domingo, 6 de dezembro de 2009
ASPÁCIA DE MILETO = Aspásia, a cortesã
Aspásia de Mileto (440 a.C.)
Amante de Péricles, com quem teve um filho. Pelas leis atenienses, Péricles não podia casar novamente após a separação de sua primeira esposa, com quem conviveu por dez anos.
Muito influente no círculo filosófico e político de Atenas, promovia reuniões literárias em sua casa e participava do debate político da época. Após a morte de Péricles, Lísicles o sucedeu à testa do partido democrático, e também no leito de Aspásia.
Mulheres na filosofia
As Mulheres na filosofia deram constribuições notáveis. A história da filosofia demonstra a presença de várias mulheres filósofas. Seus trabalhos não foram reconhecidos e difundidos por questões culturais, mas a filosofia desde as suas origens pertenceu ao gênero humano independente de gênero.
] Antiguidade(Séc. VII - IV)
Safo de Lesbos(VII-VI a. C)
Poetisa e educadora nascida em Mitilene, na ilha de Lesbos. Rivalizou com o poeta Alceo e, junto com ele, representa a criação da poesia lírica grega, em contraposição à poesia épica (Homero). Da sua obra conservaram-se dez livros.
Aristocleia (Século V a. C.)
Aristocléa (também Aristocleia; grego: Ἀριστόκλεια), (do século V a.C.) foi uma sacerdotisa grega em Delfos na Grécia Antiga. Ela foi citada por muitos antigos escritores como uma tutora do filósofo e matemático Pitágoras (Entre 580 a.C. - 500 a.C.)
Theano (546 a. C. -)
Nascida em 546 a.C., viveu na última parte do século VI a.C. foi uma matemática grega. É também conhecida como filósofa e física. Theano foi aluna de Pitágoras e supõe-se que tenha sido sua mulher. Acredita-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido.
Aspásia de Mileto (470-410 a. C.)
Nascida em Mileto, pertenceu ao círculo da elite de Atenas onde conhece Péricles e com ele tem um filho. Como sofista da época, Aspásia também nada escreveu, e os relatos de sua habilidade como argumentadora e educadora, bem como sua influência política sobre Péricles encontram-se na obra de Platão.
Diotima de Mantinéia (427- 347 a C)
Personagem criada por Platão é apresentada como sábia no diálogo o Banquete. Não se sabe ao certo se existiu, mas acredita-se que sim. A ela atribui-se toda a teoria socrático-platônica do amor.
Asioteia de Filos (393 – 270 a C)
Ensinava física na Academia de Platão ao lado de outras mulheres que frequentavam a escola.
Hipárquia de Maroneia
Aristocrata, é elogiada por Diógenes Laertios pela cultura e raciocínio, comparando-a com Platão. Escreveu: “Cartas e Tragédias”.
Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C)
Viveu em Alexandria, seguidora do culto de Isis é considerada como a fundadora da alquimia. Entre os escritos está o livro de Magia Prática. Atribui-se a ela a descoberta do ácido clorídrico e é em homenagem às suas descobertas com o ponto de ebulição da água o nome de banho-maria.
Hipácia de Alexandria (415 d C)
Cultivou superiormente as matemáticas e a filosofia. Manteve viva a chama do pensamento helênico de raiz ateniense numa Alexandria dilacerada pelas lutas religiosas. Foi brutalmente assassinada por uma multidão de fanáticos cristãos.
Idade Média(Séc. V - XIV)
Hildegarda de Bigen (1098-1179)
Conhecida como terapeuta e visionária. Vasta obra de ciência natural sobre biologia e botânica, astronomia e medicina. Fundou um monastério em 1165, seus escritos místicos e teológicos filosóficos são de inspiração platônica.
Heloísa de Paráclito (1101-1164)
Francesa, foi abadessa do convento de Paráclito, uma comunidade monástica fundada pelo filósofo Pedro Abelardo, seu professor e amante. A longa correspondência dos dois documenta a paixão e o debate que nutriam ao longo da vida (Correspondências ou Epístolas). Também escreveu um texto chamado “Problemata”.
[editar] Catalina de Siena (1347-1380)
Liderou uma comunidade heterodoxa de homens e mulheres, sendo considerada a última reformadora religiosa do período medieval. Escreveu “Diálogo da Doutrina Divina”.
Cristina de Pizan (1365-1431)
Considerada a primeira autora profissional. Sua obra mais famosa foi escrita em 1405, “A Cidade das Mulheres”. Questiona a autoridade masculina dos grandes pensadores e poetas que contribuíram para a tradição misógina e decide fazer frente às acusações e insultos contra as mulheres.
