terça-feira, 24 de novembro de 2009

EROS




Eros (Cupido, no panteão romano) era o deus grego do amor. Hesíodo, na sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. Posteriormente foi considerado como um deus olímpico, filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, conforme as versões. Tendo, certa vez, Afrodite desabafado com Métis, queixando-se que seu filho continuava sempre criança, a deusa da prudência lhe explicou que era porque Eros era muito solitário. Haveria de crescer se tivesse um irmão. Anteros nasceu pouco depois e, Eros começou a crescer e tornar-se robusto.

Já Platão, no Banquete, descreve assim o nascimento de Eros, elucidando alguns detalhes até mesmo do aspecto erótico:

Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam, e entre eles estava Poros (o Expediente), filho de Métis. Depois de terem comido, chegou Pínia (a Pobreza) para mendigar, porque tinha sido um grande banquete, e ela estava perto da porta. Aconteceu que Poros, embriagado de néctar, dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de Zeus e, pesado como estava, adormeceu. Pínia, então, pela carência em que se encontrava de tudo o que tem Poros, e cogitando ter um filho de Poros, dormiu com ele e concebeu Eros. Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza, porque Afrodite também era bela.
Pois que Eros é filho de Pínia e Poros, eis qual é a sua condição. É sempre pobre não é de maneira alguma delicado e belo como geralmente se crê; mas sujo, hirsuto, descalço, sem teto. Deita-se sempre por terra e não possui nada para cobrir-se, descansa dormindo ao ar livre sob as estrelas, nos caminhos e junto às portas. Enfim, mostra claramente a natureza da sua mãe, andando sempre acompanhado da pobreza. Ao invés, da parte do pai, Eros está sempre à espreita dos belos de corpo e de alma, com sagazes ardis. É corajoso, audaz e constante. Eros é um caçador temível, astucioso, sempre armando intrigas. Gosta de invenções e é cheio de expediente para consegui-las. É filósofo o tempo todo, encantador poderoso, fazedor de filtros, sofista. Sua natureza não é nem mortal nem imortal; no mesmo dia, em um momento, quando tudo lhe sucede bem, floresce bem vivo e, no momento seguinte, morre; mas depois retorna à vida, graças à natureza paterna. Mas tudo o que consegue pouco a pouco sempre lhe foge das mãos. Em suma, Eros nunca é totalmente pobre nem totalmente rico.
Eros casou-se com Psiquê, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psiquê, induzida por suas invejosas irmãs, observa o rosto de Eros à noite sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, se distrai e deixa cair uma gota de cera sobre o peito de seu marido, que acorda. Irritado com a traição de Psiquê, Eros a abandona. Esta, ficando perturbada, passa a vagar pelo mundo até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implora para que Zeus tenha compaixão deles. Zeus o atende e Eros resgata sua esposa e passam a viver no Olimpo. Com Psiquê teve Hedonê, prazer.





Ignorado por Homero, Eros aparece pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo, que o descreve como o mais belo dos imortais, capaz de subjugar corações e triunfar sobre o bom senso.

Deus grego do amor e do desejo, Eros encerrava, na mitologia primitiva, significado mais amplo e profundo.

Ao fazê-lo filho do Caos, vazio original do universo, a tradição mais antiga apresentava-o como força ordenadora e unificadora.

Assim ele aparece na versão de Hesíodo e em Empédocles, pensador pré-socrático.

Seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ou seja, ao mundo organizado.

Em tradições posteriores era filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, segundo as diferentes versões.

Platão descreveu-o como filho de Poro (Expediente) e Pínia (Pobreza), daí que a essência do amor fosse "sentir falta de", busca constante, em perpétua insatisfação.

Seu irmão Ânteros, também filho de Afrodite, era o deus do amor mútuo e, às vezes, oponente e moderador de Eros.

Artistas de várias épocas representaram com freqüência o episódio da relação de Eros com Psiqué, que simboliza a alma e constitui uma metáfora sobre a espiritualidade humana.

Em Roma, Eros foi identificado com Cupido. Inicialmente representavam-no como um belo jovem, às vezes alado, que feria os corações dos humanos com setas.

Aos poucos, os artistas foram reduzindo sua idade até que, no Período Helenístico, a imagem de Eros é a representação de um menino, modelo que foi mantido no Renascimento


Deus grego do amor, também conhecido como Cupido (Amor, em latim), era filho de Afrodite e seu companheiro constante. Apesar de sua excepcional beleza ser altamente valorizada pelos gregos, seu culto tinha modesta importância.

Com seu arco ele disparava flechas de amor nos corações dos deuses e dos humanos.

Uma vez, ele foi ferido com o seu próprio arco. Sua mãe havia sentido ciúme de Psique, cuja beleza causava tumulto por onde ela passasse.

