domingo, 6 de dezembro de 2009

Sólon +Temístocles



Temístocles


Temístocles
OstracismoTemístocles (grego: Θεμιστοκλῆς), filho de Néocles, foi um político e general ateniense. Liderou o Partido Democrático Ateniense. A sua principal medida política foi criar uma frota naval capaz de derrotar uma possível invasão persa. Venceu a frota persa de Xerxes I da Pérsia na Batalha de Salamina.

Essa vitória deu-lhe grande fama. Mas com um carácter muito inflexível para os tempos de paz, foi ostracizado (ostracismo), depois dos seus adversários o acusarem de alta traição. Antes do julgamento refugiou-se no reino persa. Ironicamente foi no reino que derrotou que foi aceite, pois os persas aceitavam todos homens experientes que pudessem ajudá-los na expansão do seu império.

Morreu em 471 a.C. onde supostamente se envenenou para não cooperar com o rei persa numa nova campanha contra os gregos.



Prefiro um homem sem dinheiro a diheiro sem homem.

"Temístocles (*528 a.C. +462 a.C., foi um político e general ateniense. Liderou o Partido Democrático Ateniense.) quando escolheu entre dois pretendentes à mão de sua filha, preferindo o mais virtuoso ao mais rico; citado em Plutarco.

Temístocles





SUMÁRIO DA VIDA DE TEMÍSTOCLES

I. Origem de Temístocles. II. Sua juventude ardente e aplicada. III. Seu estudo da Sabedoria, isto é, da ciência de governo. IV. Antigüidade desta ciência. V. Sua rivalidade com Aristides. VI. Sua sensibilidade à glória. VII. Ele obriga Atenas a empregar o dinheiro de suas minas na construção de navios. VIII. Seu caráter. X. Sua popularidade. XI. Ele faz banir Aristides. XII.. Sua firmeza. XIII. Ele é eleito capitão geral dos atenienses. Fá-los embarcar para ir combater contra Xerxes. XIV. Cede o comando a Euribíades, general da Lacedemónia. XV. Combate de Artemisio. XVI. Xerxes domina as Termopilas. XVIII. Subterfúgio de Temístocles para inspirar coragem aos atenienses. Ele sustenta a coragem de Euribíades. XXII. Temor dos gregos. XXIII. Temístocles os coloca na necessidade de combater. XXVII. Número dos navios de Xerxes. XXVLI. Temístocles se põe a favor do vento. XXIX. Vitória de Salamina. XXXII. Fuga de Xerxes. XXXIII. Honras prestadas a Temístocles. XXXV. Sua paixão e glória. Memoráveis palavras suas. XXXVII. Ele reconstrói as muralhas de Atenas. XXXVLI. Reconstrói o Pireu. XXXIX. Projeto de Temístocles para atribuir a Atenas a hegemonia sobre toda a Grécia, rejeitado por injusto. XL. Sua sábia política para manter o equilíbrio. XLI. O poeta Timocreonte censura-o por concussão. XLII. Ele faz sentir excessivamente os seus serviços. XLIII. É banido pelo ostracismo. XLIV. Traição de Pausânias, que confia o segredo a Temístocles. XLV. O povo quer prendê-lo. Ele foge para Corfú. XLVI. De Corfú ao Épiro. XLV. II. Na Pérsia enfim. L. Sua entrevista com o rei da Pérsia. LIII. Ele recebe honroso tratamento. O rendimento de três cidades lhe é atribuído. LVI. Revolta do Egito, excitada pelos atenienses. A Pérsia se arma contra Atenas. Temístocles suicida-se para não servir contra sua pátria. LVII. O rei da Pérsia o admira. Seus filhos. LVIII. Seu túmulo magnífico em Magnésia. LIX. Sua posteridade, homenageada até o tempo de Plutarco.

Desde a sexagésima-terceira olimpíada até a sexagésima-nona, 463 anos antes de Jesus Cristo.


Temístocles
(General grego )
525 - 460 a. C.




