domingo, 29 de novembro de 2009

LOCAIS DE ÉFESO = DELFOS

Delfos


Mapa parcial da Grécia, mostrando a posição de DelfosDelfos é uma moderna cidade grega muito conhecida por seu sítio arqueológico, que foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO. Em épocas antigas, era o local dos Jogos Píticos e de um famoso oráculo (o oráculo de Delfos), que ficava dentro de um templo dedicado ao deus Apolo, elaborado por Trofônio e Agamedes. Delfos era reverenciado por todo o mundo grego como o omphalos, o centro do universo.

Delfos fica em um Planalto semicircular conhecido como Phaedriades, junto ao monte Parnaso, e sobranceiro ao vale de Pleistos. 15 km a sudoeste de Delfos, há a cidade-porto de Kirrha, no golfo de Corinto.

Índice [esconder]
1 Associação com Apolo
2 O sítio arqueológico
2.1 O Templo de Apolo e os Tesouros das cidades
2.2 Outros edifícios
3 Referências
4 Ver também


[editar] Associação com Apolo
O nome de Delfos tem origem em Delfíneo, epíteto de Apolo originado em sua ligação com golfinhos. De acordo com a lenda, Apolo teria ido a Delfos com sacerdotes de Creta no dorso de golfinhos. Outra lenda sustenta que Apolo chegou a Delfos vindo do norte e parou em Tempe, uma cidade na Tessália para colher louro, planta sagrada para ele. Com base nesta lenda, os vencedores nos Jogos Píticos recebiam uma coroa de louro colhido em Tempe. Na juventude, Apolo matou a terrível serpente Píton, que viveu em Delfos perto da Fonte Castalian, — de acordo com alguns — porque Píton tinha tentado violar Leto quando se encontrava grávida de Apolo e Ártemis. Esta era a fonte que emitia os vapores [1] que permitiam ao oráculo de Delfos fazer as suas profecias. Apolo matou Píton, mas teve que ser punido por isso, dado que Píton era filha de Gaia. O altar dedicado a Apolo provavelmente foi dedicado originalmente a Gaia e depois a Posseidon. O oráculo nesse tempo predizia o futuro baseado na água ondulante e no sussurro das folhas das árvores.


Ruínas do Templo de Apolo
Vista do teatro de DelfosO primeiro oráculo de Delfos era conhecido geralmente como Sibila, embora seu nome fosse Herófila. Ela cantava as predições que recebia de Gaia. Mais tarde, Sibila tornou-se um título dado a qualquer sacerdotisa devotada ao oráculo. A Sibila apresentava-se sentada na rocha sibilina, respirando os vapores vindos do chão e emitindo as suas frequentemente intrigantes e confusas predições. Pausanias afirmava que a Sibila "nasceu entre o homem e a deusa, filha do monstro do mar e uma ninfa imortal". Outros disseram que era irmã ou filha de Apolo. Ainda outros reivindicaram que Sibila recebera os seus poderes de Gaia originalmente, que passou o oráculo a Têmis, que depois o passou a Phoebe. Este oráculo exerceu uma influência considerável através do país, e foi consultado antes de todos os empreendimentos principais: guerra, fundação das colônias, e assim por diante. Era também altamente respeitada em países semi-helênicos como Macedônia, Lídia, Cária e até mesmo Egipto. O rei Creso da Lídia consultou Delfos antes de atacar a Pérsia, e de acordo com Heródoto recebeu a resposta:

Se você o fizer, destruirá um grande império.

— '

Creso achou a resposta favorável, atacou e foi completamente derrotado (resultando daí, naturalmente, a destruição de seu próprio império).

Alegadamente o oráculo também proclamou Sócrates o homem mais sábio na Grécia, ao que Sócrates respondeu que, se assim era, isso devia-se a ser o único que estava ciente da sua própria ignorância. A afirmação está relacionada com um dos lemas mais famosos de Delfos, que Sócrates disse ter aprendido lá, γνωθι σεαυτον (gnothi seauton, "conhece-te a ti próprio"). Um outro lema famoso de Delfos é μηδεν αγαν (meden agan, "nada em excesso"). No século III d.C., ante o domínio cristão crescente na região, o oráculo, por motivo desconhecido, declarou que a divindade não falaria lá por mais tempo.

Planta do Santuário de Apolo em DelfosDelfos foi ocupada desde o Neolítico, sendo extensamente povoada no período Micênico. A maior parte das ruínas que sobrevivem datam dos séculos VI a IV a.C.