Idade Moderna(Séc. XV - XVIII)
[editar] Teresa de Jesus (de Ávila) (1515-1582)
A partir de 1562 começa a fundar monastérios das carmelitas descalças na Espanha, uma variante feminina da ordem da qual pertencia. Obras: “Caminho da Perfeição”, a autobiografia “Livro de sua Vida”, “Castelo Interior” ou “As Moradas”.
Louise Labé (1524-1566)
Francesa erudita, literata e música. Obras: “Sonetos”, “Debate entre a Loucura e o Amor”. Na dedicatória deste livro escreve uma espécie de manifesto das reivindicações femininas: o direito das mulheres à ciência e outros conhecimentos.
[editar] Mary Astell (1666-1731)
Uma pensadora que unificou suas convicções filosóficas e religiosas em uma visão feminista. Inovou o campo moral e pedagógico de sua época. Obras: “A Serious Proposal to the Ladies for the Advancement of their true and greater Interests” e “By a lover of her Sex”.
Mary Wollstonecraft (1739- 1797)
Escreveu seu primeiro livro em 1787, “Pensamentos sobre a Educação das Filhas”, onde se percebe a influência de Locke e Rousseau. Em 1790 escreve a “Reivindicação dos Direitos dos Homens” e, em 1792, sua obra mais importante, um tratado político-filosófico intitulado “A Reivindicação dos Direitos das Mulheres”.
Olímpia de Gouges (1748-1793)
São mais de quatro mil páginas de escritos revolucionários, peças de teatro, panfletos, novelas, sátiras, utopias e filosofia. Foi presa por questionar a escravidão dos negros; tomou posições em favor dos direitos da mulher (divórcio, maternidade, educação e liberdade religiosa) e defendeu oprimidos e humilhados com tal dedicação será condenada à guilhotina, em 1793.
De suas obras destacam-se: “Memórias de Mme. De Valmont”, “Carta ao Povo”, “Os Direitos da Mulher e Cidadã”.
[editar] Idade Contemporânea (Séc. IX - XX)
[editar] Rosa de Luxemburgo (1871-1919)
Publicava, em Paris, o Jornal A Causa Operária, em 1906. Participou sempre à esquerda das atividades do Partido Social Democrata Polonês e do III Congresso da Internacional Socialista. Foi presa diversas vezes. Em 1919 é assassinada pela polícia em uma prisão alemã. Obras: “Acumulação do Capital”, “Contribuição para a explicação do Imperialismo”, “Militarismo, guerra e classe operária”, “A revolução Russa.”
Lou Andreas-Salomé (1861-1937)
Em 1919 escreve seu primeiro ensaio de argumento psicológico, “O Erotismo”. Passou então a freqüentar o debate psicanalítico e encontrou os argumento que necessitava para articular seus maiores interesses: a arte, a religião e a experiência amorosa como pode se verificar em sua obra: “Reflexões sobre o problema do amor”, “Religião e Cultura”, “Jesus, o judeu”, “Meu agradecimento a Freud”.
Edith Stein (1891-1942)
Lecionava na Universidade de Gottinger. E 1915 presta serviço a Cruz Vermelha.Em 1925 dedica-se a uma intensa atividade, traduzindo obras de São Tomás de Aquino e Newman e publicando “Sobre o Estado e a Fenomenologia de Husserl”. Interessou-se pela questão feminina no campo filosófico e religioso, publicando “Ethos” das profissões das mulheres.
Morreu em 1942 em Auschwitz numa câmara de gás.
Maria Zambrano (1904-1991)
Em 1936 faz parte de um grupo de intelectuais que com missões pedagógicas, iniciam uma experiência de educação popular. A relação entre poesia e filosofia, o mito e a razão, a paixão e o intelecto, a obra e a ação, o papel dos intelectuais e o sentido da história parecem ser as principais preocupações de Maria Zambrano.
Hannah Arendt (1906-1975)
A partir de “As origens do Totalitarismo”, inicia uma reflexão dos acontecimentos de sua época; pensa de um modo novo a política e critica a tradição filosófica de seu tempo e seus contemporâneos.
Obras: “A condição Humana”, “Entre o passado e o futuro”, “Crises da República”, “Eichmann em Jerusalém”, “A banalidade do mal”, “A vida do Espírito. O pensar, o querer e o julga
Simone de Beauvoir (1908-1986)
Representante do Existencialismo. Colaboradora da Revista Tempos Modernos. Nas décadas de 50 e 60 viajou pelo mundo debatendo sua produção filosófica, com grupos políticos e feministas. O “Segundo Sexo”, obra sobre a condição feminina, transformou-se em ícone do movimento feminista. Escreveu também: “Por uma moral da ambiguidade”, “A força das coisas” e “Balanço final”, entre outros.