A deusa ordenou que ele fizesse com que Psique se apaixonasse por alguma pessoa de nível muito baixo. Ele a encontrou enquanto ela dormia e, como acabou acordando-a ao tocá-la com uma de suas flechas, ficou tão maravilhado por sua beleza que, acidentalmente, aranhou a si mesmo com a flecha e se apaixonou por ela. Levou-a dali para bem longe, para um maravilhoso palácio e ia visitá-la todas as noites.

Pilastras de ouro sustentavam a abóbada do leito e as paredes eram decoradas com pinturas representando animais de caça e cenas campestres. Outros cômodos eram decorados com várias e preciosas obras de arte.

Sem nenhuma ajuda visível, todos os desejos de Psique eram cumpridos.

Durante muito tempo, ela não havia olhado para o seu marido, pois este lhe tinha proibido de olhá-lo, uma vez que ele queria que o amasse, como humano, e não como um deus. Mas a curiosidade finalmente se apoderou dela. Uma noite, enquanto ele dormia, Psique ascendeu uma lâmpada e segurou-a por cima dele para vê-lo. Mas uma gota de óleo quente caiu em seu peito que, sem pronunciar uma palavra, abriu suas belas asas e voou pela janela afora. O palácio e tudo o que ele continha desapareceu.

Psique vagou dia e noite, sem comer, sem dormir. procurando seu esposo, enquanto ele estava preso no quarto da mãe por causa de sua ferida.

Afrodite, irritada com Psique por ter se casado com seu filho, deu-lhe um período de punição. Zeus suplicou pelo perdão aos dois namorados e ela o fez.

Então Hermes foi enviado para apanhar Psique e levá-la ao Olimpo.

Quando ela lá chegou, Zeus deu-lhe um copo de néctar para beber, tornando-a assim imortal e unindo-a para sempre com o seu marido.


Em sua grande obra intitulada Teogonia, Hesíodo explica que do Caos, vazio primordial nasceram Gaia , Tártaro e Eros. Eros, aparece então como o Amor, a força fundamental de atração, assegurando a continuidade das espécies. Com o passar do tempo, Eros perdeu essa dimensão cósmica e, com a evolução do mito, foi transformado numa criança alada com genealogias diversas e que os romanos denominaram Cupido.

Assim, para Platão, Eros havia sido gerado pela união de Poros, o Recurso, e de Pênia, a Pobreza, durante uma festa na qual se celebrava o nascimento de Afrodite .

Outras genealogias o dão como filho de Hermes e Ártemis , Hermes e Afrodite, Afrodite e Zeus ou ainda de Afrodite e Ares , tendo nesse caso recebido o nome de Ânteros, o amor contrário ou recíproco.

Não obstante, a diversidade de filiações que lhe são atribuídas, no célebre mito de Eros e Psiquê , o deus do amor aparece como filho de Afrodite.

Sucedeu que a deusa da beleza, irritou-se porque os homens começaram a adorar uma simples mortal em detrimento de seu culto.

A jovem, de extraordinária beleza se chamava Psiquê, a quem por vingança e despeito, Afrodite enviou seu filho Eros com a incumbência de ferí-la com suas flechas e fazê-la se apaixonar pelo mais feio dos homens.

Eros, no entanto, ao se deparar com a jovem, foi tomado de violenta paixão e ferido de amor por sua própria flecha, deixou de cumprir a tarefa solicitada por Afrodite.

Apaixonado por uma simples mortal, rival de sua mãe, Eros precisou enfrentar momentos difíceis até conseguir unir-se definitivamente à sua amada quando Zeus, aprovando a união e oferecendo à Psiquê ambrosia, tornou-a também uma imortal.



EROS


Na mitologia antiga, era representado como uma das forças primitivas da natureza, a encarnação da harmonia e do poder criativo do universo.

Logo, entretanto, passou a ser visto como um rapaz intenso e bonito, assistido por Pótos (ânsia), ou Hímero (desejo). Eros alude à cópula.

Na verdade, existem vários mitos sobre o seu nascimento.

Em alguns, trata-se de um deus primitivo nascido do Caos; em outros, é filho de Afrodite e Ares.


Não cabem dúvidas de que Eros é anterior a Afrodite, pelo que sua adoção provavelmente se deveu à especialização do culto de Afrodite como deusa da paixão.

Geralmente Eros era retratado como um jovem alado, ligeiro e bonito, freqüentemente com olhos cobertos para simbolizar a cegueira do amor.

Às vezes ele carregava uma flor, mas mais comumente um arco de prata e flechas, com o qual ele atirava dardos de desejo contra o peito de deuses e homens.

Nas lendas e na arte romana, Eros degenerou numa criança maligna e freqüentemente era retratado como um bebê arqueiro.

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