O Templo de Apolo e os Tesouros das cidades
O templo de Apolo em sua forma atual é o terceiro erguido no mesmo lugar. Data do século IV a.C., sendo uma construção no estilo dórico. Erguido sobre as ruínas de outros templos, seus arquitetos foram Spintharos, Xenodoros e Agathon. Originalmente possuía seis colunas na frente e 15 na lateral, mas foi destruído por um terremoto em 373 a.C. Era a sede do culto a Apolo e onde eram proferidos os oráculos. Foi parcialmente restaurado entre 1938 e 1941.

O templo estava rodeado de várias capelas, chamadas de tesouros, já que guardavam os ex-votos e as oferendas das cidades-estado gregas, para comemorar vitórias dedicadas ao deus, ou para agradecer benefícios. De todos o mais importante era o Tesouro de Atenas, hoje o único restaurado, construído para comemorar a vitória na Batalha de Maratona. Outro muito rico era o Tesouro de Sifnos, cujos cidadãos eram abastados por causa da exploração de ouro e prata de sua região. O Tesouro de Argos também é importante, por ser o que se preservou em melhores condições.


O Tesouro de Atenas
O Estádio
O TholosComo resultado destas valiosas doações, Delfos tornou-se um centro de grande riqueza e influência, e funcionava na prática como o banco da Grécia antiga. Mais tarde suas riquezas foram pilhadas por sucessivos conquistadores, sendo uma das causas do declínio da cultura grega.

O muro de pedra que foi construído para sustentar o terraço onde se ergueu o segundo templo é uma atração por si mesmo, por suas pedras serem cobertas de inscrições que ilustram o desenvolvimento da escrita grega da época.

[editar] Outros edifícios
O Altar de Quios estava localizado em frente ao Templo, tendo sido construído pelo povo de Quíos no século V a.C. todo em mármore negro, uma característica incomum na arquitetura grega e que deve ter causado uma grande impressão quando completo. Suas ruínas foram restauradas em 1920.

Construída por Atenas para celebrar a vitória sobre os persas em 478 a.C., a Stoa dos Atenienses era uma estrutura com sete colunas talhadas em blocos únicos de pedra. O Ginásio compreendia uma série de edificações usadas pelos jovens, incluindo uma stoa, uma palestra, piscinas e banhos.

O Estádio, localizado na parte superior da encosta, foi construído originalmente no século V a.C., mas sofreu muitas alterações em épocas posteriores. Podia acolher até 6.500 espectadores, com uma pista de corrida de 177 m de comprimento e 25,5 m de largura.

O Teatro estava instalado na parte superior do complexo, oferecendo uma vista panorâmica do vale de Delfos e de todo o santuário. Data do século IV a.C. mas foi bastante remodelado com o tempo. Possui 35 fileiras de assentos e podia receber 5 mil pessoas.

Por fim o Tholos, no santuário de Atena Pronaia, foi erguido entre 380 e 360 a.C. na ordem dórica, com 20 colunas em uma planta circular de 14,7 m de diâmetro, com 10 colunas coríntias no interior. Está a cerca de 800 m do grupo principal de ruínas.

Referências
↑ Após ter investigado o local, arqueólogos ficaram convencidos que estes vapores são apenas um mito, porque não pôde ser encontrada qualquer evidência para eles, e segundo a opinião-padrão de então na geologia - as emissões gasosas da rocha ocorrem somente em conjunto com atividade vulcânica. Entretanto, recente pesquisa geológica indica que o local do oráculo mostra jovens falhas geológicas, e parece plausível que estas tenham emitido na antiguidade leves gases hidrocarbônicos de pedra calcária betuminosa, com efeito tóxico. De Boer et al. Geology, 29, 2001. pp. 707. [1]






Museu Arqueológico de Delfos


O prédio do MuseuO Museu Arqueológico de Delfos é um dos mais importantes museus da Grécia. Localiza-se nas encostas do Monte Parnaso, no sítio arqueológico das ruínas do Templo de Apolo, onde estava o mais famoso oráculo grego da antigüidade.



História
O primeiro museu de Delfos foi fundado pelo banqueiro e filantropo Andreas Syngros, e construído em 1903 com um projeto de Albert Tournaire, para receber o produto das escavações iniciadas por arqueólogos franceses em 1892.

O prédio original, de duas alas, foi ampliado entre 1935 e 1936, e novamente em 1958 por Patroklos Karantinos, a fim de abrigar o acervo sempre em crescimento com novos achados. A organização da coleção foi concluída em uma primeira etapa em 1963. Em 1975, com a recuperação de um touro recoberto de prata e de objetos crisoelefantinos, parte do laboratório de escultura e dos depósitos foram adaptados como salas de exposição, e o museu foi ampliado novamente em 1999 para adequar-se aos modernos critérios museológicos, recebendo novos laboratórios e depósitos, uma nova fachada, um lobby, uma cafeteria e uma loja, além de remodelar completamente sua sistemática de exposição.








