sábado, 5 de dezembro de 2009

TEÓGNIS

Teógnis

Escreveu durante a chamada crise da polis arcaica, marcada pelo crescimento demográfico, por grandes movimentos migratórios, e pelo surgimento de homens de grande prestígio político que, com o apoio do povo mais pobre, tornavam-se chefes da polis - os chamados "Tiranos". Grande parte das elegias de Teógnis podem ser caracterizadas como poesia social, com fortes tons conservadores no sentido da crítica das transformações sociais de seu tempo.

Teógnis, como fonte documental, além de conter informações riquíssimas sobre as transformações do século VI a. C. em algumas poleis (plural de polis) gregas, é fonte fundamental para o estudo do conceito arcaico de hybris, ou "desmedida", encarado pelo autor como comportamento típico dos Tiranos, que por sua "desmedida" se tornam mais poderosos que os outros cidadãos, e assim destroem a boa ordem da polis. Em tempo: no período arcaico, os "cidadãos" eram apenas a elite de grandes proprietários de terras, o que significa que o regime político pode ser caracterizado como "oligarquia", governo de poucos
De Teógnis de Mégara (gr. Θέογνις), que viveu na segunda metade do século -VI, a tradição conservou uma coleção de mais ou menos setecentos versos elegíacos em que predominam curtas canções convivais, próprias para simpósios, poemas gnômicos, poemas de conotação política e de temática homossexual, muitos deles dirigidos a "Cirno".

A coleção de poemas que sobreviveram sob o nome de Teógnis é muito heterogênea. Acredita-se que em torno do núcleo original de sua obra, possivelmente constituído pelos primeiros 252 versos da coletânea, formou-se uma antologia com poemas de muitos outros autores, provavelmente durante o Período Helenístico. Os eruditos chamam o conjunto dos versos não-originais de Theognidea.



As dores humanas são séculos, os prazeres ...
Se é verdade que nos habituamos à dor, como é ...
Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém.
Os ausentes nunca têm razão.
Eis o problema do homem dominador: sacrificar ao ...
Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.
Dinheiro esquecido, nem é pago nem agradecido.




A saciedade gera insolência, quando a prosperidade toma por companhia / um homem malvado e que não tenha a mente sã.



Adicionar à minha colecçãoEnviada por pensadorMais InformaçãoUns sofrem de um mal, outros, de outro, e entre os homens / - quantos o sol é capaz de ver - ninguém é perfeitamente feliz.


- Basta de hipocrisia...

Não me ames com palavras, tendo noutro lado mente e coração,
se me amas e se fiel é a tua intenção.
Ama-me com mente pura, ou então rejeita-me
e odeia-me e opta pelo conflito aberto.

Teógnis vv. 87-90 – Traduzido por Frederico Lourenço em Poesia Grega de Álcman a Teócrito da Cotovia.


A hipocrisia é tão velha quanto a espécie humana. Provavelmente surgiu antes de o homem dominar a fala. Teógnis de Mégara (séc. VI a.C.)


é um raro exemplo de poesia elegíaca grega arcaica que chegou até nós. Nestes quatro versos deixou-nos a sua vontade de se libertar do véu obscuro da hipocrisia.
Etiquetas: Grécia


Choremos a juventude e a velhice também,
pois a primeira foge e a segunda sempre vem.


Choremos a juventude e a velhice também,
pois a primeira foge e a segunda sempre vem.



Encontrados 6 pensamentos de Teógnis Mégara
A saciedade gera insolência, quando a prosperidade toma por companhia / um homem malvado e que não tenha a mente sã.






As riquezas, qualquer nume as pode conceder até mesmo a um malvado, / ó Quirno, mas a poucos homens cabe a virtude.



Adicionar à minha coleçãoInserida por agfMais InformaçãoAs trevas escondem o acontecimento futuro.





Difícil é reconhecer de longe / a índole de muitos, por mais que sejamos sábios: / de fato, alguns escondem sob a riqueza a sua maldade, / outros, sob a miserável pobreza, escondem a sua virtude.


Coloca o povo de cabeça vazia sob os pés, / fere-o com o aguilhão pontiagudo e joga-lhe jugo pesado; / pois não encontrarás, sob os olhos do sol, / uma massa de homens tão desejosos de um senhor.



Mais InformaçãoUns sofrem de um mal, outros, de outro, e entre os homens / - quantos o sol é capaz de ver - ninguém é perfeitamente feliz.

Teógnis Mégara

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