segunda-feira, 30 de novembro de 2009

JOGOS OLIMPICOS










Introdução

A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.

Origem dos Jogos Olímpicos

Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.
Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.
No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.

Jogos Olímpicos e Política

As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou 11 atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.

Jesse Owens: quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim (1936)


Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou (1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 1984, foi a vez da URSS não participar das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos.

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Como na Grécia Antiga
Cerimônia de acendimento da chama olímpica imita ritual milenar
Festivais de honra a Zeus viram espetáculo moderno
A idéia de um festival esportivo nos moldes das Olimpíadas surgiu na Era Antiga, aproximadamente 2500 a.C., quando os gregos realizavam festivais em honra a Zeus. Conta a lenda que os Jogos foram criados por Hércules, que plantou a oliveira de onde eram retiradas as folhas para a confecção da coroa dos vencedores.

O termo olímpico, chegaria quase dois mil anos depois. Em 776 a.C., quando os nomes dos vencedores começaram a ser registrados, Ifitos, o rei de Ilia, fez uma aliança com Licurgo, monarca de Esparta, e Clístenes, rei da Pissa. O acordo foi selado no templo de Hera, no santuário de Olímpia, surgindo assim o nome Olimpíadas.

Esse tratado estabeleceu uma "trégua sagrada" em toda a Grécia enquanto os Jogos eram realizadas. Essa trégua era respeitada à risca. Na Guerra do Peloponeso, oponentes teriam parado o combate, competindo lado a lado e só após a declaração dos vencedores olímpicos, resumido a guerra. A vitória nos Jogos Olímpicos consagrava o atleta e proporcionava a ele uma recepção de herói no retorno à sua cidade de origem.

Na Olimpíada de 776 a.C., uma forte chuva desabou sobre Olímpia, limitando as competições a uma corrida pelo estádio. Dessa forma, após a única prova, foi conhecido o primeiro campeão olímpico: o cozinheiro Coroebus de Elis, vencedor de uma corrida de 192,27 metros.

Após a primeira Olimpíada, ficou acertado que os Jogos seriam realizados a cada quatro anos, durante os meses de julho ou agosto. Aos poucos, o número de competições foi aumentando, até chegar a dez eventos no quinto século antes de Cristo: corrida, pentatlo, arremesso de disco, salto em distância, lançamento de dardo, luta, boxe, pancrácio, corrida de bigas e corrida de cavalos, tudo em cinco dias. Podiam competir gregos que fossem cidadãos livres e nunca tivessem cometido assassinatos ou outros crimes.

Excluídas, mulheres disputavam a Heraea

Com exceção das sacerdotisas de Dêmetra, apenas os homens podiam assistir às disputas. Pouco antes dos Jogos Olímpicos, as mulheres, usando cabelos soltos e túnicas curtas e competindo no mesmo estádio de Olímpia, participavam de uma outra competição, a Heraea, em homenagem à Hera, mulher de Zeus.

A decadência dos Jogos Olímpicos da Era Antiga começou em 456 a.C., quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia. O espírito original de integração foi aos poucos sendo deixado de lado e as disputas, antes cordiais, passaram a ser encaradas como combates.

A última Olimpíada da Era Antiga foi disputada em 393 d.C., quando o imperador Teodósio I proibiu a adoração aos deuses e cancelou os Jogos. Desde 776 a.C. foram realizados 293 Jogos.

A celebração dos Jogos Olímpicos ficou adormecida por 1 500 anos. Em 1896, graças aos esforços do francês Pierre de Coubertin foram realizados os primeiros Jogos Olímpicos modernos, na Grécia.

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