sábado, 5 de dezembro de 2009

Império Aquemênida = Alexandre o grande









Alexandre, o Grande


Alexandre III, o Grande
Rei da Macedônia, Hegemônico da Liga Helênica, Xá da Pérsia, Faraó do Egito

Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso (333 a.C.). Mosaico encontrado em Pompeia, na Itália, hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles.
Reinado 336 a.C. - 323 a.C.
Nome completo Nome legal completo não-titular
Nascimento 20 de Julho de 356 a.C.
Péla, Macedônia
Morte 10 de Junho de 323 a.C.
Babilônia
Antecessor Filipe II
Sucessor Alexandre IV
Consorte Roxana de Báctria
Filhos Alexandre IV
Pai Filipe II
Mãe Olímpia do Épiro
Alexandre III da Macedônia[1][2][3], dito o Grande ou Magno (em grego, Αλέξανδρος o Τρίτος o Μακεδών – Aléxandros ho Trítos ho Makedón, Αλέξανδρος ο Μέγας – Aléxandros ho Mégas ou Μέγας Αλέξανδρος – Mégas Aléxandros[4][5]) (20 de julho de 356 a.C. em Pella – 10 de junho de 323 a.C., em Babilônia)[6][7][8] foi um príncipe e soberano da Macedônia, e um dos três filhos de Filipe II e Olímpia do Épiro – uma fiel mística e ardente do deus grego Dionísio.

Alexandre foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em sua juventude, teve como preceptor o filósofo Aristóteles. Tornou-se o rei aos 20 anos, na sequência do assassinato do seu pai.




Vida
A sua carreira é sobejamente conhecida: conquistou um império que ia dos Balcãs à Índia, incluindo também o Egito e a Báctria (aproximadamente o atual Afeganistão). Este império era o maior e mais rico que já tinha existido. Existem várias razões para esses grandes êxitos militares, um deles é que Alexandre era um general de extraordinária habilidade e sagacidade, talvez o melhor de todos os tempos, pois ele nunca perdeu nenhuma batalha e a expansão territorial que ele proporcionou é uma das maiores da história, a maior expansão territorial em um período bem curto de tempo. Além disso era um homem de muita coragem pessoal e de reconhecida sorte.

Ele herdou um reino que fora organizado com punho de ferro pelo pai, que tivera de lutar contra uma nobreza turbulenta, as ligas lideradas por Atenas, e Tebas (a batalha de Queroneia representa o fim da democracia ateniense e por arrastamento das outras cidades gregas e de uma certa concepção de liberdade), revolucionando a arte da guerra.

A sua personalidade é considerada de formas diferentes segundo a percepção de quem o examina: por um lado, homem de visão, extremamente inteligente, tentando criar uma síntese entre o oriente e ocidente (encorajou o casamento entre oficiais seus e mulheres persas, além de utilizar persas ao seu serviço), respeitador dos derrotados (acolheu bem a família de Dario III e permitiu às cidades dominadas a manutenção de governantes, religião, língua e costumes) e admirador das ciências e das artes (fundou, entre algumas dezenas de cidades homónimas, Alexandria, que viria a se tornar o maior centro cultural, científico e econômico da Antigüidade por mais de 300 anos, até ser substituída por Roma); por outro lado, profundamente instável e sanguinário (as destruições das cidades de Tebas e Persepólis, o assassinato de Parménio, o seu melhor general, a sua ligação com um eunuco), limitando-se a usar o pessoal de valor que tinha à sua volta em proveito próprio.

De qualquer modo, fez o que pôde para expandir o helenismo: criou cidades com o seu nome com os seus veteranos feridos por todo o território e deu nome para cidade homenageando seu inseparável e famoso cavalo Bucéfalo. Abafou uma rebelião de cidades gregas sob o domínio macedónio e preparou-se para conquistar a Pérsia.

Em 334 a.C., empreendeu sua primeira campanha contra os persas na Batalha de Granico que deu-lhe o controle da Ásia Menor (atual Turquia). No ano seguinte, derrotou o rei Dario III da Pérsia na Batalha de Issus. Mais um ano depois, conquistou o Egipto e Tiro, em 331 a.C.. Completou a conquista da Pérsia na Batalha de Gaugamela, onde derrotou definitivamente Dario III, o que lhe conferiu o estatuto de Imperador Persa.


O império de Alexandre
A tendência de fusão da cultura dos macedônios com a grega provocou nestes temor quanto a um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu monarca. Todavia, nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao oriente. Durante cerca de dois anos Alexandre manteve-se ocupado em várias campanhas de curta duração para a consolidação do seu império. Mas, em 327 a.C., conduzindo as suas tropas por cima das montanhas Indocuche para o vale do rio Indo, para conquistar a Índia, país mítico para os gregos, foi forçado a regressar à Babilónia devido ao cansaço das suas tropas, e instalaria aí a capital do seu império. Deixou atrás de si novas colónias, como Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do rio Hidaspes.

Ele tinha a intenção de fazer ainda mais conquistas. Sabe-se que planejava invadir a Arábia e, provavelmente, as regiões ao norte do Império Persa. Poderia também ter planejado outra invasão da Índia ou a conquista de Roma, Cartago e do Mediterrâneo ocidental[carece de fontes?].

Infelizmente nenhuma das fontes contemporâneas sobreviveu (Calístenes e Ptolomeu), nem sequer das gerações posteriores: apenas possuímos textos do século I que usaram fontes que copiaram os textos originais, de modo que muitos dos pormenores da sua vida são bastante discutíveis.

Alexandre morreu depois de doze anos de constante campanha militar, sem completar os trinta e três anos, possivelmente como resultado de malária, envenenamento, febre tifóide, encefalite virótica ou em consequência de alcoolismo.[9][10]

O exército de Alexandre Magno

Um busto de Alexandre conhecido como Azara Herm. Cópia romana em mármore de um original de Lisipo, de 330 a.C. (museu do Louvre). Segundo Plutarco, as esculturas de Lisipo representavam fielmente o famoso conquistador macedônioO exército macedónio sob Filipe II e sob Alexandre Magno era composto por diversos corpos complementando-se entre si: cavalaria pesada; cavalaria ligeira; infantaria pesada e infantaria ligeira.

A cavalaria pesada era constituída pelos hetairoi ou companheiros, formados em esquadrões ilai de 256 ginetes com capacete beócio, couraça de bronze ou linotorax, equipados com xyston ou lança de 3,80 m e uma espada. Os militares formavam a unidade de elite de cavalaria aristocrática macedónia, sendo o principal elemento ofensivo. Em situação de combate, formavam à direita dos hypspistas; os nove esquadrões com o esquadrão real de 300 ginetes tomando o lugar de honra, sob o comando de Clito Melas, cujo dever era o de proteger o rei durante as batalhas; à sua esquerda, colocavam-se os outros chefes em 8 esquadrões de 256 homens, subdivididos em 4 unidades de 64 ginetes sob comando de Filotas.

À frente de todos estes, posicionavam-se os arqueiros e protegendo o flanco direito, os prodromoi e restante cavalaria ligeira.

[editar] Alexandre e o Egito
A cultura do Antigo Egito impressionou Alexandre desde os primeiros dias de sua estadia naquele país. Os grandes vestígios que ele via por toda parte lhe cativaram até o ponto que ele quis "faraonizar-se" como aqueles reis quase míticos. A História da Arte nos tem deixado testemunhos destes feitos e apetências. Em Karnak existe um relevo onde se vê Alexandre fazendo as oferendas ao deus Amon. Veste a indumentária faraônica:

Klaft faraónico (manto que cobre a cabeça e vai por trás das orelhas, clássico do antigo Egito), mais a "Coroa Dupla", vermelha e branca, que se sustenta em equilíbrio instável.
Cauda litúrgica de chacal, que com o tempo se transformou em "cauda de vaca".
Oferenda em quatro vasos como símbolo para indicar "quantidade", "repeticão", "abundância" e "multiplicação".
Nos hieróglifos do muro se distinguem, além dos títulos de Alexandre – faraó que se representam dentro de um serej e um cartucho egípcio.









Relações pessoais

Alexandre lutando contra um leão com seu amigo Craterus (detalhe).

Mosaico do século III a.C., Museu de PellaVer artigo principal: Relações pessoais de Alexandre, o Grande
O grande amigo e companheiro de toda a vida de Alexandre foi Heféstion, filho de um nobre da Macedónia. Heféstion, para além de amigo pessoal de Alexandre, foi o vice-comandante do seu exército, até à sua morte. Alexandre casou com pelo menos duas mulheres, Roxana, filha de um nobre pouco importante, e a princesa persa Statira II, filha de Dario III da Pérsia. O filho que teve de Roxana, Alexandre IV da Macedónia, morreu antes de chegar à idade adulta.

Especulações
Por ter morrido ainda jovem e sem derrotas, muito se especula sobre o que teria acontecido se tivesse vivido mais tempo. Se houvesse liderado suas forças numa invasão das terras a oeste do Mediterrâneo, provavelmente teria alcançado sucesso, e, nesse caso, toda a história da Europa ocidental poderia ser completamente diferente.