Foi professora mas, seguindo seu impulso político, decidiu fazer parte da classe operária. Seus textos refletem suas experiências e suas intuições, bem como seu percurso pelo marxismo até a religião. Obras: “Reflexões sobre as Causas da liberdade e da opressão social”, “Reflexões sobre a Origem do Hitlerismo”, etc.
Simone Weil (1909-1943)
Ativista radical dos anos 70 no movimento político Black Power- as panteras negras. Debate os conceitos de liberdade e liberação, bem como a reflexão sobre o sexismo e racismo, ao lado da classe e o poder. Seus escritos trazem um pensamento transformador para a reflexão filosófica no século XX.[1]
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Busca HomeAislin GaneshaMensagem do diaHoroscopoAspásia de Mileto, admirada por Sócrates
Postado por Aislin Ganesha7/03/2009
Nascida na colônia de Mileto, Aspásia imigrou para Atenas em 450 AC e ali viveu como estrangeira residente. Educada e hábil na arte de conversar e entreter conheceu Péricles, o mais poderoso e prestigiado governante de Atenas, mas não se casou com ele. Ironicamente, uma lei de sua autoria proibia relacionamentos com estrangeiros. Passou a viver como concubina (pallakê), até que Péricles se divorciou da primeira mulher. O casal teve um filho.
O relacionamento entre os dois foi alvo de retaliação pela notória influência de Aspásia sobre a forma de Péricles governar. Embora tenha exercido a função de estratego durante 30 anos (460 a 430 AC), foi nesse período que Atenas atingiu o apogeu de sua vida política e cultural. Assim, o século V passou para a história como o ‘Século de Péricles’.
O status de estrangeira permitiu que Aspasia não ficasse confinada ao lar, podendo freqüentar qualquer ambiente.
Mulher legítima e legitimada e - ao mesmo tempo - amante, recebia em seu salão literário amigos e admiradores que eram tratados com polidez e delicadeza. Ali Aspásia pensava se mostrava, se exprimia.
Intelectual quando a norma exigia que a glória de uma mulher fosse a invisibilidade e o silêncio, companheira admirada e respeitada pelo marido.
O grande filósofo Sócrates a admirava pela ‘rara sabedoria política’, e ‘pelo grande número de atenienses que com ela vinham aprender a arte da retórica’
Aspásia, a cortesã -------------------------------------------------------------------------------- (~ 470 - 410 a. C.) -------------------------------------------------------------------------------- Cortesã e sofista grega nascida em Mileto, Ásia Menor, na hoje Turquia, amante de Péricles (495-429 a. C.), tradicionalmente tida como muito bonita, inteligente, bem falante e, sobretudo, historicamente lembrada por ter tido importante influência sobre os destinos políticos do governo. Mudou-se para Atenas (450 a. C.) e ali viveu como estrangeira residente. Educada e hábil na arte de conversar e entreter, conheceu o estratego ateniense Péricles, o mais poderoso e prestigiado governante da história de Atenas, mas não se casou com ele, pois uma lei, o metecos, proibia relacionamentos de atenienses com estrangeiros. Passou a viver como concubina ou pallakê, até que o ateniense se divorciou da primeira mulher, cuja identidade é desconhecida, para ficar com ela, que era cerca de 25 anos mais jovem. Por outro lado o status de estrangeira permitiu que ela não ficasse confinada ao lar, podendo freqüentar qualquer ambiente, e sob sua influência, fez de sua casa um lugar de encontros de intelectuais e pessoas distintas em Atenas, entre eles Sócrates, que a admirava pela sua rara sabedoria política. Como primeira dama ateniense também foi odiada, especialmente por puro preconceito machista, e o relacionamento entre os dois foi alvo de retaliação por sua notória influência sobre a forma de Péricles governar. Pela crença de sua grande influência em cima do marido, foi acusada de responsável pela Revolta de Samos (440 a. C.) contra Atenas e a Guerra do Peloponeso (431-404 a. C.), o que sinaliza sua então forte influência política. Também foi satirizada amplamente e acusada de impiedosa pelo poeta cômico Hermipo, mas sempre foi defendida e teve o apoio do governo. Após a morte de seus dois enteados, seu filho com Péricles, também chamado Péricles, obteve cidadania ateniense. Viúva (429 a. C.), logo depois da morte de Péricles, casou-se com o democrata Lisides e foi mãe de outro filho, quando já tinha mais de quarenta anos e provavelmente morreu em Atenas.
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