Acervo

Kleobis e Biton
O Museu se dedica à preservação dos achados do sítio arqueológico do santuário de Apolo e arredores, compreendendo elementos arquitetônicos, estatuária e objetos votivos que datam desde a Pré-história até o fim da Idade Antiga, com uma concentração em peças provenientes da época em que o templo gozava de sua maior prosperidade e influência, entre o período arcaico e a era romana.

A coleção é organizada cronologicamente e suas peças são contextualizadas com o auxílio de mapas, textos e modelos de edifícios reconstruídos digitalmente, a fim de possibilitar uma compreensão maior da evolução histórica do local e de sua importância, bem como da identidade das várias oficinas artísticas que funcionaram ali e da evolução urbana e demográfica no entorno conseqüente à existência do santuário. Algumas de suas peças mais importantes, como o célebre Auriga de Delfos, são expostas em salas especiais.

O acervo se estrutura principalmente em torno das seguintes coleções: Santuário de Pronaia, Via Sacra e capelas votivas, Templo de Apolo, e o Tesouro de Siphnos, cujos itens são dispostos nas seguintes salas:

Salas I e II: Origens do santuário e primeiras oferendas. Esta sala apresenta os primórdios do santuário, antes do estabelecimento do culto de Apolo, e a transição para o novo culto, através de estatuetas Micênicas e placas Minoanas e trípodes, as primeiras ofertas à nova divindade. Outras peças compreendem escudos de Creta e Chipre, estátuas de sereias gregas e imagens votivas do período geométrico, figuras de animais, jóias e em especial o kouros dedálico, uma pequena peça de bronze precursora das grandes estátuas do século VI a.C.

Apolo e o corvoSala III: Período Arcaico Inicial. Com um par de kouroi representando possivelmente Kleobis e Biton, além de um grupo de peças em bronze e frisos do Tesouro de Sikonis.
Sala IV: Via Sacra e capelas votivas. Mostra os achados da Via Sacra que levava ao templo, especialmente as oferendas dedicadas ao deus pelas diversas cidades gregas do período arcaico, armazenadas em pequenas capelas, ou Tesouros, erguidas nos arredores do edifício principal.
Sala V: O Tesouro de Siphnos. Expõe elementos de arquitetura do Tesouro (capela votiva) da cidade de Siphnos, incluindo a esfinge de Naxos, frisos, parte do pedimento oriental e cariátides da edícula.
Sala VI: Templo de Apolo. Elementos arquiteturais do antigo templo principal, com estatuária do pedimento, datando dos períodos clássico e arcaico.
Salas VII e VIII: Tesouro de Atenas. Decoração escultórica da capela erguida pelos atenienses, além de frisos, métopes, inscrições de hinos religiosos e o acrotério, representando Amazonas a cavalo.

O AurigaSala IX:
Oferendas do século V a.C. Inclui oferendas e decorações em escultura e terracota dos dois Tesouros dedicados a Athena Pronaia, o Tesouro de Massália e o Tesouro Dórico, além de acrotérios de outros edifícios.
Sala X: Tholos. Sala dedicada ao Tholos, o edifício circular do santuário de Athena Pronaia, com elementos da arquitetura e partes da decoração escultórica.
Sala XI: Períodos Clássico Tardio e Helenístico, com as oferendas de Daochos, o Omphalos e uma grande coluna com figuras femininas dançando, além de uma série de esculturas daqueles períodos.
Sala XII: Períodos Helenístico Tardio e Romano, com frisos das oferendas de Aemilius Paulus (a primeira de um grupo de edificações romanas), o altar de Pronaia, a estátua de Antínoo e outras peças representativas em metal e pedra destes períodos.
Sala XIII: O Auriga. Dedicada à exposição individual da famosa escultura representando um condutor de carruagens, uma das raras representações gregas originais em bronze.
Sala XIV: Declínio e Fim do Santuário. Ilustra os últimos séculos de existência do santuário de Apolo, com retratos de imperadores romanos e elementos arquiteturais e votivos já trazendo símbolos cristãos.




A fonte do poder, no oráculo de Delfos

O templo de Apolo, incrustado na fascinante paisagem montanhosa de Delfos, abrigava o poderoso oráculo e era o mais importante local religioso do antigo mundo grego. Os generais buscavam conselhos do oráculo a respeito de estratégias de guerra. Os colonizadores procuravam orientação antes de suas expedições para a Itália, Espanha e África. Os cidadãos consultavam-no sobre investimentos e problemas de saúde. As recomendações do oráculo emergem de forma notável nos mitos. Quando Orestes perguntou-lhe se deveria vingar a morte de seu pai, assassinado por sua mãe, o oráculo encorajou-o. Édipo, avisado pelo oráculo de que mataria o pai e se casaria com a mãe, esforçou-se para evitar este destino, mas fracassou de forma célebre.