O legado de Alexandre
Com a sua morte, os seus generais repartiram o seu império e a sua família acabou por ser exterminada. Os Epígonos iriam gastar gerações seguidas em conflitos. Apenas Seleuco esteve prestes a reunificar o império (faltando o Egipto) por um curto espaço de tempo. Os seus sucessores fizeram o que puderam para manter o helenismo vivo: gregos e macedónios foram encorajados a emigrar para as novas cidades. Alexandria no Egipto teve um destino brilhante devido aos cuidados dos ptolomaicos (o Egipto, apesar da sua monumentalidade, nunca possuíra grandes metrópoles): tornou-se um porto internacional, um centro financeiro e um foco de cultura graças à biblioteca; mas outras cidades como Antióquia, Selêucida do Tigre e Éfeso também brilharam. Reinos no oriente, como os greco-bactrianos (Afeganistão) e greco-indianos, expandiram o helenismo geograficamente mais do que Alexandre o fizera. Quando os partos (um povo indo-europeu aparentado com os citas) ocuparam a Pérsia, esses reinos subsistiram até ao século I a.C., com as ligações cortadas ao ocidente.


O mundo à morte de Alexandre, mostrando seu império em seu maior contexto geopolíticoAlexandre tem persistido na história e mitos tanto da cultura grega como das não-gregas. Depois de sua morte (e inclusive durante sua vida) suas conquistas inspiraram uma tradição literária na que aparece como um herói legendário, na tradição de Aquiles. Também é mencionado no livro zoroástrico de Arda Viraf como "Alexandre, o Maldito", em persa Guzastag,[11] pela conquista do Império Persa e a destruição de sua capital, Persépolis. É conhecido também como Eskandar-e Maqduni ("Alexandre da Macedônia") em persa, Dhul-Qarnayn , "o (homem) dos dois chifres", nas tradições do Oriente Médio, الإسكندر الأكبر, Al-Iskandar al-Akbar em árabe, سکندر اعظم, Sikandar-e-azam em Urdu, Skandar em pashto, אלכסנדר מוקדון, Alexander Mokdon em hebraico, e Tre-Qarnayia em aramaico (novamente, "o dos dois chifres"), aparentemente a causa de uma imagem empregada nas moedas cunhadas durante seu reinado nas quais é mostrado com os chifres de carneiro do deus egípcio Amon. Sikandar, seu nome em Urdu e Hindi, também se emprega como sinônimo de "esperto" ou "extremamente hábil".

Roma recuperou o legado helenístico, e a miragem do império de Alexandre: Crasso e Marco António tentaram conquistar a Pérsia com péssimos resultados. Trajano morreu a meio de uma expedição, Septímio Severo teve o bom senso de desistir a meio e só Heráclito, no período bizantino, teve uma campanha vitoriosa: debalde, pois os árabes acabaram com a Pérsia Sassânida, enfraquecida pelas longas guerras com Bizâncio.

O ocidente medieval viu nele o perfeito cavaleiro, incluindo no grupo dos nove bravos e estabeleceu lendas e o "Romance de Alexandre". Luís XIV apreciava vestir-se como Alexandre (à maneira do século XVII obviamente) e esse epíteto seria sempre apreciado por monarcas absolutos.







Império Aquemênida



549 a.C. – 330 a.C.





O império Aquemênida em seu auge, em 500 a.C.
Continente Ásia
Capital Não especificada
Religião Zoroastrismo
Governo Não especificado
História
• Conquista do Segundo Império Babilônico 549 a.C.
• Morte de Dário III 330 a.C.
A dinastia aquemênida, também designada de Acménida, acamênida, etc, governou a Pérsia em seu primeiro período monárquico independente. Sua linhagem remonta ao rei Aquêmenes da Pérsia, na verdade, um governante tributário ao reino da Média no século VII a.C..

Os aquemênidas viram seu apogeu sob o governo de Ciro II da Pérsia, bisneto de Aquêmenes, quando este subjugou a Média e todas as outras tribos arianas da área do atual Irã, e conquistou a Lídia, a Síria, a Babilônia, a Palestina, a Armênia e o Turquestão, fundando o Império Persa. As conquistas foram levadas adiante por seu filho Cambisses II, que conquistou o Egito, e Dario I, que expandiu o poderio persa pela Europa, conquistando a Trácia e consolidando seu poder na Anatólia. Neste primeiro período, os governantes Aquemênidas caracterizaram sua administração pela tolerância com as diferentes culturas e religiões dos povos conquistados, gerando uma lealdade sem precedentes entre seus súditos. Também construíram estradas ligando as principais cidades, e um sistema de correios eficiente. As estradas também se destinavam ao comércio do Egito e da Europa com a Índia e a China, do qual a Pérsia se beneficiou grandemente.

Após a tentativa frustrada de Dario de conquistar a Grécia, o império aquemênida começou a declinar. Décadas de golpes, revoltas e assassinatos enfraqueceram o poder dos aquemênidas. Em 333 a.C., os persas já não tinham mais força para suportar a avalanche de ataques de Alexandre, o Grande, e em 330 a.C., o último rei Aquemênida, Dario III, foi assassinado por seu sátrapa Bessus, e o primeiro Império Persa caiu em mãos dos gregos e macedônios.

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