domingo, 29 de novembro de 2009

LUGARES DE DELOS - OLIMPIA


Olímpia


Sítio Arqueológico de Olímpia



Templo de Zeus

Olímpia (em grego: Ολυμπία, transl. Olympía), foi uma cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da Antiguidade até sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I - jogos estes que só foram igualados em importância aos seus equivalentes realizados em Delfos, os Jogos Pítios.

Olímpia também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus localizado na cidade, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante a década de 1950, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias.




O sítio arqueológico
O sítio arqueológico que existe em Olímpia consiste de um santuário (altis) com diversas edificações. Dentro do temenos estão o Templo de Hera ou Heraion, o Templo de Zeus, o Pelopion e a área do altar de sacrifícios. Ao leste ficam o hipódromo e o stadium. Ao norte do santuário se localizam o Prytaneion e o Philippeion, bem como uma série de capelas votivas conhecidas como Tesouros, ofertadas pelas várias cidades-estado antigas. Ao sul destes Tesouros fica o Metroon, com a Stoa Eco ao leste. Ao sul do santuário estão a Stoa Sul e o Bouleterion, enquanto que ao oeste erguem-se as casas da Palestra, a oficina de Fídias, o Gymnasion e o Leonidaion.







História

As ruínas do Templo de Hera[editar] Pré-história
Foram encontrados vestígios de alimentos e oferendas incineradas datando do século X a.C., evidenciando uma longa história de ocupação humana no local, embora não tenham restado traços de edificações desta época remota.[1]

Períodos Geométrico e Arcaico
De quatro em quatro anos uma trégua era anunciada e pessoas de todas as partes da Grécia reuniam-se em Olímpia, a fim de competir e assistir os Jogos. O prêmio para o vencedor era o "kotinos", feito a partir de uma coroa de flores silvestres de oliveira. Olímpia foi um local sagrado assim como Delfos. O recinto sagrado era situada no vale do Alfeios, no território de Pisatis na região noroeste do Peloponeso.

Embora historicamente os Jogos começaram em 776 a.C., que é considerada a primeira Olimpíada, organizada pelas autoridades de Elis, os Jogos foram praticados desde os tempos muito antigos e segundo a tradição eles foram prorrogados por Hércules. Neste evento unificador, apenas os gregos livres foram autorizados a participar. Gregos de tão longe como os da região do mar Cáspio e da África, vieram para competir e assistir. Filósofos, sábios e heróis lá podiam ser vistos admirando os atletas. Não é acidental que a Grécia, pela primeira vez na história realizou os Jogos. Este foi um evento único, um produto de uma civilização que se considerava superior as outras, em que os cidadãos livres estavam honrando os seus deuses, que os tinham favorecido com a força e a glória. Há dez milhas do interior do mar Jónico e ao oeste do Peloponeso, no ponto onde os rios Kladios e Alpheios uniam-se, se estabeleceu o antigo santuário de Olímpia e o local dos antigos Jogos Olímpicos. Olímpia pertencia à cidade de Pisa. http://olympia.gr/olympia/ Em torno de 700 a.C., na época do domínio de Pisa, foram feitas reformas no terreno, nivelando áreas e cavando canais.


O BouleterionOs primeiros edifícios foram construídos em torno de 600 a.C., quando os skiludianos, aliados dos pisatanos, ergueram o Templo de Hera, seguido pelos Tesouros e pelo Pelopion, e também pelas estruturas profanas das arenas e do Bouleterion. O primeiro estádio foi construído em torno de 560 a.C. como uma simples faixa de terra, que foi remodelada cerca de 60 anos depois com a adição de elevações laterais para os espectadores. Em 580 a.C. Elis, em aliança com Esparta, reconquistou o santuário.

[editar] Período Clássico
Este foi o período em que Olímpia conheceu seu esplendor. Entre os séculos V e IV a.C. foram erguidos uma série de novos edifícios sacros e seculares, incluindo o Templo de Zeus, cujas proporções e decoração atingiram uma magnificência até então inaudita. Também as estruturas desportivas foram ampliadas e completadas. O Pritaneu foi levantado em 470 a.C., o Metroon em 400 a.C., e a Stoa Eco na mesma época.

Período Helenístico

O PhilippeionO final do século IV a.C. viu o surgimento do Philippeion, e logo em seguida do maior edifício do local, o Leonidaion, para receber visitantes ilustres. Nos dois séculos seguintes apareceram a Palestra, o Gymnasion, as casas de banhos e a Cripta, uma passagem de arcos ligando a entrada do santuário ao estádio.

Período Romano
Durante a era romana os Jogos foram abertos para os cidadãos de todo o império romano. Foi iniciado um extenso programa de restaurações, que incluíram o Templo de Zeus, e de novas construções, como o Nympheum e de novos aquedutos e banhos. Nesta época o complexo sofreu com abalos sísmicos e invasões bárbaras. A despeito das dificuldades os Jogos continuaram até 393, quando um decreto de Teodósio I, imperador cristão, baniu os jogos por considerá-los uma reminiscência dos tempos pagãos. O atelier de Fídias foi transformado em basílica e o local foi povoado por cristãos até o fim do século VI, quando aluviões começaram a cobrir a área, que só foi descoberta no século XIX.






Arqueologia

Reconstituição do aspecto original de Olímpia
O Hermes de PraxítelesO estudo arqueológico de Olímpia começou com a descoberta do local em 1766 pelo antiquário inglês Richard Chandler[2], embora o a região não começasse a ser escavada senão em 1829, quando franceses trouxeram à luz a área dos templos e arredores.

Mais tarde, no final do século, arqueólogos alemães continuaram o trabalho na parte central do santuário, acabando por descobrir estatuária do Templo de Zeus, a Niké de Peônio, o Hermes de Praxíteles e muitos bronzes, num total de 14 mil objetos que hoje são expostos no Museu Arqueológico de Olímpia [3]. Os trabalhos continuaram no início do século XX, embora de forma mais limitada. Em meados do século foi escavado o estádio onde tinham lugar as competições de corrida, o estúdio de Fídias, o Leonidaion e os muros norte do estádio, bem como a área sudeste do santuário, onde foram encontrados muitos bronzes e cerâmicas. Nos anos 70 e 80 novas escavações trouxeram à luz tumbas, o Prytaneion e o Pelopion.

O Templo de Zeus
O Templo de Zeus em Olímpia (ou Olympieum) era o centro religioso do local e foi construído entre 470 a.C. e 456 a.C. pelo arquiteto Libon de Elis. Foi constuído na ordem dórica e tinha seis colunas frontais e treze de cada lado, e única entrada era na fachada oriental, à qual se tinha acesso por uma grande rampa. Os grupos escultóricos dos pedimentos, considerados hoje a obra-prima do estilo Severo, esculpidos pelo Mestre de Olímpia, mostravam a corrida de bigas entre Pélops, criador dos Jogos Olímpicos, e Enômao, rei de Pisa, e as métopas estavam decoradas com as cenas dos "doze trabalhos de Hércules".

O grande atrativo para os visitantes do templo era a monumental estátua de Zeus, do escultor Fídias: possuía doze metros de altura e era toda de ouro e marfim. Não era sem motivo que era uma das sete maravilhas do mundo antigo. A estátua foi destruída em um incêndio e o templo pereceu num terremoto no século V d.C. Porém o geógrafo grego Pausânias, em sua Descrição da Grécia, nos deu uma visão detalhada do templo, o que nos possibilita reconstruí-lo em seu aspecto original.





Museu Arqueológico de Olímpia



O Hermes carregando o infante Dionísio, de PraxitelesO Museu Arqueológico de Olímpia é um dos mais importantes da Grécia, preservando a história do mais célebre santuário grego Antigüidade, onde ficava o esplêndido Templo de Zeus, contendo uma monumental estátua do deus criada por Fídias, a qual era uma das sete maravilhas do mundo antigo.

O museu expõe em suas salas os achados arqueológicos da área do santuário que datam desde a Pré-história até o início da era cristã. Dentre suas preciosidades está a coleção de bronzes, que formam a maior coleção do mundo em seu gênero, e as peças em terracota, também com grande número de peças valiosas.


História
O primeiro museu da cidade era um prédio neoclássico construído em 1885 às expensas do mecenas Andreas Syngros em uma colina a oeste do antigo santuário. Com o tempo o edifício sofreu com os freqüentes terremotos na região e com a falta de espaço para acolher a crescente quantidade de peças que iam sendo desenterradas em sucessivas escavações.

Assim foi decidida a construção de um prédio mais adequado, o atual Museu Arqueológico de Olímpia, também conhecido como Museu Novo. Foi projetado pelo arquiteto Patroklos Karantinos e erguido entre 1966 e 1975. O acervo foi sendo gradualmente transferido para a nova locação, que foi inaugurada em 1982, embora a coleção só terminasse de ser organizada em 1994 com a instalação da Niké de Peônio.

Por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2004, a museografia foi reformnulada e alguns espaços ocupados pelos escritórios do VIII Eforado de Antigüidades foram desocupados, reformados e transformados em salas de exposição. Foi criada uma nova galeria para o material do Atelier de Fídias, e equipamentos anti-sismo foram instalados para proteção daas peças mais importantes, como o Hermes de Praxiteles. O sistema de iluminação e condicionamento de ar também foram modernizados.








Espaços e obras

Parte da decoração do frontão do Templo de Zeus, obra máxima do estilo severoO acervo é exposto de forma a apresentar a evolução do grande santuário pan-helênico da cidade desde a Idade do Bronze até o século VII. A decoração esculpida do grande Templo de Zeus, o mais importante grupo de peças do estilo severo, o Hermes de Praxiteles e a Niké de Peônio são as grandes atrações, junto com a coleção de bronzes e terracotas. Além de obras originais o museu mostra ao visitante reconstruções dos antigos edifícios, fotografias, mapas e uma série de materiais informativos acessórios.

Pré-História (Galeria I)
Aqui são expostos vasos e ferramentas de pedra do período Heládico (2700-2000 a.C.) e achados do túmulo de Pélops, além de peças em terracota, bronze e pedra do período Micênico (1600-1100 a.C.).

Períodos Geométrico e Arcaico (Galeria II)
Nesta sala são mostrados itens da grande coleção de oferendas em bronze dedicadas a Zeus e diversas outras peças em metal, como estatuetas de homens e animais, caldeirões, trípodes e placas, além de armas, elmos, couraças e objetos ornamentais. Também neste ambiente é mostrado os acrotéria do Templo de Hera e uma grande cabeça arcaica da deusa.

Período Arcaico tardio e escultura decorativa arquitetônica (Galeria III)
Cerâmicas, jóias em bronze e vasos, e diversas esculturas importantes com decoração pintada, procedente de vários monumentos, como o pedimento do Tesouro de Megara e a cornija do Tesouro de Gela.


Zeus e GanimedesPeríodo Severo (Galeria IV)
Um espaço com diversos exemplares de grandes terracotas, destacando-se o grupo de Zeus e Ganimedes, junto com elmos de Miltíades e Hierão.

Decoração do Templo de Zeus (Galeria V)
Na grande galeria central do museu estão à mostra as esculturas do frontão e das métopes do antigo Templo de Zeus, que constituem o epítome do estilo severo, uma obra do desconhecido Mestre de Olímpia e seus auxiliares.

A Niké de Peônio (Galeria VI)
Espeço dedicado à exposição da célebre estátua da deusa Niké - Vitória - criada por Peônio, do período clássico, que foi reproduzida nas medalhas dos Jogos Olímpicos de 2004.

Atelier de Fídias (Galeria VII)
Uma sala para exibição de material procedente do antigo atelier do grande escultor clássico, que ficava próximo ao santuário, com moldes, ferramentas, cerâmicas e a dita Taça de Fídias, além de outros itens.

O Hermes de Praxiteles (Galeria VIII)
Organizada para destacar uma das mais importantes estátuas da Antigüidade, o Hermes criado por Praxiteles, talvez a melhor obra de escultura do fim do século IV a.C. que chegou aos dias de hoje.


A Niké de PeônioPeríodos Clássico tardio e Helenístico (Galeria IX)
Com vasos, esculturas e elementos de arquitetura dos referidos períodos.

Escultura Romana (Galerias X e XI)
Mostra uma grande coleção de escultura da era romana, com belos exemplares encontrados no Nymphaion de Herodes Ático em exposição num ambiente que reconstitui o edifício original.

Os últimos dias do Santuário (Galeria XII)
Com objetos que ilustram o período do fim das atividades do santuário, entre os séculos VI e VII, quando o local foi abandonado, com itens em terracota, bronze e ferro.




Delos




Uma leoa de Delos, na principal praça da ilha

A pequena ilha de Delos (grego: Δήλος, Dilos), situa-se aproximadamente no centro do grupo de ilhas do Mar Egeu conhecido como Cíclades, tendo servido como santuário de Apolo na Antiguidade Clássica, e sendo considerada mesmo o berço desse deus, bem como de Artemis.

Foi também a sede da Liga de Delos, que congregava os aliados de Atenas contra Esparta, e onde primeiramente esteve guardado o tesouro da Liga.



Mitologia
O nascimento de Apolo e Artemis é uma das descrições mais interessantes da mitologia grega. Hera a primeira esposa de Zeus, nunca gostou muito de Leto. Vendo-a grávida, obteve da deusa Gaia promessa de que esta a impediria de achar lugar na terra onde pudesse dar à luz[1]. Então Posídon, vendo que a infeliz deusa não encontrava abrigo onde quer que fosse, comoveu-se e fez emergir do mar a ilha de Delos. Sendo essa ilha flutuante, não pertencia a Gaia, que assim não pôde nela exercer o seu poder supremo.

E logo aos imortais disse Febo Apolo:
Seja-me dada minha cítara querida e meu arco recurvo;
anunciarei por oráculo aos homens o desígnio infalível de Zeus.
Assim tendo falado, andou pela terra de largos caminhos
o arqueiro Febo de longos cabelos; então todas
as imortais o admiravam, e Delos inteira de ouro
se cobriu, contemplando o filho de Zeus e Leto,
com alegria porque o deus escolheu tomá-la para morada
e porque às ilhas e ao continente ele a preferiu de coração;
ela floriu, como o cimo de uma montanha na floração de seu bosque.


— Trecho do hino homérico a Apolo (fim do século VII).
A Ilha


No começo do século X a.C. com a chegada dos jônicos a ilha de transformou em um centro religioso criando condições para o crescimento comercial e aumentando sua influencia política

Em meados do século VI a.C., os atenienses tomaram posse de Delos e das ilhas vizinhas. Foram ordenados a remover todos os corpos enterrados na ilha e enterrá-los na ilha vizinha. Desde então não é permitido na ilha as mortes e os nascimentos, por considerar isso uma profanação a um lugar sagrado. Sendo assim as mulheres grávidas perto de dar a luz e os enfermos graves eram levados ás ilhas próximas. Nos casos em que não foi possível evitar esses acontecimentos, todos os habitantes eram obrigados a sair por vários anos, de modo a purificá-la e possibilitar o seu retorno.

A redescoberta
Desde o século XVII da nossa era, um número crescente de europeus visitou Delos atraídos pelas ruínas. Em 1873 arqueólogos franceses começaram as escavações que desenterraram um amplo setor onde um dia existiu uma cidade completa, elegante, rica e influente. As ruínas revelaram, esparramadas por toda ilha, pequenos templos dóricos e jônicos, portos, mercados, ginásios, um teatro, praças e imponentes residências. As casas exibiam salas circuladas por colunas de mármore e o assoalho adornado com mosaicos que resistiram em ruínas o passado glorioso.





Leões arcaicos

O Museu Arqueológico de Delos é um museu da Grécia, localizado na ilha de Delos, e dedicado à preservação dos achados no importante sítio arqueológico local.

Seu prédio foi construído em 1904, sendo reformado e ampliado em 1931 e 1972. Suas nove salas de exposição mostram uma das melhores coleções de baixos-relevos e esculturas gregas do mundo, datando desde a Pré-história até o helenismo. Sua coleção tem outros ítens como elementos de arquitetura, vasos, estatuetas, jóias, mosaicos e outros artefatos.

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