O oráculo de Delfos funcionava em uma área específica, o ádito ou - área proibida -, no núcleo do templo, e por meio de uma pessoa específica, a pitonisa, escolhida para falar, como uma médium possuída, em nome de Apolo, o deus da profecia. A pitonisa era mulher, algo surpreendente se levarmos em conta a misoginia grega. E, contrastando com a maioria dos sacerdotes e sacerdotisas gregas, a pitonisa não herdava sua posição pela nobreza de seus vínculos familiares. Embora devesse ser natural de Delfos, poderia ser velha ou jovem, rica ou pobre, bem-educada ou analfabeta. Ela passava por um longo e intenso período de treinamento, assistida por uma congregação de mulheres de Delfos, que zelavam pelo eterno fogo sagrado do templo.

A Explicação Clássica
A TRADIÇÃO ATRIBUÍA a inspiração profética do poderoso oráculo a fenômenos geológicos: uma fenda na terra, um vapor que subia dela e uma fonte de água. Há mais ou menos um século, os estudiosos rejeitaram esta explicação quando os arqueólogos, escavando o local, não encontraram qualquer sinal de fenda ou gases. Mas o antigo testemunho está bastante difundido e provém de várias fontes: historiadores como Plínio e Diodoro, filósofos como Platão, os poetas Ésquilo e Cícero, o geógrafo Estrabão, o escritor e viajante Pausânias e até mesmo um sacerdote de Apolo que serviu em Delfos, o famoso ensaísta e biógrafo Plutarco.Estrabão (64 a.C.- 25 d.C.) escreveu: "Eles dizem que a sede do oráculo é uma profunda gruta oculta na terra, com uma estreita abertura por onde sobe um pneuma (gás, vapor, respiração, daí as nossas palavras - pneumático - e - pneumonia -) que produz a possessão divina. Um trípode é colocado em cima desta fenda e, sentada nele, a pitonisa inala o vapor e profetiza".

Plutarco (46-120 d.C.) deixou um extenso testemunho sobre o funcionamento do oráculo. Descreveu as relações entre o deus, a mulher e o gás, comparando Apolo a um músico, a mulher a seu instrumento e o pneuma ao plectro, com o qual ele a tocava para fazê-la falar. Plutarco enfatizou que o pneuma era apenas um elemento que desencadeava o processo.
A ÚNICA REPRESENTAÇÃO da sacerdotisa, ou pitonisa, de Delfos, da época em que o oráculo estava ativo, mostra a câmara de teto baixo e a pitonisa sentada em um trípode. Em uma das mãos ela segura um ramo de louro (a árvore
sagrada de Apolo); na outra ela segura uma taça contendo, provavelmente, água proveniente de uma fonte e que penetrava, borbulhando, na câmara, trazendo consigo gases que levavam a um estado de transe. Esta cena mitológica mostra o rei Egeu de Atenas consultando a primeira pitonisa, Têmis.
A peça foi feita por um oleiro ateniense em torno de 440 a.C




Éfeso


Éfeso
Éfeso foi uma das grandes cidades dos jônicos na Ásia Menor, situada no local onde o rio Cayster desagua no Egeu. Era o centro comercial, religioso e político da Ásia Ocidental. E está situada próximo ao lugar onde Caister e Meandro desembocam no Mar Ageu. Foi fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa e Alexandre libertou-a em 334 a.C.. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos. Situa-se na Turquia atual.

Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25 mil espectadores de uma população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e VI a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C. Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já se constituía em centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.


Mapa da Lídia na antiguidade
localização de Éfeso e outras cidades do oeste da AnatóliaSua riqueza, contudo, não era apenas material. Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade. É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos. Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, uma magnífica biblioteca, a "Catacumba dos Sete Adormecidos", onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João na ilha de Patmos e perseguiu aos cristãos. Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e do judaísmo.

O antigo geógrafo Estrabão, que viveu de 64 a.C. a 25 d.C., descreveu-a como "o maior centro de comércio exterior que havia na "Ásia" (Geografia XII, 8 e 5). Os arqueólogos encontraram uma inscrição em pedra (talvez erigida por ordem do imperador), que premiava Éfeso como a "mais ilustre de todas as cidades" da Ásia.

Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu. Os apóstolos Paulo e João pregaram na cidade. A igreja que havia em Éfeso no fim do primeiro século de nossa era foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse, ao lado de Esmirna, Pérgamo, Sardes, Tiatira, Filadélfia e Laodicéia. A cidade também foi sede de dois concílios. Nela se localizam ruínas da Basílica de São João, o Teólogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário