terça-feira, 24 de novembro de 2009
PROSÉRFONE
Na mitologia grega, Perséfone ou Coré corresponde à deusa romana Proserpina ou Cora. Era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a levando-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes, foram buscá-la ao mundo dos mortos (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Coré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.
Perséfone é normalmente descrita como uma mulher de cabelos claros, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Foi por causa deste último que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também outro motivo era porque Afrodite tinha inveja da beleza de Perséfone. Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos.
Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.
Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente.
Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã, filha de sua mãe, uma deusa chamada Despina, que foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque Demeter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha rejeitada destruia tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que resultaria no inverno.
Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha com Zeus: Sabázio e Melinoe era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai. Com Heracles, teve Zagreus.
A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.
Prosérpina em latim) - Filha de Zeus e Deméter , seu nome significa “portadora da destruição”. Juntamente com sua mãe forma um dos mitos de maior penetração na Grécia Antiga e que deu origem à instituição dos Mistérios de Elêusis, prática que foi instaurada no século XV a.C. e perdurou por aproximadamente 2.000 anos.
Hades, tendo se apaixonado loucamente por Coré, pediu permissão à sua mãe, Deméter, para desposá-la. Sem querer perder a companhia da filha que muito amava e a auxiliava no cultivo dos campos, recusou-lhe o pedido. Certa feita, Coré andava pelas pradarias de Ena, na Sicília a colher flores, quando se deparou com um lindo narciso, solitária flor à beira do lago.
Ignorando tratar-se de um ardiloso truque elaborado por Zeus para atraí-la para os braços de seu irmão, a inocente jovem se aproximou inclinando-se para apanhar flor tão singela. Subitamente a terra abriu-se a seus pés e de suas entranhas surgiu Hades dentro de um carro. Sem tempo para a fuga, Coré foi arrebatada para as profundezas dos Infernos. Com seu rapto e subseqüente violação, Coré, que significa “virgem”, passou a se chamar Perséfone.
Desesperada, Deméter partiu à procura de sua querida filha e, retirando-se do Olimpo, estabeleceu-se na cidade de Elêusis. Amaldiçoou a terra que imediatamente foi assolada por impiedosa esterilidade. A deusa jurou somente retornar para junto dos imortais quando reencontrasse Perséfone. A pedido de Zeus, Hades concordou em devolver sua sobrinha, agora também sua esposa.
O Retorno de PerséfoneAntes porém, o senhor dos mortos a fez comer um bago de romã, pois quem nos Infernos se alimentasse, para lá sempre haveria de retornar. Plutão e Perséfone ficaram assim irremediavelmente unidos porque durante quatro meses do ano devia a deusa passar em companhia do marido nas profundezas subterrâneas. É durante esse período, o outono, que a terra passa por um momento de dormência,
Simbolizando a tristeza e a saudade da grande deusa Mãe que se vê forçada a se separar da filha. Nos demais meses do ano, Deméter e Perséfone estão juntas, vivendo lá no alto do Olimpo. Por esse motivo, Perséfone figura na mitologia tanto quanto divindade agrícola quanto como deusa e rainha das trevas, guardiã dos segredos e mistérios do mundo infernal.
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