ERATO


Erato, a Amável, foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da poesia lírica, representada com uma lira, e dos hinos.

Teve com Arcas o filho Azan. É representada com uma lira e por vezes com uma coroa de rosas.




EUTERPE


Euterpe, a Doadora de Prazeres do grego eu (bom, bem) e t??p-e? ('dar' prazer), foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da Música.

No final do períoda clássico foi nomeada a musa da poesia lírica e usava uma flauta. Alguns consideram que tenha inventado a aulos ou flauta-dupla, mas a maioria dos mitólogos dão crédito a Marsyas.




MELPÔMENE


Melpomene ("côro") foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da tragédia. apesa de seu canto alegre. É representada com uma máscara trágica e usando botas de couro (coturnos), tradicionalmente usadas por atores trágicos.

Costuma usar uma faca ou bastão em uma mão e uma máscara na outra. Na cabeça e apresentada com uma coroa de cipreste.





POLÍMNIA


Polímnia ("a dos Muitos Hinos") foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da poesia sagrada e tinha um ar pensativo. Também era considerada a amusa da geometria, meditação e agricultura. Represenatda usando uma túnica e um véu.





TÁLIA


Tália , foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da comédia. Era representada com uma máscara cômica e por vezes com uma coroa de hera.



Terpsícore


Terpsícore ("a Rodopiante" ou "dança delicada" ) foi uma das nove musas da mitologia grega. Filha de Zeus e Mnemósine.

Era a musa da Música e da Dança. Representada sentada com uma lira. Mãe das Sereias com o rio Achelous.


Musas da Mitologia Grega

As musas eram nove deusas das artes e ciências na mitologia grega. Eram filhas de Zeus, o rei dos deuses, e de Mnemosine, a deusa da memória. Cada musa protegia uma certa arte ou ciência. Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele permaneciam jovens e belas eternamente, e com ele aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda tristeza e dor. As musas tinham vozes agradáveis e melódicas e freqüentemente cantavam em coro. Os primeiros escritores e artistas gregos pediam inspiração às musas antes de começar a trabalhar. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. Musa é uma palavra que vem do grego "mousa"; dela derivam museu que, originalmente significa "templo das musas", e música que significa "arte das musas".

Calíope: considerada a chefe das musas, é a deusa da poesia épica. Algumas vezes é retratada carregando uma tábua de escrever. Calíope sabia tocar qualquer instrumento.
Clio: deusa da história, seu símbolo é um rolo de pergaminho e sempre carrega uma cesta com livros. É creditada a ela a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
Erato: deusa da poesia de amor; seu símbolo é a lira.




Calíope

Clio

Erato










Euterpe: deusa da música e da poesia lírica, seu símbolo é a flauta. Dizem que foi ela que inventou a flauta e outros instrumentos de sopro.
Melpômene: deusa da tragédia; seu símbolo, uma máscara trágica e usa botas como os antigos atores de dramas.
Polímnia: deusa da poesia sacra e dos hinos; seu símbolo é um véu e é sempre retratada com um semblante sério e pensativo.











Terpsícore: deusa da dança, seu símbolo é uma lira ou címbalos. Inventou a dança, usa uma coroa de louros e está sempre carregando um instrumento musical em suas mãos.
Thalia: deusa da comédia, seu símbolo é uma máscara cômica.
Urania: deusa da astronomia, seu símbolo, um globo e um par de compassos.




Terpsícore

Thalia

Urania









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[editar] História
As musas eram filhas de Mnemósine com Zeus. Ao todo eram nove, e adoravam uma suruba. Andavam sempre atrás de Apolo e qualquer macho que aparecesse lá no cabaré do Olimpio.

Elas adoram ficar por ai, cantando, dançando, fudendo... Em fim! São verdadeiras desocupadas. A maioria ficou muito rica com os cachês recebidos, e outras até mesmo já fizeram filmes pornôs! Quando elas ainda eram jovens, Mnemósine ficou desempregada, e acabou sobrevivendo através de uma pensão paga por Zeus. Acontece que quando as meninas completaram os dezoito anos, Zeus disse que não as daria mais um centavo. Por isto, elas tiveram de ir trabalhar como podiam! E acabaram entrando para o cabaré do Olimpio!

A função delas era inspirar os outros. Hoje em dia se você quiser se inspirar basta ler a Playboy.

[editar] Quem elas são

Foto mais atual das nove musasNa antiguidade, foram atribuídas funções diferentes para cada musa. Coisa bobas como musa da musica, da poesia, da comedia... Em fim. Mas hoje em dia, elas receberam tarefas bem mais interessantes!

Britney Spears (antiga músa da musica chamada de Euterp) Hoje em dia ela é a musa do playback!
Dercy Gonçalves (antiga musa da historia chamada Clio) – Hoje em dia ela ainda é a musa da historia, mas não a geral, e sim a da putaria.
Maite Peroni (antiga musa da Poesia Lírica chamada Erato) – Hoje em dia é a musa do chupão (às vezes atende pelo pseudônimo Chupita)
Anahí (antiga musa da Poesia Épica chamada Calíope) – Hoje em dia é a musa das loiras anorexicas.
Dulce Maria (antiga musa da música cerimonial chamada Polímnia) – Hoje em dia é a musa das garotinhas rebeldes.
Paris Hilton (antiga musa da tragédia chamada Melpômene) – Hoje em dia é a musa das clinicas de recuperação.
Carla Perez (antiga musa da Comedia chamada Tália) – Hoje em dia ela é a musa da burrice mesmo.
Gretchen (antiga musa da Dança chamada Terpsícore) –Hoje em dia é a musa do rebolado e das plásticas.
Xuxa (antiga musa da Astronomia chamada Urânia) – Hoje em dia é a musa dos baixinhos e se acha uma estrela!


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