General grego nascido em Atenas, cuja habilidade política e militar transformou Atenas na maior potência naval helênica e tornou possível a vitória sobre os invasores persas. Filho de um aristocrata ateniense e de uma concubina estrangeira, obteve a cidadania graças a uma lei (508 a. C.), que tornou atenienses todos os homens livres residentes na cidade. O primeiro registro documentado a seu respeito refere-se a sua eleição como arconte, a mais importante autoridade jurídica e administrativa de Atenas (493 a. C.). Responsável direto pela estratégia e derrota dos persas de Xerxes I, na batalha naval de Salamina, foi aclamado como herói nacional. Empenhado na reconstrução de Atenas e na fortificação da cidade, a qualquer custo, para enfrentar o poderio de Esparta, foi combatido pela aristocracia e finalmente foi banido pelo conselho de nobres, o Areópago (471 a. C.). Acusado de peculato, passou por vários países até obter refúgio na Pérsia, onde, embora antes inimigo, gozava de enorme respeito, tanto que lhe foi confiado o governo da Magnésia, na Anatólia e lá permaneceu até morrer


Sólon


SólonSólon (em grego, Σόλων - Sólōn, na transliteração) foi um poeta e legislador ateniense que em 594 a.C. iniciou uma reforma onde as estruturas social,política e econômica da pólis ateniense foram alteradas. É aristocrata por nascimento e trabalhava no comércio. Fez reformas abrangentes sem conceder aos grupos revolucionários e sem manter os privilégios dos eupátridas. Ele cria a eclésia (assembléia popular). Participante da eclésia- homem maior de 30 anos, livre (não era escravo), ateniense e de pai e mãe ateniense. Obs: a participação não é mais por nascimento, agora ela é censitária. Conselho de 400 (Bulé 400).

Vindo de uma família que havia sido arruinada economicamente em meio ao contexto de valorização dos bens móveis na pólis ateniense, Sólon se reconstituiu economicamente através da atividade comercial. Profundo conhecedor das leis, ele foi convocado como legislador pela aristocracia em meio ao contexto de tensão social existente na pólis, no qual os demais grupos sociais viam as reformas de Drácon (ocorridas por volta de 621 a.C) como algo insuficiente. Na sua reforma, Sólon proibiu a hipoteca da terra e a escravidão por endividamento através da chamada lei Seixatéia, dividiu a sociedade pelo critério censitário (pela renda anual) e criou o tribunal de justiça. Suas atitudes, no entanto, desagradaram a aristocracia, que não queria perder seus privilégios oligárquicos, e o Povo, que desejava mais que uma política censitária, e sim a promoção de uma reforma agrária. Sólon também era considerado um dos Sete sábios da Grécia antiga e como poeta compôs elegias morais-filosóficas

Dentre os 6000 cidadãos, chamados no Tribunal de Heliaia de heliastas, eram escolhidos por votação os julgadores, sempre em número ímpar, quando passavam a ser chamados de dikastas, atuavam nas sessões de justiça, as chamadas dikasterias. No julgamento de Sócrates foram 801 os dikastas.





Sólon e Licurgo – Importantes Legisladores de Atenas e Esparta


Sólon (circa 640 a.C. – 560 a.C.)


Nascido em berço nobre, sua família empobreceu e ele passou a dedicar-se ao comércio (atividade considerada menor e vil entre os gregos clássicos). Atingiu prestígio ao liderar os atenienses em importantes batalhas, todas vitoriosas, que levaram sua cidade-estado a um período de forte ascensão.

Em meio a um quadro de rivalidade entre as diferentes classes sociais atenienses, lideradas pelo aristocrático e autoritário Pisístrato, Sólon notabilizou-se particularmente por estabelecer uma legislação igualitária, base da democracia grega, particularmente:

_ Estimulou e levou a cabo um importante trabalho na direção da redistribuição de riquezas da cidade-estado, chegando mesmo a esboçar um princípio de reforma agrária em Atenas.

_ Proibiu a escravidão por dívidas, salvaguardando as liberdades individuais dos cidadãos.

_ Mantendo embora quatro classes sociais distintas de acordo com sua contribuição em impostos para a cidade-estado, estabeleceu as bases do que seria a AGORA ateniense criando o primeiro conselho (boulé) composto por 400 membros das diversas classes sociais.

_ Em economia, além da incipiente redistribuição de terras e rendas, estimulou o desenvolvimento econômico de Atenas através de leis que unificavam sistemas de pesos e medidas, além de reformar o sistema monetário.

A este importante Líder e Legislador devemos a noção de DEMOCRACIA – Governo do povo. Um alvo a ser atingido, uma utopia (do grego u = não, topos = lugar; “lugar que não existe... AINDA!) pela qual todo o homem livre e de bons costumes deve lutar.

Notabilizou-se ainda como poeta, embora nos chegassem apenas fragmentos de sua obra portentosa.



Licurgo – (século XII a.C. ou século VII a.C.)


Não há consenso entre os mais diversos estudiosos da Grécia clássica sobre o momento exato da existência de Licurgo – muitos o vêem mais como uma figura lendária do que propriamente um ser humano real. O primeiro a citá-lo foi Heródoto de Halicarnasso em sua Obra clássica História.

Consta que seu irmão Polidecto – até então rei da cidade-estado de Esparta – faleceu deixando a rainha grávida. Licurgo recebeu da viúva de seu irmão a proposta de casar-se com ela, que faria um aborto, e assumir o trono da cidade-estado.

Dotado de elevadíssimo senso ético, Licurgo repeliu veementemente a proposta e, ao nascer-lhe o sobrinho foi o primeiro a proclamar: “Eis o rei que nos nasceu!” Sua correção moral, sua firmeza diante de um fato que, na prática, o privava de assumir o trono de Esparta granjeou-lhe enorme popularidade, amor e o respeito de todos os espartanos.

A Rainha repelida passou a perseguir Licurgo de todas as formas e este se refugiou em Creta, onde aprendeu muito sobre Leis e Costumes, concluindo que em sociedades de vida mais frouxa no ponto de vista moral, o desenvolvimento humano é consideravelmente tolhido, funcionando mais eficazmente aquelas sociedades dotadas de moral mais rígida. Considerava a vida de prazeres e licenciosidade uma forma de escravidão e via liberdade e felicidade numa vida mais regrada, com um regime rígido, severo mesmo.

Enquanto peregrinava em estudos, a cidade-estado de Esparta entrou em caos diante de dirigentes fracos que causavam divisão e animosidade entre os cidadãos. Recebeu várias delegações de espartanos suplicando pelo seu regresso, recusou a muitas mas, ao fim e ao cabo, consultou o Oráculo de Delfos e ouviu que sua missão estava realmente em Esparta.

Para restaurar a Ordem diante da situação encontrada, Licurgo decidiu-se por destruir completamente a falha e caótica legislação vigente e, utilizando-se de seu prestígio e das bênçãos do Oráculo de Delfos, apesar de muitas lutas e discussões, conseguiu impor uma Constituição que passou a vigorar em Esparta.

Consta que foi a mais perfeita legislação jamais escrita por sábios humanos mas Licurgo, sempre coerente, sentia uma lacuna. Consultou novamente o Oráculo e ouviu que “Esparta só será efetivamente próspera e feliz se todas as leis forem rigorosamente observadas.”

Optou por sair da cidade-estado para o esquecimento ou ostracismo, exilando-se e deixando a expressa determinação do rigoroso cumprimento da legislação por ele legada.

Conciliando, sob o ensinamento e a legislação herdada por Licurgo, a força e a fraqueza dos homens, assim como a lei, os deveres e necessidades dos cidadãos, em pouco tempo a cidade-estado de Esparta transformou-se de uma da menores e mais insignificantes da Grécia Clássica numa das mais poderosas de toda a península.

O conteúdo básico da Legislação legada por Licurgo foi conservado por fragmentos, transmitidos principalmente por tradição oral. Oracular e aforismático, seu ensinamento consta principalmente de uma série de provérbios correntes em Esparta. Um deles compara a liberdade à servidão; outro deplora a avidez como um vício a ser retificado; um outro exalta a importância de se cumprirem as leis em vigor e um outro ainda evoca a necessidade de se render homenagens aos mais velhos e venerar as coisas sagradas e as tradições de seu povo.

A cidade-estado dedicou-lhe um templo, equiparando-o aos deuses do Olimpo, advindo provavelmente daí sua fama de legendário.

Seu legado a nós até os nossos dias é o respeito às leis e o dever de lutar pelo seu aprimoramento. O sistema político implantado por Licurgo em Esparta é conhecido como “Aristocracia” (de Aristoi = Os Melhores e cratos = governo; “governo dos melhores”) em contraposição à “Democracia” ateniense (de Demo = povo e cratos = governo; “governo do povo”)

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