segunda-feira, 23 de novembro de 2009
BELEROFONTE
Belerofonte
Belorofonte sobre Pégaso matando a Quimera, em um epinetrão de pintura vermelha ático — 425-420 a.C.Na mitologia grega, Belorofonte (em grego βελλεροφῶν ou βελλεροφόντης) foi um herói, venerado na Lídia e em Corinto, filho de Posídon, adoptado por Glauco, filho de Sísifo, da casa governante de Corinto, dono do cavalo alado Pégaso, que encontrou junto à fonte de Pirene, a qual teria nascido de um coice seu e da qual se dizia que, quem dela bebesse, tornar-se-ia poeta, como é referido nos Lusíadas, de Camões.
A Ilíada refere-se aos laços de hospitalidade que teria tido com Eneu, rei de Cálidon. A sua mãe, filha de Niso, rei de Mégara, é por vezes chamada de Eurimedeia ou Burínome. Era irmão de Belero (também chamado de Alcímenes, Piren ou Delíades), tirano da sua cidade natal, que matou involuntariamente – o seu nome, Belorofonte, pode ser interpretado, aliás, como "aquele que matou Belero".
Considerado impuro devido a esta morte, teve de abandonar a cidade e procurar refúgio na corte do rei Preto, que o acolheu e o "purificou". A mulher do rei, Estenebeia ou Anteia, como a designa Homero, tentou seduzi-lo, mas, sendo repudiada, queixou-se a Preto que, agravado pela suposta afronta, o enviou para a corte de Ióbates, rei da Lícia, seu sogro, com o pedido de que o matasse.
Ióbates, contudo, só leu o pedido do genro depois de o ter recebido como hóspede e ter partilhado com ele uma refeição – logo, segundo a lei sagrada da hospitalidade, não o poderia matar. Movido, contudo, pelo desejo de Preto, Ióbates encarrega-o de uma empresa da qual Belerofonte muito dificilmente sairia vivo: matar o monstro Quimera, que devastava a região, atacando rebanhos. Belorofonte, contudo, com o seu cavalo, voou sobre o monstro e matou Quimera facilmente, com um só golpe.
Ióbates encarregou-o, então, de várias empresas arriscadas, tentando em vão que este fosse morto: envia-o em luta contra o povo guerreiro dos Sólimos, que derrota; depois, contra as amazonas, que também chacina em grande número. Desesperado, Ióbates organiza uma emboscada com alguns dos mais corajosos dos lídios, que perecem, contudo, perante a bravura de Belerofonte. Preto fica convencido, então, de que Belerofonte só pode ter origem divina e, justificando-se com a carta do seu genro, dá-lhe a mão da sua filha, Filonoé ou Anticleia, de quem teria os filhos Isendro e Hipóloco, bem como Laodamia, mãe de Sarpédon.
Orgulhoso dos seus feitos, decidiu voar até o Olimpo montando Pégaso, mas Zeus, ofendido, enviou uma vespa para picar Pégaso e ele caiu no chão, que por mando de Atena tornou-se macio, portanto Belorofonte não morreu com a queda, mas sim como um mendigo aleijado procurando Pégaso.
MITOS DA GRECIA E ROMA
MITOLOGIA E FOLCLORE
Hipono, homem de grande beleza e rara coragem, era filho de Posídon e da rainha Efira (futura Corinto), esposa do rei Glauco (que, por sua vez, era filho de Sísifo).
Um dia, quando Hiponoo passeava junto à fonte Pirene, surpreendeu o cavalo alado Pégaso a matar a sede. Então, graças a um freio mágico que lhe tinha sido oferecido por Atena, prendeu-o.
Entretanto, o trono de Corinto tinha sido usurpado por um certo Belero, que o príncipe irá matar, passando a usar a partir desse momento o nome de Belerofonte (assassino de Belero). Segundo a lei, Belerofonte teria de sofrer um exílio durante um certo tempo, a fim de expiar este crime.
Segue-se então para a corte de Tiríntio, onde reinava o rei Preto. Acontece que a rainha Estenebeia (ou Anteia, segundo Homero), esposa de Preto, se apaixonou por Belerofonte. Mas este repeliu-a. No entanto ela, temendo ser descoberta, denunciou-o ao seu marido, dizendo que o príncipe tinha tentado seduzi-ia.
O rei acreditou nas suas palavras, mas não querendo violar as leis da hospitalidade (que Belerofonte tinha violado, segundo sua mulher), enviou o jovem, com uma mensagem, ao seu sogro, o rei da Lícia, para que este se encarregasse da punição do seu hóspede.
Iobates, rei da Lícia, em vez de matar o jovem, como Preto lhe pedira, preferiu sujeitá-lo a uma prova, na qual ele obrigatoriamente encontraria a morte, Essa prova consistia em libertar o país de Quimera, uma criatura fabulosa, nascida da relação entre o monstruoso gigante Tífon e a ninfa com corpo de víbora Equicina.
Quimera apresentava-se com a forma compósita de um leão, uma cabra e um dragão (Homero), cuspia fogo e devorava os rebanhos. Belerofonte lembrou-se então de utilizar os serviços de Pégaso, Montou no cavalo alado e percorreu o céu, repelindo o monstro e abatendo-se sobre ele em voo picado. Quimera tentou resistir, cuspindo as suas chamas, mas Belerofonte selou-lhe a boca com uma bola de chumbo, asfixiando-o.
O herói triunfou, ainda, noutras provas imaginadas pelo rei da Lícia: venceu o povo selvagem dos Sólimos, massacrou as Amazonas e fez abortar uma emboscada urdida pelos melhores guerreiros do país, que ele matou um a um. Reconhecendo o valor excepcional de Belerofonte, Iobates, rei da Lícia, ofereceu-lhe uma das suas filhas em casamento e simultaneamente metade do seu reino.
Como Belerofonte regressou a Tiríntio, a tradição conta que a rainha que o tinha caluniado e que era irmã da sua mulher, se suicidou - ou que esta, tendo querido fugir, utilizou o cavalo Pégaso, que a sacudiu da sela, sobre o mar, provocando a sua queda no meio das ondas.
Belerofonte teve dois filhos, lsandro e Hipóloco, e uma filha, Laodamia. Esta, seduzida por Zeus, teria dado à luz o herói Sarpédon (que comandou um contingente de Lícios, ao lado dos Troianos, tendo perecido sobre as muralhas de Tróia, como o seu primo Glauco li, filho de Hipóloco).
Belerofonte não conseguiu, no entanto, escapar à tentação da vaidade. E assim, um certo dia, montado no cavalo Pégaso, quis atingir o Olimpo, a fim de se tornar imortal. Mas Zeus derrubou-o da cela, fazendo-o cair sobre a terra, onde permanecerá errante e paralítico "consumindo o seu coração, diz Homero, e evitando os caminhos dos hornens". laodarnia também pereceu às mãos de Ártemis e lsandro às mãos de Ares.
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